“O Mistério Colombo Revelado”, obra recentemente editada em Lisboa pela Ésquilo, tem o seu título em português correcto. Existe uma razão para isso. Na realidade, quem comprará nas livrarias da Lusofonia um livro sobre um desconhecido “Colon” ou “Colón”, palavra ignorada entre nós e sugerindo imediatamente o cólon, algo que o diccionario ainda define como a “parte do intestino grosso situada entre o cego e o recto”? “O Mistério Colon Revelado” é título que imediatamente nos sugere maçadora propaganda médica, ou incompreensível tratado patológico, perigo que se conseguiu evitar à partida.
Nele se escolhe como supostamente adequada a designação castelhana encurtada do nome do almirante das “Índias”, melhor dito almirante das Índias Ocidentais, Colon. Colon, por apócope documentadamente ocorrida em castelhano quando ele passou de Portugal a Castela, de Colombo>Colomo>Colón. Mesmo “Cristóbal Colón” permitirá decerto dar ao herói de que se ocupa uma aparência mais “ibérica”, ou seja, castelhana latu senso, visto o seu autor se apresentar algures como “historiador da Ibéria nos EUA” (sic). O livro diz desenrolar uma nova tese que irá, citamos da capa, “arrasar a historiografia oficial” com “15 anos de investigação científica rigorosa” (sic). “Iberizada” a obra, procurará dessa forma quiçá alargar o futuro mercado interessado na venda do seu trabalho da “Anglo-Saxónico-Hispânico-Franco-América” do Norte até à Íbero-Anglo-Franco-Neerlandesa-América” do Sul. Esquece-se infelizmente apenas do mercado lusófono. Ignoramos se os autores, parceria de um português há muito residente nos EUA com um estadunidense, são iberistas à última moda, segundo recente revelação pública no estrangeiro de um dos nossos ministros mais distintos. Supomos no entanto que sejam entendidos os srs. Rosa e Steele na história das nações basca, galega e castelhana, e sobretudo na da nação catalã, sita à roda do rio Ebro, a única nação das Espanhas realmente ibérica com propriedade do termo utilizável, mais ainda no tempo de Colombo. Coisas que infelizmente também os Governos portugueses desconhecem, afectando gravemente a nossa identidade perante a Comunidade Internacional. Não sendo assim muito de se arguir quem se limite a seguir tão altos exemplos históricos e culturais, de patriotismo sem mácula.
Revertendo ao ponto: não acreditando os autores que Colombo fosse italiano de nascença, e querendo defende-lo contraproducentemente como português natural, talvez por visionarem demasiadamente os necessários e úteis painéis bilingues, em castelhano e português, da ainda portuguesa TV Cabo, alteram-lhe o nome para a versão castelhanizada do mesmo! Baseia-se esta surpreendente alteração à historiografia tradicional lusófona, segundo o autor Manuel Rosa, no facto de “ele assim ter sido tratado por D. João II”, o que não se comprova; pelo papa castelhano Alexandre VI, em bulas oficialmente enviadas de Roma à corte castelhana através da respectiva chancelaria, o que não releva ao caso, além de que o próprio Borja em Itália ficou Bórgia; e “pelo seu filho natural e biógrafo”, Fernando Colombo. Fernando Colombo, filho esse aliás um castelhano nascido já em Castela de mãe castelhana, ao contrário do outro filho, legítimo, Diogo Colombo, nascido português de Filipa Moniz, senhora portuguesa.
Mais surpreendente ainda é esta preferência inusitada para o nome em castelhano quando se entende que, contra todo o corpo documental de estudos coevos existente, os autores procuram recriar a tese de alguns outros pseudo-historiadores indicados neste blog, defendendo a atribuição de uma futuramente documentável naturalidade portuguesa a Colombo. Mas, embora sem nada disto evidentemente poderem provar depois dos 12 ou 15 anos de estudo que motivaram este livro, indicia-se nele segundo parece que poderia “Cristóbal Colon” ou seja, o Colombo de novo tentativamente retirado à Itália, descender, através da família Câmara, de uma senhora que sabemos criada, ou aceite, pelos genealogistas tardios, a partir do sc. XVI. Essa senhora virtual alegadamente teria concebido em Roma (7), de Rodrigo Anes de Sá, alcaide-mor de Gaia, ao famigerado Sá das Galés (8). Infelizmente para o sentido deste enunciado, “Cecilia, ou Giulia Colonna” é uma existência cuja impossibilidade se documentou há já suficiente tempo (4), embora ainda aceite e indevidamente reproduzida em alguns lugares genealógicos de divulgação generalista mais conhecidos do grande público, como Genea Portugal, que sabemos que por largo tempo tem frequentado o sr. Rosa.
