quarta-feira, 13 de dezembro de 2006

Patrocínio Ribeiro - a família da esposa de Cristóvão Colombo

Patrocínio Ribeiro, A nacionalidade portuguesa de Cristovam Colombo. Solução do debatidissimo problema da sua verdadeira naturalidade, pela decifração definitiva da firma hieroglífica (...), Lisboa, Liv. Renascença, [1927].

Texto integral da genealogia que apresenta

Ascendência e descendência de D. IZABEL MONIZ — Sogra de Colombo

HENRIQUE MONIZ, alcaide-mór de Silves, casou em 2.as núpcias com D. IGNEZ PEREIRA, filha de D. Diogo Alvares Pereira e, entre outros filhos, geraram:
VASCO MARTINS MONIZ
que, passando á ilha da Madeira, fixou residência no Machico, e ali casou por três vezes, sendo a última com D. Joana Teixeira, filha de Lançarote Teixeira, o velho, e de D. Brites de Gois, neta paterna de Tristão Vaz, 1.º capitão donatário do Machico, e de sua mulher D. Branca Teixeira, da casa fidalga dos Teixeiras, de Vila Real, e neta materna de João do Rego e de sua mulher D. Brites de Gois. Vasco Martins Moniz faleceu na vila do Torrão, onde residia sua mãe já bastante idosa. Do seu casamento com D. JOANA TEIXEIRA,
nasceram:
GARCIA MONIZ
de quem não falam os
genealogistas.
DIOGO GIL MONIZ
Foi reposteiro-mór e vedor da fazenda do infante D. Fernando, senhor de Beja, onde tinha casa. Era casado com D. Leonor da Silva, filha de Ruy Gomes da Silva, senhor da Chamusca e Ulme, e de D. Branca de Sousa, irmã do 1.º conde de Abrantes. Dêste casamento nasceu D. Francisca da Silva, que casou com D. Sancho de Noronha. 3.º conde de Odemira; ela faleceu antes de 1521 e foi sepultada no convento de Santo Antonio de Odemira. Diogo Gil Moniz exerceu com sua irmã viuva, D. Izabel Moniz, a tutoria de seu sobrinho Bartolomeu Perestrelo, durante a menoridade dêste.
FREI CHRISTOVAM MONIZ
Era da Ordem dos Carmelitas. Foi bispo titular de Reona, e coadjutor do bispado de Evora. Sendo eleito prior do convento do Carmo, em Lisboa, no ano de 1510, exerceu o cargo até 1522. Em 1528, coma bispo, sagrou a igreja de Colares.
D. IZABEL MONIZ
Foi a 3.ª mulher de Bartolomeu Perestrelo, primeiro donatário da ilha de Pôrto Santo. Quando seu marido faleceu na vila da Baleira, da referida ilha, recolheu-se a casa de seu pai com os seus dois filhos Bartolomeu de 7 anos, e Filipa, de 5, vendendo a capitania de Pôrto Santo a Pedro Correia da Cunha, casado com D. Iseu Perestrelo, filha de Bartolomeu Perestrelo e de sua segunda mulher D. Brites Furtado de Mendonça, venda esta que seu filho mais tarde fez anular. Exerceu a tutoria de seus filhos menores conjuntamente com seu irmão Diogo Gil Moniz. Do seu casamento com Bartolomeu Perestrelo parece ter havido os seguintes filhos:
BARTOLOMEU PERESTRELO
Casou com D. Guiomar Teixeira, que assassinou, e em segundas núpcias com sua cunhada D. Solana Teixeira.
FILIPA MONIZ DE MELO
que casou com Cristovam Colombo.
BRIOLANJA ou VIOLANTE MONIZ
que casou com Michelle Muliarte.

