Confesso que após duas leituras deste texto ainda não consigo formular uma dúvida que seja. Não compreendo rigorosamente nada.
Barbosa Soeiro, «A Assinatura de Colombo sob o Aspecto Cabalístico», in Patrocínio Ribeiro, A nacionalidade portuguesa de Cristovam Colombo. Solução do debatidissimo problema da sua verdadeira naturalidade, pela decifração definitiva da firma hieroglífica (...), Lisboa, Liv. Renascença, [1927].
Texto integral
Por insistente solicitação da minha parte, o meu prezadíssimo amigo, talentoso publicista, e distinto clínico, Dr. Barbosa Sueiro, dignou-se fazer a análise da assinatura do descobridor da América, sob o ponto de vista do Ocultismo. Como não conheço nenhuma análise, neste género, com a devida vénia, reproduzo, na integra o interessantíssimo trabalho de Barbosa Sueiro, que ficará como um valioso estudo sôbre o carácter misterioso de Colombo, enriquecendo assim a vastissima bibliografia colombina. – O Auctor [Patrocínio Ribeiro].
Cristovam Colombo – é ponto de fé para mim – teve certos conhecimentos das chamadas sciências ocultas, quer adquiridos directamente nalguma associação secreta do tempo, onde estives se filiado, quer tomados dalgum iniciado na mesma sociedade, ou de qualquer amigo que cultivasse tais sciências. Dada a possível origem israelita de Colombo, é facil supor como êle os poude obter, porventura dalgum intimo que fôsse conhecedor da cabala.
A forma como Colombo extraíu das armas portuguesas o brazão que usava – descoberta por Patrocínio Ribeiro – indica, para mim, o dedo de pessoa acostumada a manejar assuntos referentes a Cabala. Pela primeira figura se verifica como Colombo fez a transformação de escudetes em âncoras.
Cada ancora foi construída sôbre 5 pontos dispostos em cruz, fazendo passar por 3 pontos, respectivamente, o segmento rectilíneo e o segmento de curva. Assim:
Pode verificar-se o seguinte: a linha recta passa por 3 pontos (ternário); a linha curva passa, também, por 3 pontos (ternário). o numero cabalístico 3 duas vezes repetido (3+3), uma das vezes para indicar uma linha recta e outra para indicar uma curva (linhas antagónicas) revela-nos o hexagrama:
Linha recta, passando por 3 pontos, pode significar.
Linha curva, passando por 3 pontos, pode significar.
Ancora, formada pelas duas linhas antagonicas, pode significar
Cada ancora equivale, pois, a um hexagrama. Cumpre ainda notar que os hexagramas sao 5, e cada um dêles tem o valor cabalístico de 6; teremos, pois:
segundo uma simples operação cabalística.
Existe, portanto, no brazão de Colombo o número cabalístico de 3. Existe, também, o de 5, se considerarmos cada hexagrama uma unidade. Existe ainda o de 7, porque sendo de 25 o numero total de pontos, sôbre que os hexagramas foram construídos, obteremos por uma operação:
Aliás, a disposição dos pontos em cruz, já nos revelava o quaternário, que pode corresponder ao hexagrama, representando a linha vertical o triângulo de vértice superior e a linha horisontal (antagónica da vertical) o triângulo de vértice inferior:
Sendo Colombo português, e de origem israelita por ventura, é interessante constatar como êle, ou alguem por êle, conseguiu extrair do escudo das armas de Portugal, um escudo novo, auxiliado pela Cabala.
Cumpre referir que a âncora, bem coma o hexagrama, fazem parte do simbolismo de certos Ritos Rosacrucianos.
Passemos agora á assinatura de Colombo. É esta:
Analisemos a parte superior da assinatura:
Vemos 3 SSS, dispostos segundo os vértices dum triângulo cada um deles ladeado por dois pontos.