Assim, “Colon” seria abreviatura do nome da ilustríssima família principesca italiana Colonna, cujo sobrenome é oriundo do latim Columna (2), como mostram à evidência as armas parlantes desta linhagem, muito simples e com uma única coluna ao alto; enquanto que Colon nos é dito surgir do grego kolon, significando membro (1). E sabe-se que colombo vem do latim, significando pombo. Usando entre outros argumentos estes três radicais distintos de palavras, duas etimologias do latim e uma do grego, mal embrulhadas, se defende a naturalidade portuguesa de Colombo, “ocultado” sob “nome de guerra” que o próprio teria escolhido para se tornar anónimo como “agente secreto português em Castela”, ou seja (sic) o tal “Colon” inspirado no grego significando membro, devido à ascendência ilusória na linhagística senhora Colonna, ou seja, coluna.
Não se atentou também como seria estranho alguém querendo passar-se por italiano ou português, em Castela, dizer-se chamar Colón, nome grego ou de ressonância castelhana pura... mas a documentação aí está, e até à sua primeira viagem, sempre Colombo está designado como Colomo nas fontes castelhanas. E não Colon... A explicação para esta incongruência do enredo estaria em que muita gente, aquém e além Caia, incluindo as famílias reais portuguesa e castelhana, saberiam da “verdadeira identidade” de Colombo. Só que assim já se não entende porque precisaria ele mudar de nome ao ir trabalhar como agente secreto na corte dos Católicos, mas sigamos...
Voltámos então a nossa atenção para o filho natural biógrafo, que o sr. Manuel Rosa nos diz ter revelado que o nome do pai fora sempre Colon, ou Colón, ou Kolon, enfim, membro. Achavámos de facto extraordinário que uma obra tão conhecida, e traduzida em tantas línguas, não tivesse já levado os autores colombinos, em todas as outras línguas ocidentais, a ter abandonado nesse caso o uso do nome tradicional que nelas se faz, Colombus, Colomb, e até Colón, por Colon, que tanto prefere o sr. Rosa, apesar de que Colonna, em apócope portuguesa, daria Colom (Colõ), ou Colo (Cólu), jamais Colon... mas adiante.
Tendo este Fernando Colombo morrido em 1537 (6), terá deixado inédito um manuscrito em língua castelhana, de que se conhece uma primeira edição traduzida para italiano e publicada em Veneza em 1571. O original castelhano é-nos hoje desconhecido, tendo sido esta obra retraduzida do italiano para castelhano posteriormente, razão pela qual preferimos ir saber na versão italiana primeiramente impressa o que nos diz esta biografia, tão importante e sempre usada pelos biógrafos de Colombo, quanto aos vários nomes por que ficou conhecido o achador oficial das Antilhas nas diferentes nações. Tentando entender, enfim, a razão para esta de facto misteriosa, embora pouco revelada, nacionalização castelhana da designação portuguesa Colombo, opção que preferimos entender como não tendo subjacente motivos de política cultural ou comercial da actualidade, ou seja, como não motivada pelo “mercado ibérico da História” que me tenho apercebido nos últimos anos que se tem infelizmente vindo a pretender criar...
Utilizámos para o efeito o 1º capítulo, e fizemos fé na edição electrónica da obra “Historie del S. D. Fernando Colombo&...”, que se encontra integralmente em linha no sítio www.libromania.it (3).
Nela Fernando Colombo literata ao explicar floridamente o nome do pai, e suas diversas versões utilizadas, jogando habilmente entre os significados das raízes etimológicas de Colombo (pombo), Colonus (Colono) e Colon (membro) a fim de ornar estilística e simbolicamente a sua obra que quer apologética. Mas para que não nos reste dúvida, neste jogo literário encadernado livremente a misticismo ao sabor do tempo, sobre qual é o real nome da família da sua varonia, o filho biógrafo inclui a palavra “verdadeiramente” antes do sobrenome correcto da dita em Itália, antes de começar a divagar esotericamente, à moda dos humanistas, sobre ele. Atrevamo-nos corajosamente a tentar traduzir do italiano, submetendo-nos às críticas de quem melhor o dominar:
“...se abbiamo riguardo al cognome comune dei suoi maggiori, diremo che veramente fu colombo, in quanto portò la grazia dello Spirito Santo a quel nuovo mondo che egli scoprì, mostrando, secondo che nel battesimo di San Giovanni Battista lo Spirito Santo in figura di colomba mostrò, qual era il figliuolo diletto di Dio...”...
Ou seja “...tendo em conta o sobrenome habitual dos seus (do pai do autor) maiores (antepassados), diremos que VERDADEIRAMENTE foi COLOMBO, porquanto levou (ou transportou) a graça do Espírito Santo àquele Novo Mundo que ele descobriu, mostrando, tal como no baptismo de S. João Baptista o Espirito Santo, em figura de pomba, mostrou quem era o Filho dileto de Deus...”...
... “e perché sopra le acque dell’Oceano medesimamente portò, come la colomba di Noè, l’olivo e l’olio del battesimo per l’unione e pace che quelle genti con la chiesa dovevano avere...”...
Isto é, “e porque sobre as águas do Oceano, medeando-as, levou, como a pomba de Noé, o ramo de oliveira e o óleo do baptismo para a união e a paz que aquela gente com a igreja deveria ter...”...