Ascendência e descendência de BARTOLOMEU PERESTRELO — Sogro de Colombo

Gabrielle Pelestrello e Bartholine Biforti geraram FILIPPONE PELESTRELO, que casou com D. CATHARINA DE MELO
Dêste casamento nasceu:
BARTOLOMEU PERESTRELO
da casa do Infante D. Henrique, e o primeiro donatário da ilha de Porto Santo, para onde fôra com alguns colonos do continente
Casou com D. Margarida Martins, que assassinou.
Casou em segundas núpcias, com D. Brites Furtado de Mendonça, filha do capitao-mór do mar Afonso Furtado, de quem teve:
D. FILIPA, que casou com Mem Rodrigues de Vasconcelos, comendador do Seixo e senhor das terras do Caniço (Madeira).
D. CATHARINA FURTADO, que casou com João Teixeira, 3.º filho do 1.º capitão donatário do Machico, Tristão Vaz.
D. ISEU PERESTRELO, que casou com Pedro Correia da Cunha, proprietário da quinta da Charneca, perto de Lisboa, onde faleceu em 1499. Dizem alguns nobiliários que tambem foi capitao da ilha Graciosa.
Casou em 3.as nupcias com D. ISABEL MONIZ, filha de Vasco Martins Moniz e de D. Joana Teixeira, de quem teve:
BARTOLOMEU PERESTRELO
Que era menor de oito anos quando seu pai faleceu. Foi tutelado por sua mãe e seu tio Diogo Gil Moniz. Embarcou em Lisboa para Larache, afim de tomar parte nas guerras de Africa. Após alguns anos de ausência, voltou á Madeira e, instigado por seu cunhado Mem Rodrigues de Vasconcelos, promoveu uma demanda a seu cunhado Pedro Correia da Cunha, para anulação do contracto da venda de Pôrto Santo, efectuado por sua mãe durante a sua menoridade. Venceu esta demanda em 15 de Março de 1473. Casou com D. Guiomar Teixeira, filha do navegador Tristão Vaz e de sua mulher D. Branca Teixeira, de quem teve um filho chamado Bartolomeu e, assassinando sua esposa por adultério, casou em segundas nupcias, com a irmã dela D. Solana Teixeira.
D. BRIOLANJA ou VIOLANTE MONIZ
Que casou com Michelle Muliarte, e residiam em Huelva, onde Colombo os foi procurar, quando saíu de Portugal, em 1484. Parece que já tinha enviuvado no começo do século XVI, pois Diogo Colombo, filho do navegador, no seu testamento de 16 de Março de 1509, determina o seguinte: Manda vintiseis. Item manda que a mi tia Brigulaga (sic) Moniz seran dados por sus tercios veinte mil maravedis en cada un año mientras que viviere para sus necessidades computados los dies mil marevedis que la salia dar. Diogo Colombo, irmão do descobridor, tem no seu testamento a seguinte verba tambem: Item, mando que se paguem a Briolanza Muñiz diez ducados de oro, en lismonai, e perdoa-lhe uma divida antiga de oito mil maravedis.
D. FILIPA MONIZ DE MELO(1)
Esteve no mosteiro de Santos, segundo diz o autor da Vida del Almirante. Parece que faleceu no Funchal, onde seria sepultada. Casou com Cristovam Colombo, de quem teve:
DIOGO COLOMBO
que casou, em Castela, com D. Maria de Toledo, e geraram:
IZABEL DE COLON
que, em 3 de Maio de 1531, casou com D. Jorge de Portugal, conde de Gelves, viuvo já de D. Guiomar de Ataíde.
(1) Conforme o costume entre as famílias portuguesas do século XV, adoptou o apelido do avô materno (Vasco Martins MONIZ) e o da avó paterna (D. Catharina de MELO).

11 comentários:

Anónimo disse...

Boa noite. Como não possuo a obra de Patrocínio Ribeiro, gostaria de perguntar em que autores genealógicos se apoiou ele para elaborar esta genealogia. Será que as indica na obra? Será que fez pesquisa primária documental directa?