Aqui se revela o ternário (3) e cada letra, ladeada por dois pontos, pode aludir ás duas significações com que elas são usadas na Franc-Maçonaria:
ou então:
Os 2 pontos juntos de cada S podem querer significar tambem, que se deve duplicar o triângulo, obtendo-se assim que apareça o hexagrama:
Se unirmos por três linhas as letras, 3 a 3, obteremos:
Revelando-se assim a cruz de 5 braços, que aparece em certas associações herméticas, e que pode corresponder ao tetragrama, visto que é uma cruz.
O contôrno da parte superior da assinatura é pentagonal, o que nos revela o pentagrama (5):
Se contarmos as letras desta figura verificamos serem 7.
Temos, pois, na parte superior da assinatura, os números cabalísticos 3, 5, 7, o tetragrama e o hexagrama.
Na parte inferior da assinatura ha 9 letras:
o que indica, talvez, da parte de Colombo, um grau de iniciação elevado pela apresentação dêste numero.
O simbolismo, revelado na asinatura de Colombo, pertence a certos ritos rosacrucianos, e pode tambem fazer parte das doutrinas secretas dos Templários.
Tenho razoes para crêr (o que seria tango expôr aqui) que a Ordem do Templo, apesar de extinta no tempo de D. Diniz, subsistiu em Portugal, trabalhando activamente, porventura bem protegida, de forma a escapar as horrendas perseguiçôes que os católicos apostólicos e romanos exerciam nos que não eram católicos, segundo a sua ortodóxia.
A ASSINATURA DE COLOMBO
SOB O ASPECTO CABALÍSTICO
SOB O ASPECTO CABALÍSTICO
Cristovam Colombo – é ponto de fé para mim – teve certos conhecimentos das chamadas sciências ocultas, quer adquiridos directamente nalguma associação secreta do tempo, onde estives se filiado, quer tomados dalgum iniciado na mesma sociedade, ou de qualquer amigo que cultivasse tais sciências. Dada a possível origem israelita de Colombo, é facil supor como êle os poude obter, porventura dalgum intimo que fôsse conhecedor da cabala.
*
* *
* *
A forma como Colombo extraíu das armas portuguesas o brazão que usava – descoberta por Patrocínio Ribeiro – indica, para mim, o dedo de pessoa acostumada a manejar assuntos referentes a Cabala. Pela primeira figura se verifica como Colombo fez a transformação de escudetes em âncoras.
Cada ancora foi construída sôbre 5 pontos dispostos em cruz, fazendo passar por 3 pontos, respectivamente, o segmento rectilíneo e o segmento de curva. Assim:
Pode verificar-se o seguinte: a linha recta passa por 3 pontos (ternário); a linha curva passa, também, por 3 pontos (ternário). o numero cabalístico 3 duas vezes repetido (3+3), uma das vezes para indicar uma linha recta e outra para indicar uma curva (linhas antagónicas) revela-nos o hexagrama:
Linha recta, passando por 3 pontos, pode significar.
Linha curva, passando por 3 pontos, pode significar.
Ancora, formada pelas duas linhas antagonicas, pode significar
Cada ancora equivale, pois, a um hexagrama. Cumpre ainda notar que os hexagramas sao 5, e cada um dêles tem o valor cabalístico de 6; teremos, pois:
6X5=30
3+0=3
3+0=3
segundo uma simples operação cabalística.
Existe, portanto, no brazão de Colombo o número cabalístico de 3. Existe, também, o de 5, se considerarmos cada hexagrama uma unidade. Existe ainda o de 7, porque sendo de 25 o numero total de pontos, sôbre que os hexagramas foram construídos, obteremos por uma operação:
2 + 5 = 7.
Aliás, a disposição dos pontos em cruz, já nos revelava o quaternário, que pode corresponder ao hexagrama, representando a linha vertical o triângulo de vértice superior e a linha horisontal (antagónica da vertical) o triângulo de vértice inferior:
Sendo Colombo português, e de origem israelita por ventura, é interessante constatar como êle, ou alguem por êle, conseguiu extrair do escudo das armas de Portugal, um escudo novo, auxiliado pela Cabala.
Cumpre referir que a âncora, bem coma o hexagrama, fazem parte do simbolismo de certos Ritos Rosacrucianos.