E sobre a apócope do nome Colombo ocorrida na pronúncia e nos documentos grafando o nome Colombo em Castela, reino onde pela primeira vez o pai se tornara conhecido, informa romantizando, e sugerindo leitura esotérica sincrónica e embelezada para factos simples:
“...poiché erano rinchiuse nell’arca delle tenebre e confusione. E per conseguenza gli venne a proposito il cognome di Colón, che ritornò a rinnovare, poiché in greco vuol dire membro, acciò che, essendo il suo proprio nome Cristoforo, si sapesse di chi era membro, cioè di Cristo, per cui a salute di quelle genti egli aveva ad esser mandato. Ed appresso, se cotal suo nome noi vogliamo ridurre alla pronuncia latina, ch’è Christophorus Colonus, diremo che, siccome si dice che San Cristoforo ebbe quel nome perché passava Cristo per le profondità delle acque con tanto pericolo, onde fu detto Cristoforo, e siccome portava e conduceva le genti, le quali alcun altro non sarebbe bastato a passare, così l’Ammiraglio, che fu Christophorus Colonus, chiedendo a Cristo il suo aiuto, e che l’aiutasse in quel pericolo del suo passaggio, passò lui e i suoi ministri acciò che facessero quelle genti indiane coloni, e abitatori della chiesa trionfante dei cieli, poiché egli è da credere che molte anime, le quali Satanasso sperava di godere, non essendovi chi le passasse per quell’acqua del battesimo, da lui siano state fatte coloni e abitatrici della eterna gloria del Paradiso.”
O que dá isto “...pois que estavam (os ameríndios) ainda prisioneiros na arca (no seio) das trevas e da confusão (religiosa). E por conseguinte veio-lhe (a Cristóvão Colombo, e não aos castelhanos, diz o filho, ignorando que a História registaria a forma intermédia Colomo...) como apropriado o sobrenome Colom, que foi o primeiro a voltar a por em uso, pois que em grego quer dizer membro (kolon), até que, sendo o seu nome próprio Cristóvão, se soubesse de quem era membro, isto é, de Cristo, por quem à salvação daquela gente ele teria de ser mandado. E se aproximadamente tal nome quisermos reduzir à pronúncia latina, que é Christoforus Colonus (sic, latiniza uma palavra que diz grega e significa membro... alcançando a palavra latina não para Colu(m)na, coluna, mas para Colonos, calembour aludindo aos colonos em que a seguir dirá que seu pai transformou os ameríndios - desvio de que devia estar consciente o autor, que o precede da palavra “aproximadamente” por isso mesmo, querendo talvez salvaguardar perante o leitor a sua imagem de latinista) diremos que, assim como se diz que São Cristóvão teve esse nome porque transportava Cristo por sobre a profundeza das águas com tanto perigo, pelo que lhe chamaram Cristóvão, e assim como levava e conduzia a gente, a qual nenhum outro seria bastante para transportar, assim o Almirante, que foi Cristophorus Colonus, pedindo a Cristo a sua ajuda, e que o ajudasse naquele perigo da sua passagem (viagem), passou (viajou) ele e os seus ministros até que fizessem daquela gente indiana (sic) colonos, e habitantes da Igreja triunfal dos Céus... pois que ele teria crido que muitas almas, que Satanás esperava colher, se acontecesse que as não passasse por aquela água do baptismo, por ele foram transformadas em colonos e moradores da eterna glória do Paraíso.”
Vemos portanto que de tudo isto, basta atenção e bom senso para concluir, por entre o rebuscado quase barroco do texto, aonde está a verdade: Cristóvão Colombo era verdadeiramente Colombo, pombo, como os seus antepassados; era dito alegadamente Colom, membro, a fim de se lhe dar falsamente a glória de ter escolhido ele próprio a forma Colon com que o acolitaram em Castela; e ainda metaforicamente Colonna, coluna, radical que poderia também ser usado como alusão espiritual enaltecedora, na medida em que igualmente muito ligado a Cristo e à sua tortura. Acontece que a imensa importância dos Príncipes Colonna, seja no tempo do manuscrito, seja em 1571, altura da primeira impressão traduzida italiana, terá impedido maiores alusões ou identificações com estes, rejeitadas logo ab initio no texto (que julgamos irrelevante traduzir mais) como falsas e pretensiosas, mas ditas como possíveis para alguns na época, em que eram escritas as palavras do livro - a simples menção dessa crença, que alguém pudesse julgar os Colombo oriundos dos Colonna (2) italianos, já em si mesma era por demais gratificante ao escritor.