Aproveito a talhe de foice para informar que os elementos da verdadeira genealogia de Filipa Moniz foi já em tempos elucidada no fórum Genea Portugal pelo Dr. Miguel Moniz Corte Real, historiador e ligado aos Monizes do Algarve, que a estudou em fontes primárias na Torre do Tombo se bem me lembro do que em tempos li. Infelizmente, não encontro o link exacto para aqui colocar. Mas anda perto desta informação que o mesmo nos proporciona sobre a mãe de Filipa Moniz, já estudada por Braamcamp Freire nos Brasões da Sala de Sintra, e que de maneira nenhuma corresponde à genealogia acima publicada por Patrocínio, descendo Filipa Moniz da alta à pequena nobreza: http://genealogia.netopia.pt/forum/msg.php?id=101082#lista

Anónimo disse...

Pedindo desculpa de alguns erros de português do post anterior, que não corrigi antes de colocar, adianto aqui o link correcto aonde o Dr. Miguel Corte Real esclarece documentalmente a verdadeira filiação materna de Filipa Moniz (que nunca foi dona nem Melo), adiantando-se a um trabalho que traz em preparação sobre os Monizes de Silves e os Monizes da Madeira:
http://genealogia.netopia.pt/forum/msg.php?id=95618#lista

O grave, se confrontarmos estas informações documentalmente seguras, é que foram generosamente comunicadas ainda em 2005 ao sr. Manuel Rosa, que ousa não só rebate-las sem qualquer preparação nem critério (valendo-se de Henrique Henriques de Noronha!) como as ignora completamente na sua obra para não prejudicar a alegada parentela "real" e doirada que quiz atribuir à família materna da mulher de Colombo. Somando isto ao seu total desconhecimento das características peculiares da Nobreza portuguesa, que visiona como um todo e não como seccionada, permite-se ainda mitifica-la fora do contexto conjuntural.

Penso aliás que basta ler a troca de mensagens neste bocado de tópico entre o Dr. Miguel CR e o sr. MR para não só situar correctamente a família de Filipa (Gil) Moniz, como também a forma confusa não de arrasoar mas de arrasar os elementos, os documentos e as provas pelo sr. Manuel Rosa, sem ser necessário comprar o seu livro. A minha única dúvida é se o faz por absoluta impreparação crítica e metodológica, deixando-se arrastar pela paixão que lhe cega a razão, ou se mistifica os seus leitores deliberadamente visando apenas o lucro fácil que o sensacionalismo proporciona mediante o esvaziamento das algibeiras dos leitores menos preparados.

A obra do sr. Rosa é portanto um fenómeno paralelo a muitos dos nossos dias, um mero "produto" que sucede fingindo que é novo a outros seus congéneres. E como decerto venderá bem, o seu objectivo ficará decerto assinalado como um sucesso (de marketing que não de substância) a quem a edita, a quem a escreve, e ironicamente, a muitos dos que a comprarem sem capacidade para entende-la.

Anónimo disse...

Verifico que os dois links sairam cortados pelo que os repito:

http://genealogia.netopia.pt/forum/msg.php?id=92724#lista

e

http://genealogia.netopia.pt/forum/msg.php?id=95618#lista

Anónimo disse...

Voltaram a sair cortados... basta acrescentar no final deles, a seguir ao sinal #, a palavra - lista - para ficarem inteiros para cópia e cola no endereço do pesquisador.

J. C. S. J. disse...

Não há no livro indicações bibliográficas ou documentais além das poucas que vão surgindo no próprio texto. Mas também A Nacionalidade Portuguesa de Cristovam Colombo, de Patrocínio Ribeiro é uma obra póstuma, por isso é difícil de saber o que corresponde de facto ao trabalho do autor e ao dos editores. Seja como for, o livro deve ser criticado pelo que nele consta e, por ser uma das origens do que veio depois a ser abusivamente chamado de «Tese Portuguesa», tenciono aqui publicar na íntegra a versão portuguesa.
Estamos muito agradecidos pelas informações dadas e este tipo de contribuição é sempre muito bem-vindo.