*
* *
* *
Passemos agora á assinatura de Colombo. É esta:
.S.
.S. A .S.
X M Y
XPOFERENS
.S. A .S.
X M Y
XPOFERENS
Analisemos a parte superior da assinatura:
.S.
.S. A .S.
X M Y
.S. A .S.
X M Y
Vemos 3 SSS, dispostos segundo os vértices dum triângulo cada um deles ladeado por dois pontos.
.S.
.S. .S.
.S. .S.
Aqui se revela o ternário (3) e cada letra, ladeada por dois pontos, pode aludir ás duas significações com que elas são usadas na Franc-Maçonaria:
Saude! Saude! Saude! ou trez vezes Saude !
ou então:
Salus! Stabilitas! Sapientia!
Os 2 pontos juntos de cada S podem querer significar tambem, que se deve duplicar o triângulo, obtendo-se assim que apareça o hexagrama:
Se unirmos por três linhas as letras, 3 a 3, obteremos:
Revelando-se assim a cruz de 5 braços, que aparece em certas associações herméticas, e que pode corresponder ao tetragrama, visto que é uma cruz.
O contôrno da parte superior da assinatura é pentagonal, o que nos revela o pentagrama (5):
Se contarmos as letras desta figura verificamos serem 7.
Temos, pois, na parte superior da assinatura, os números cabalísticos 3, 5, 7, o tetragrama e o hexagrama.
Na parte inferior da assinatura ha 9 letras:
XPOFERENS
o que indica, talvez, da parte de Colombo, um grau de iniciação elevado pela apresentação dêste numero.
O simbolismo, revelado na asinatura de Colombo, pertence a certos ritos rosacrucianos, e pode tambem fazer parte das doutrinas secretas dos Templários.
Tenho razoes para crêr (o que seria tango expôr aqui) que a Ordem do Templo, apesar de extinta no tempo de D. Diniz, subsistiu em Portugal, trabalhando activamente, porventura bem protegida, de forma a escapar as horrendas perseguiçôes que os católicos apostólicos e romanos exerciam nos que não eram católicos, segundo a sua ortodóxia.
BARBOSA SUEIRO
5 comentários:
NÃO HÁ RAZÃO NENHUMA PARA DUVIDAR QUE A ASSINATURA DE COLOMBO FOI CONCEBIDA POR MEIO DE UM MISTÉRIO. AO QUE PARECE OS SENHORES NÃO ACREDITAM EM NENHUMA DAS DECIFRAÇÕES FEITAS ATÉ HOJE.
NÃO É BASTANTE CRITICAR APRESENTEM A VOSSA EXPLICAÇÃO DA ASSINATURA.
Estas são imagens preciosas do esoterismo. Parece-me que Barbosa Soeiro devia de ser um iniciado nessas artes e segredos.
Mas como podem meter essas imagens aqui sabendo que estão protegidas por um Código do Direito de Autor e dos Direitos Conexos (CDADC)?
Da para pensar que eles nunca leem o que esta aqui escrito, estas a perder o teu tempo amigo
Meus caros
E que tal uma actualizaçãozita?
Temos o Paulo Cardoso, a Maya, o Professor Karamba... Eu, por mim pediria a decifração da assinatura de Colombo ao Professor Karamba! O método dos búzios cheira a mar, condizendo com o decifrando!
Mais uma, a meu ver, de muitas e infindáveis tentativas de substituir e ou misturar a ficção à História dos factos sem (factos) de facto...
Cada um pode utilizar os métodos que entender para ganhar dinheiro ou afagar o seu ego. Contudo, fazê-lo à custa da boa fé, ingenuidade e falta de conhecimentos específicos dos outros, não parece muito louvável.
Disse mais ou menos isto Mark Twain: " Tantas coisas se escrevem àcerca de C.C. que corremos o risco de um dia não sabermos nada àcerca dele".
A documentação (fidedigna) é o oxigénio da História; e, jamais, deverá ser substituida por suposições, desejos ou pontos de vista pessoais infundamentados.
A pior das mentiras é a meia verdade!
Luis Cardoso
Enviar um comentário