Termine-se com este excerto:
“...e ancora quelli che più salgono sopra il vento, lo fanno di Piacenza, nella qual città sono alcune onorate persone della sua famiglia, e sepolture con armi, e lettere di Colombo, perché in effetto questo era già l’usato cognome dei suoi maggiori ancorché egli, conforme alla patria dove andò ad abitare e a cominciar nuovo stato, limò il vocabolo acciò che avesse conformità con l’antico, e distinse quelli che da esso discendessero da tutti gli altri che erano collaterali, e così si chiamò Colón.”“...(depois de referir outras alegadas terras, ou “pátrias” de Colombo, junto a Génova, revela a mais corrente e acreditada naturalidade dele) e ainda aqueles que mais saiam sobre o vento, o fazem de Placência, na qual cidade há algumas honradas pessoas da sua família, e sepulturas armoriadas, e cartas de Colombo, pois que com efeito este era já o sobrenome (apelido) usado dos seus antepassados ainda que, em conformidade com a pátria (terra, país) para aonde foi morar e a começar novo estado, limou o vocábulo até que ficasse conforme à Antiguidade (Greco-Latina), e distinguisse aqueles que dele descendessem de todos os outros (da família Colombo) que (lhes) eram colaterais, e assim se chamou (ou aceitou chamar-se...) Colón”.
Colon, em italiano, só o vemos usado com acento: Colón. Pois se sabe em Itália decerto que é a castelhanização de Colombo. Por muito doirada e disfarçada em membro (1) que se tenha querido apresentar a apócope ocorrida em Castela, apócope que fica provada não ter nascido, de maneira nenhuma, de um gesto isolado decidido pelo Almirante Colombo, como gostaria de nos iludir o seu filho Fernando Colom.
Sugerimos portanto e em definitivo que numa eventual segunda edição deste estranho livro, ou noutras obras que venham a escrever-se sobre o mesmo personagem, se lhe guarde o uso consuetidinário, na Língua Portuguesa, do seu nome original italiano COLOMBO, tal como é descrito pelos estudos de todos os coevos em Portugal, ou quando muito, COLOM, que um ou dois deles parece também terem utilizado, e é possível que tenha sido conhecido como tal aqui, antes de passar a Castela para a sua aventura.
_______________
1) Kolon aliás, em grego, como já vimos, significa também intestino, ou seja, algo direito e soltamente independente. É outro nome ainda hoje para intestino grosso na língua portuguesa.
2) O DIZIONARIO ETIMOLOGICO ONLINE, diccionario etimológico italiano em linha, informa, clareando-nos esta alegada suposição honrosa que queria tornar os Colombo em alegados descendentes dos Colonna, segundo Fernando, que o radical de Colombo (pombo) teria sido transmitido pelos antigos italianos através da forma intermédia Cólum-en, chaminé (em forma de coluna, supõe-se) por os pombos em cima delas nidificarem, tomando-lhes o nome.
3) Cf. Colombo.
4) Cf. Monteiro, Fernando M. Moreira de Sá, 2000, Sás - as origens e a ascensão de uma linhagem, Genealogia & Heráldica, n.º 3, p. 73, (vd. p. 102 et al.), Janeiro/Junho, Centro de Estudos de Genealogia, Heráldica, e História da Família da Universidade Moderna do Porto.
5) Nascimento da linhagem Câmara: houve genealogias tardias que indicavam como mulher do achador oficial da Madeira, o 1º capitão-donatário João Gonçalves Zarco (depois João Gonçalves Zarco da Câmara de Lobos, mas apenas sete anos antes de morrer, com cerca de 72 anos) a "Constança Rodrigues de Sá", ou até "Constança Rodrigues de Almeida".
Depois que el-Rei D. Afonso V atribuiu o sobrenome Câmara de Lobos à família, ao conceder ao velho cavaleiro da Casa de seu tio, João Gonçalves, uma cota de armas novas, os então recentes fidalgos abandonaram o uso do sobrenome ou apelido Zarco, assinando-se apenas Gonçalves da Câmara, e depois ainda mais simplesmente, apenas da Câmara. Foi só no sc. XVIII que retomaram o Zarco, instituindo a dupla Zarco da Câmara, e até a tripla onomástica Gonçalves Zarco da Câmara, pelo menos, na linha dos condes e marqueses da Ribeira Grande, oriunda da dos condes de Vila Franca do Campo, na ilha de São Miguel.
A importante "capitoa Constança Rodrigues", sempre documentada nas fontes sem título de dona, não se crê nem se prova que pudesse pertencer à linhagem dos Sá, ou dos Almeida, bem antes pelo contrário; da mesma forma que como atrás se disse não se documenta qualquer terceiro casamento entre Rodrigo Anes de Sá e a alegada Cecília, ou Júlia, ou Maria Ana Colonna, de quem a Capitoa, caso tivesse sido mesmo uma Sá, pudesse ser oriunda.
Muito haveria a dizer ainda a este respeito, mas firmemo-nos no ponto, aqui crucial, de que Constança Rodrigues, genearca dos Câmara , era decerto de origens bem mais modestas. Como aliás seu marido João Gonçalves (* Leça da Palmeira, em 1394, + Funchal, em 1467) de quem não se sabe se foi Zarco de apelido, ou alcunha, como querem alguns, ou se pertenceu a uns seus contemporâneos do sobrenome Zarco, documentados em Lisboa. Zarco nasceu com efeito aparentemente em família ligada ao mar, tendo tido um percurso nobiliárquico muito lento, através do serviço na Casa do infante D. Henrique, com quem fez a guerra; sendo marinheiro além de guerreiro, só ascende à nobreza passada a meia idade, com todos os filhos já crescidos (cavaleiro em 1437, no cerco de Tânger; pai legítimo com Constança Rodrigues a partir de c. de 1420; finalmente elevado a fidalgo de cota de armas, porta de entrada inferior no estatuto de nobreza ou fidalguia de linhagem, apenas em 1460).