Anónimo disse...

Leiam a obra:

"MONIZES DE RIBA DOURO A SILVES; AÇÔRES E MADEIRA"
do Dr. João Emanuel Moniz Campos Gomes (Corte-Real) citado no livro O MISTÉRIO COLOMBO REVELADO e digam-nos quais dos Corte-Reais está correcto.
Se é o João Emanuel Moniz Campos Gomes (Corte-Real) ou se é o Dr. Miguel Moniz Corte Real.

Anónimo disse...

Sem a menor dúvida que quem está certo é o Dr Miguel Moniz Côrte-Real

Anónimo disse...

Ai esta outro dos problemas deve/se agora fazer uma investigacao ao trabalho dos dois Moniz Corte/Reais mas pelo que conhceso o Dr. Miguel Moniz Corte Real nao publicou nada sobre os Monizes por isso esta mais correcto

Anónimo disse...

Sim se o Miguel Corte-Real não publicou nenhuma obra é porque não encontrou nada de novo para publicar. Fica mais correcto porque não cometeu nenhum erro.

Anónimo disse...

O Dr Miguel Moniz Côrte Real tem, no Fórum do Genea Portugal, intervenções plenamente elucidativas da verdadeira genealogia de Filipa Moniz, agora "agilizadas"para consulta num post(20/12) do Dr Eduardo Albuquerque.
Respondendo a um anónimo, informo que o Dr Miguel Moniz Côrte-Real é autor de " Fidalgos de Cota de Armas do Algarve" e bem conhecido como sábio,probo e honesto historiador.

Anónimo disse...

Sr. Manuel Rosa

"...E sim trato-a por Dona porque as senhoras no Mosteiro dos Santos eram tidas por "donas"..."

1 Já havia donas no tempo do Condado Portucalense, e nem sequer eram nobres... dona era apenas um termo usado socialmente e pelos tabeliães para designar nos instrumentos as proprietárias, mulheres, ou viuvas de cavaleiros-vilãos enriquecidos. No sítio da Sociedade Martins Sarmento, em linha, encontra estudos que relatam isto, por exemplo, na Guimarães da rainha D.Tareja. Simultaneamente, parte significativa da nobreza começa a abandadonar o tratamento de dom e dona. Uns por ilegitimidade. Outros, parece, para não serem confundidos com os emergentes. Mais tarde, porém, o chamamento de dom e dona revaloriza-se, chegando a ser regulado por lei nas Ordenações do Reino. Fica exclusivo para certos cargos eclesiásticos, para sucessão civil familiar directa, ou por concessão régia. Não que chamamento de dom desse ou retirasse qualquer nobreza em Portugal, e alguma da melhor aristocracia oriunda da nobreza imemorial recusa-se tenazmente a usá-lo até aos nossos dias. Estão até documentados casos em que, herdando fidalgos velhos e antigos, de antigas linhagens sempre tratadas por dom oficialmente, uma Casa mais importante cuja tradição era não usar o dom, imediatamente adoptaram o sobrenome principal dessa Casa e retiram por respeito à tradição dela o dom do novo nome que adoptam. Mas isto é na alta aristocracia, pois entre a pequena e a média nobreza o dom e o dona são necessariamente muito mais prezados. Aos que ainda não têem, ou já não têm, é sempre muito mais importante parecer do que àqueles que já nascem e sempre foram aquilo que são.