É completamente impossível crer, além de contrário às fontes existentes, que pudesse ter casado, tantos anos antes sequer de ser armado cavaleiro, com uma Sá, e menos, se esta fosse Colonna de sangue...
As pretensões dos Sás a descenderem dos Colonna afiguram aliás enquadrar-se na plétora nobiliárquica de ascensões da corte de D. Manuel I, como paralelas a outras mistificações de genealogias ilustres adoptadas ao subir bruscamente na hierarquia de corte uma família, e já estudadas documentalmente por investigadores como Braamcamp Freire, Manuel Lamas de Mendonça, e Manuel Abranches de Soveral: caso da dos Furtados minhotos, que acrescentam o Mendoça dos srs. de Mendoza; caso dos Manoéis, que se dizem descender del-Rei D. Duarte. No sc. XVI os Sás, com poucos costados de primeira plana aristocrática, ocupavam já cargos dos mais altos na corte, como o de camareiro-mor, e é justamente de quinhentos que datam as primeiras genealogias dizendo-os descendentes da indocumentada senhora Colonna, que aliás não é referida nas genealogias italianas de tempo algum, nem nas portuguesas antes da Renascença, o que se afigura indício bastante conclusivo para senhora de tão alta linhagem como ela teria que ser, uma Colonna feudal, sobrinha de Cardeal, da corte dos Papas em Roma e Avinhão. Nem se compreende aliás que, tendo tido descendência em Portugal, ninguém se reclamasse dela, nem lhe usasse o sobrenome, mormente descendência feminina, como era o hábito, matrilinear, por longas gerações sempre transmitindo o sobrenome mais prestigioso disponível inicial, quando indicava origem real bastarda, ou alta hierarquia da primeira senhora da linha.
6) Ou em 1539, consoante.
7) Ou em Lisboa, que no final do sc. XIV teve um arcebispo da família Colonna, pelo breve espaço de um ano, quando nomeado cardeal voltou a Itália; cronologia porém incompatível com o nascimento de João Rodrigues de Sá; ou em Avinhão, aonde teria ido em embaixada Rodrigo Anes de Sá, e havia um cardeal Colonna, mas se documenta que Rodrigo Anes era casado com outrém.
8) Mãe entretanto identificada, segundo a melhor documentação, como tendo sido Mécia Pires (de Avelar?) primeira mulher do pai do "Sá das Galés" (apud. op. cit. nota 4).
2) O DIZIONARIO ETIMOLOGICO ONLINE, diccionario etimológico italiano em linha, informa, clareando-nos esta alegada suposição honrosa que queria tornar os Colombo em alegados descendentes dos Colonna, segundo Fernando, que o radical de Colombo (pombo) teria sido transmitido pelos antigos italianos através da forma intermédia Cólum-en, chaminé (em forma de coluna, supõe-se) por os pombos em cima delas nidificarem, tomando-lhes o nome.
3) Cf. Colombo.
4) Cf. Monteiro, Fernando M. Moreira de Sá, 2000, Sás - as origens e a ascensão de uma linhagem, Genealogia & Heráldica, n.º 3, p. 73, (vd. p. 102 et al.), Janeiro/Junho, Centro de Estudos de Genealogia, Heráldica, e História da Família da Universidade Moderna do Porto.
5) Nascimento da linhagem Câmara: houve genealogias tardias que indicavam como mulher do achador oficial da Madeira, o 1º capitão-donatário João Gonçalves Zarco (depois João Gonçalves Zarco da Câmara de Lobos, mas apenas sete anos antes de morrer, com cerca de 72 anos) a "Constança Rodrigues de Sá", ou até "Constança Rodrigues de Almeida".
Depois que el-Rei D. Afonso V atribuiu o sobrenome Câmara de Lobos à família, ao conceder ao velho cavaleiro da Casa de seu tio, João Gonçalves, uma cota de armas novas, os então recentes fidalgos abandonaram o uso do sobrenome ou apelido Zarco, assinando-se apenas Gonçalves da Câmara, e depois ainda mais simplesmente, apenas da Câmara. Foi só no sc. XVIII que retomaram o Zarco, instituindo a dupla Zarco da Câmara, e até a tripla onomástica Gonçalves Zarco da Câmara, pelo menos, na linha dos condes e marqueses da Ribeira Grande, oriunda da dos condes de Vila Franca do Campo, na ilha de São Miguel.
A importante "capitoa Constança Rodrigues", sempre documentada nas fontes sem título de dona, não se crê nem se prova que pudesse pertencer à linhagem dos Sá, ou dos Almeida, bem antes pelo contrário; da mesma forma que como atrás se disse não se documenta qualquer terceiro casamento entre Rodrigo Anes de Sá e a alegada Cecília, ou Júlia, ou Maria Ana Colonna, de quem a Capitoa, caso tivesse sido mesmo uma Sá, pudesse ser oriunda.
Muito haveria a dizer ainda a este respeito, mas firmemo-nos no ponto, aqui crucial, de que Constança Rodrigues, genearca dos Câmara , era decerto de origens bem mais modestas. Como aliás seu marido João Gonçalves (* Leça da Palmeira, em 1394, + Funchal, em 1467) de quem não se sabe se foi Zarco de apelido, ou alcunha, como querem alguns, ou se pertenceu a uns seus contemporâneos do sobrenome Zarco, documentados em Lisboa. Zarco nasceu com efeito aparentemente em família ligada ao mar, tendo tido um percurso nobiliárquico muito lento, através do serviço na Casa do infante D. Henrique, com quem fez a guerra; sendo marinheiro além de guerreiro, só ascende à nobreza passada a meia idade, com todos os filhos já crescidos (cavaleiro em 1437, no cerco de Tânger; pai legítimo com Constança Rodrigues a partir de c. de 1420; finalmente elevado a fidalgo de cota de armas, porta de entrada inferior no estatuto de nobreza ou fidalguia de linhagem, apenas em 1460).
É completamente impossível crer, além de contrário às fontes existentes, que pudesse ter casado, tantos anos antes sequer de ser armado cavaleiro, com uma Sá, e menos, se esta fosse Colonna de sangue...
As pretensões dos Sás a descenderem dos Colonna afiguram aliás enquadrar-se na plétora nobiliárquica de ascensões da corte de D. Manuel I, como paralelas a outras mistificações de genealogias ilustres adoptadas ao subir bruscamente na hierarquia de corte uma família, e já estudadas documentalmente por investigadores como Braamcamp Freire, Manuel Lamas de Mendonça, e Manuel Abranches de Soveral: caso da dos Furtados minhotos, que acrescentam o Mendoça dos srs. de Mendoza; caso dos Manoéis, que se dizem descender del-Rei D. Duarte. No sc. XVI os Sás, com poucos costados de primeira plana aristocrática, ocupavam já cargos dos mais altos na corte, como o de camareiro-mor, e é justamente de quinhentos que datam as primeiras genealogias dizendo-os descendentes da indocumentada senhora Colonna, que aliás não é referida nas genealogias italianas de tempo algum, nem nas portuguesas antes da Renascença, o que se afigura indício bastante conclusivo para senhora de tão alta linhagem como ela teria que ser, uma Colonna feudal, sobrinha de Cardeal, da corte dos Papas em Roma e Avinhão. Nem se compreende aliás que, tendo tido descendência em Portugal, ninguém se reclamasse dela, nem lhe usasse o sobrenome, mormente descendência feminina, como era o hábito, matrilinear, por longas gerações sempre transmitindo o sobrenome mais prestigioso disponível inicial, quando indicava origem real bastarda, ou alta hierarquia da primeira senhora da linha.
6) Ou em 1539, consoante.
7) Ou em Lisboa, que no final do sc. XIV teve um arcebispo da família Colonna, pelo breve espaço de um ano, quando nomeado cardeal voltou a Itália; cronologia porém incompatível com o nascimento de João Rodrigues de Sá; ou em Avinhão, aonde teria ido em embaixada Rodrigo Anes de Sá, e havia um cardeal Colonna, mas se documenta que Rodrigo Anes era casado com outrém.
8) Mãe entretanto identificada, segundo a melhor documentação, como tendo sido Mécia Pires (de Avelar?) primeira mulher do pai do "Sá das Galés" (apud. op. cit. nota 4).
7 comentários:
Escrevem-nos o seguinte:
"Caros Srs,
Vejo que insistem em negar a evidencia das provas cientificas que foram já avançadas pelos professores consagrados como Beltran y Ruspide, Rumeu de Armas e Coin Cuenca e que continuam a redizer o que amadores oportunistas que nunca fizeram investigação como Luis Albuquerque e Vasco Graça Moura já disseram .
Tenham um bocado de bom senso e vejam que a tradução de Colombo para o castelhano é palomo e não colon.
Federico Iltis de Sequeira"
Obrigado pela gargalhada do primeiro parágrafo.
Quanto ao segundo, sugerimos que leia o artigo a que este post faz comentário, podendo assim ficar elucidado, segundo esperamos.
Diga sempre de sua justiça.
Cps
P.R.
Recebemos novo mail de uma farta série oriundos do mesmo correspondente de "Bruxelas", que nos dispensamos de publicar na íntegra, ao serem repetitivos:
"Exmos Srs,
Conhecendo pessoalmente a familia dos Duques de Veragua posso afirmar-lhes que nem o Almirante do Mar Oceanico, D. Cristobal Colon, nem a familia, nunca se chamaram Colombos.