Voltando ao tempo de Filipa Moniz, quando vir referidos uma dona, ou mosteiro de donas, ou rica-dona, ou dona-viuva, leia sff como agora leria "senhora", ou "proprietária", alguém que vivia à lei da nobreza, que tem bens, que é servida em casa, sim senhor. Mais nada. É muito diferente encontrar grafado "Filipa Moniz, dona recolhida no Mosteiro de Santos", ou "Dona Filipa Moniz, residente em Santos". A sociedade portuguesa e ainda mais a sua aristocracia é, e sempre foi, barrocamente complicada, cheia de graduações que nem os estrangeiros, nem os não iniciados, mesmo hoje, conseguem compreender, na sua quase chinesice, totalmente. Mas sem conhecer esses quiproquós, sem os respeitar, representa-se a nossa História deturpando-a, porque já os nossos antepassados eram assim. Subtis, até caóticos, mas rigorosos nas suas regras, explícitas umas, implícitas outras, mas todas definidoras da estratificação social evolutiva em cada dado momento.

Creio sinceramente que para si pertencer a uma Ordem de Cavalaria era ser da alta nobreza... Isso não é assim, tanto que as Ordens também eram porta de entrada na cavalaria, e na nobreza, por uma porta menos elevada. Tudo dependia evidentemente do grau detido por cada cavaleiro dentro da Ordem. Não era por acaso que alguns cavaleiros de Santiago tinham tenças elevadas, e outros tenças quase simbólicas. O mesmo se passa com as comendas, as "boas" ficavam em nobres e antigas mãos, as pequenas, exibindo o o mesmo título enganador, podiam ser dadas a recém-chegados. A não ser em casos excepcionais de alguma façanha ou proeminência acompanhadas de súbita elevação pontualizada - como em Castela foi o caso de COlombo. Ou seja, sr. Manuel Rosa, não é porque as pessoas se vestiam de igual ou parecido, e se encontravam juntas na mesma sala, que são todas iguais. De maneira nenhuma. Todas são nobres, sim, mas nobre era também em Portugal o simples pároco local ou qualquer letrado formado. Uns vestem no bairro. Outros mandam vir de Paris. Dou-lhe um exemplo do sc. XX: até 1974, nenhum diplomata português se podia casar sem autorização escrita do Ministro, por delegação do Chefe de Estado. Isso nao implica de maneira nenhuma que todos os diplomatas portugueses sob a IIª República tivessem a mesma importância, profissional ou socialmente.

"O Sr. comete outro erro ao dizer: "quem era sobrinha do Rei era a condessa de Lemos, e não Diogo Colombo (sic) que era sobrinho da Condessa!..."

2 Eu já li algures essa carta transcrita por si, mas não a tinha presente. Sim senhor, tem razão, D. Duarte de Almeida escrevia a D. João III e não a D. Manuel I. Remeto-o para o que noutro lado aqui escrevi sobre lapsus calami etc. etc. e relembro-lhe que, quando contraditório com a lógica e o geralmente aceite, um só novo documento fonte raramente faz a Primaveran Histórica... costuma precisar acompanhar-se de vários outros, credíveis, complementares, preferivelmente de outras fontes contemporâneas do descrito. Isto varia um pouco conforme as épocas e a raridade dos documentos, claro. Eu por exemplo, ao ler aqui as palavras de D. Duarte de Almeida, logo iria confirmar que o autor, ou seu escriba, se enganou no grau de parentesco, visto a condessa ser prima (por afinidade) e não sobrinha de D. João III. Excepto que... até aposto que D. Manuel terá conferido ao conde D. Diniz, marido dela, o parentesco de "sobrinho del-Rei", que era honra de corte transmissível ad eternum na descendência do agraciado, se dada de jure e herdade. Ou renovada habitualmente, em vidas. Pois este título valia mais em precedência na Corte do que o de primo del-Rei, e este por sua vez valia mais que o de simples parente del-Rei. Morrendo o agraciado, não se mudava pois o título, e transmitido igual era usado tal e qual pelo rei sucessor para com o sucessor do agraciado. Outra hipótese a encarar seria que haveria alguma falha genealógica, a ser estudada, e a Condessa seria sim sobrinha em segundo grau do soberano (cf. artigo a respeito na Wikipédia: "segundo-sobrinho e segundo tio" http://pt.wikipedia.org/wiki/Segundo-sobrinho_e_segundo-tio).

Cps

P.R.