Por este facto, e em defesa da verdade historica e familiar, peço-lhes para, definitivamente, banir esse nome das suas referencias e dos seus escritos difundidos por internet.
Esperando a compreensão de Vossas Excelências para este meu pedido
Frederico Iltis de Sequeira
Bruxelas"
Ex.mo Sr. Frederico Iltis de Sequeira
Agradecemos o tempo que dispensou lendo o que temos escrito e
registamos o seu pedido e observações.
A grafia usada para referir o navegador que chegou ao Novo Mundo em
1492 não obedece a nenhum critério editorial imposto ou pré-definido e
é da responsabilidade de cada um dos redactores.
Lendo com atenção o que foi publicado neste sítio, verificamos que a
grafia do referido nome aparece de forma neutra como Cristóvão
Colombo, o que faz todo o sentido se se atender ao modo como o fazem
Rui de Pina e Garcia de Resende, dois homens que conviveram muito de
perto com D. João II e que possivelmente até conheceram pessoalmente o
Almirante das Índias.
Rui de Pina, Crónica de D. João II, cap. LXVI.
«Descubrimento das Ilhas de Castella per Collombo.
No anno seguinte de mil quatrocentos, e noventa e tres, (...), a seis
dias de Março arribou arrestello em Lixboa Christovam Colombo Italiano
(...)»
Garcia de Resende, Crónica de D. João II, cap. CLXV.
«De como se descubriram per Colombo as Antilhas de Castella.
[1493-3-6] veyo ter a Restello em Lisboa Christouão Colombo, italiano(...)»
A utilização de outras grafias que não esta é passível de permitir
interpretações quanto ao posicionamento do utilizador no contexto de
ideias tidas por descabidas ou mesmo de pseudo-história, o que é de
evitar. A isto soma-se um grande problema prático e metodológico
passível de confundir os próprios redactores e ainda mais os leitores
que é o uso de outras grafias ou heterónimos atribuídos a Colombo.
Nomes como Colon, Cristóvão de Colos, Simão Palha, Salvador Gonçalves
Zarco, Salvador Fernandes Zarco, e quantos mais, são razão suficiente
para adoptar uma atitude de enorme cepticismo e cautela.
Perante isto, e atendendo à tradição historiográfica não comprometida
com ideias que extravasam a História e entram em áreas que nada têm a
ver com ela tal como é entendida pela generalidade dos bons
historiadores, julga-se de bom senso continuar a usar o nome Cristóvão
Colombo.
Com os melhores cumprimentos
F.V.F. e J. C. S. J.
E ainda, do mesmo nosso erudito correspondente de Bruxelas:
"... Sobre os escritos que me refere, devo dizer-lhe que como se fizeram tantas
> falsificações temos de ir ver as provas originais.
> Posso citar-lhe documentos originais que estudei que estão nos arquivos da
> Torre do Tombo que referem que o verdadeiro nome é o de Colon e nenhum se
> refere ao tal cardador de lã genovês Colombo..."
Muito grata pela amável e valiosa informação do sr. Sequeira, a PHC oferece-se desde já para aqui publicar em primeira mão tais documentos, descoberto no duro labor de 12, não, 13, não, 15 anos de labor profícuo na Torre do Tombo certamente. Corremos no entanto o risco de exigir ve-los também em primeira mão, pois tendo andado em tantas mãos nos podem chegar falsificados também".
Cps
P.R.
"COMUNICADO DE ÚLTIMA HORA AOS NOSSOS LEITORES HISTORICISTAS E PSEUDO-HISTORICISTAS:
Diante da ameaça de crítica acirrada ao nosso historicista e démodé blog Pseudo-História Colombina, por parte do seu novo confrade e concorrente "fashion", o jovem pseudo-histórico Colombo-o-Novo, a quem saudamos especialmente hoje, dia do seu baptismo na arena mundial da Nettybite, reuniu-se de emergência o Conselho de Autores deste mui nobre e sempre leal e notável sítio.
E, depois de invocar a memória de Cristóvão Colombo, a da sua Pomba, com o membro do Espírito Santo direitamente poisado na Coluna da Musa da História, nossa senhora e mestra, a fim de recolher suas bênçãos por sobre o altar dos nossos luso-galaicos deuses lares;
Dentro do tradicional espírito de paz, e concórdia, que sempre em Portugal se procurou manter com outros povos e outros espíritos diversos, decidiu-se negociar e aceitar em fraterna concórdia a proposta de que o sr. Sequeira junto de nós se constituiu bastante procurador;
Comprometendo-nos nós em espírito de fiel e boa verdade a deixar de utilizar o sobrenome de Cristóvão COLOMBO para o descobridor das Antilhas de Castela, e alterando-o para aquele seu menos conhecido de Christophom COLOM, exigindo em retorno, por justas e indispensáveis contrapartidas, as seguintes necessárias garantias por parte do nosso rival Colombo-o-Novo:
a) que faça imediatamente, hoje, próprio dia do seu baptismo, o crisma, a fim de santamente poder mudar ad hoc a sua designação social para httpp//.Colón-el-Nuevo.blog.com, tornando-se enfim coerente com a doutrina onomástica COLOMBINA, desculpai, COLONIANA que diz justamente defender;
b) que se comprometa da mesma forma o blog C-o-N a garantir que qualquer outra edição eventual da obra "O Mistério Colombo Revelado", que tanto temos contribuido para publicitar, alterará em consonância o seu título para "O Mistério Colón Revelado", em português, ou "The Colón Mistery Revealed", em inglês, "Le Mystère Colón Révélé", em francês, e ainda em castelhano, se intitulará a mesma obra "El Misterio Columbus Revolucionado".
c) que a mesma parte interessada solicitará com a brevidade possível, junto da Administração norte-americana, a rápida alteração da designação da nave espacial Columbus, para shuttle COLÓN;
c) Que, tendo sido invocado o interesse familiar dos castelhanos duques de Verágua, descendentes de Colombo pelos Colom, em que seja utilizado a versão castelhana de Colombo, o seu sobrenome Colón, em todo o mundo, e não apenas entre os castelhanófonos, o Pseudo-História Colombina se compromete a cumprir esse desidério, na medida dos seus parcos recursos e capacidades, escrevendo para tal efeito uma carta de solicitação deste desígnio a Sua Excelência o Presidente da República, Doutor Cavaco Silva, ao Presidente dos EUA, George Bush, ao Presidente da República Italiana, a Sua Santidade o Papa, Bento XVI, e ao Secretário-Geral das Nações Unidas;
Na garantia porém, em justa contrapartida a esta cedência das línguas latina, italiana, inglesa, francesa, e portuguesa, ao idioma castelhano, que os mesmos duques de Verágua se comprometem, em nome de Suas Católicas Majestades, João Carlos I e doña Sofia, a que estes passarão de ora em diante a assinar-se como de Borbone, ou de Borbom, ou ainda of Bourbon, alternadamente, em cada geração familiar que se venha a sentar no trono dos seus maiores, no seguimento da linha de Luis XIV de Bourbon.
Esta generosa proposta é válida até às 24 horas do dia de hoje.
P'la PHC
(ass. ilegível)
(selo branco e pomba da paz, na importância de 50 colons)."
Aqui deixamos este urgente comunicado de última hora, recebido por mail, sujeito a confirmação de ser fonte segura quem o trasmitiu.
P.R.
Transcrevemos aqui mais alguns comentários a respeito da questão onomástica que sobre Colombo se vem levantando, em que alguns leitores historicistas fizeram o favor de nos expressar o fundo do seu pensamento:
"Caro Português Racional,
"Na sequência da sua muito lúcida e oportuna sugestão de alterações toponómicas a que sem dúvida urge proceder, levando em linha de conta o exposto pelo vosso correspondente Frederico Iltis de Sequeira, eu acrescentaria a Columbia Britânica (British Columbia), a Colômbia e a capital do estado norte-americano do Ohio, Columbus. Passaríamos assim a ter a província canadiana da British Colonia, o estado sul-americano Colónia (1), e a cidade norte-americana de Colonus.
Com os meus cumprimentos
Vasco Rodovalho
(1) Para evitar confusões com o nome da cidade homónima alemã, deveria a mesma a ser grafada em português como no original alemão, mudando-se apenas o “K” para “C”: Cöln
PS: Pensando bem, haverá alguma relação entre o nome latinizado da cidade de Colónia, na Renânia, e o nome do descobridor das Antilhas? Não seria esta minha dúvida merecedora de aturada exegética?"
Dentro do mesmo espírito, escreve-nos a Senhor Dona MJB, que longamente veraneou na ex-Taprobana, ora Sri-Lanka, vulgo Ceilão:
!...A explicação para o nome Colombo parece originar nas árvores de manga. Eles escrevem Kalamba e soa muito semelhante. Tanbém havia quem dissesse que em antigo cingalês a palavra "porto" tinha semelhante sonoridade. Para eles, sobretudo para os mais finaços, o Colombo estava totalmente fora de questão."
A ambos a PHC agradece a colaboração neste tema candente da actualidade.
"Caros administradores do Blog Pseudo-História Colombina, aos quais muito agradeço o labor ali exarado em prol da ciência.
Agradecia que postassem a seguinte mensagem:
Sr. Federico Iltis de Sequeira
Agradeço que se exima, em críticas de sua autoria, futuramente exaradas neste ou em outro blog ou fórum, de referências menos respeitosas, digamos mesmo que insultuosas e isentas de probidade, a pessoas que, pelo trabalho
íntegro desenvolvido em prol da ciência, nos merecem o maior respeito.
Luís de Albuquerque nunca foi um amador oportunista e cremos que Vasco da Graça Moura também não!
Maria Benedita Moreira de Campos Vasconcelos
Luís de Barros e Vasconcelos"
Alguem sabe dizer-nos em que faculdade de Historia Luis DE Albuquerque e Graça Moura Estiveram?
gracias
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