terça-feira, 19 de dezembro de 2006

Alentejo Terra Mãe

No número 6 da revista Alentejo Terra Mãe, Maria Antónia Goes assina um artigo intitulado “Cristóvão Colombo, aliás, Colon, era de Cuba!” Surge logo como primeira preocupação deste artigo o facto de Colombo não poder ser um cardador de lã pois casou com Filipa Moniz, uma nobre portuguesa filha dum Perestrelo.
São enunciados alguns autores que preconizaram a nacionalidade portuguesa de Colombo e contam-se entre eles Patrocínio Ribeiro, Mascarenhas Barreto, Manuel Luciano da Silva, José Rodrigues dos Santos, Manuel Rosa e Eric Steele. Nesta listagem constam portanto trabalhos de ficção como é o caso do Codex 632 e trabalhos de pseudo-história em que se podem incluir todos os outros.
A autora cita ainda Lopes de Oliveira que numa obra de 1949 se fundamentou em Baltazar Teles (1595-1675), Gaspar Frutuoso (1522-1591) e o Padre Cordeiro (que não se conseguiu apurar quando viveu) para afirmar que Colombo teve conhecimento de terras no Atlântico Ocidental por marinheiros que morreram todos, não se percebe se duma assentada ou gradualmente, depois de recolhidos na casa do dito Colombo na sequência dum naufrágio.
Segundo o artigo, Lopes de Oliveira justifica que o verdadeiro nome de Colon era Salvador Fernandes Zarco baseado em autores que viveram dezenas de anos (um século no que se refere a Baltazar Teles) depois de Colombo ter estado na Madeira e ter passado por Portugal. Chega a afirmar que era filho de D. Fernando e de Isabel Sciarra da Câmara baseado numa citação em latim onde alguém refere que estes eram os seus pais, mas - talvez para agradar ao público e influenciado por Alexandre Dumas - refere ainda que Colombo ou Salvador Fernandes Zarco era o filho ilegítimo do dito duque que fez com que a mãe fosse para Génova ter o filho entregando-o então a Susana casada com o cardador de lã.
Portanto, conclui-se para justificar que Colombo sabia de terras a Ocidente, que era nobre e não um cardador de lã, há que confiar em Lopes de Oliveira socorrendo-se de autores que não conheceram Colombo e que viveram um século depois. Todos os autores coevos que não se referem a Colombo nestes termos são omitidos.
Refere-se ainda que Cristóvão era tido por Patrocínio Ribeiro como um predestinado cujo objectivo era descobrir o Novo Mundo baseado num livro de Profecias inédito que provavelmente só o dito Patrocínio teve a honra de ver.
Passa-se de seguida a analisar a firma, que em português corrente se pode designar de assinatura de Cristóvão Colombo, e que no artigo é designada também por hieróglifo. Contudo, não se trata dum hieróglifo pois não se consegue ver qualquer representação que designe um pictograma da escrita egípcia, distinguindo-se perfeitamente caracteres latinos e, no caso da palavra Cristóvão a utilização de caracteres gregos (xpo).
De acordo com Patrocínio Ribeiro que inverteu os caracteres ou letras da sigla que acompanhava sempre a assinatura de Colombo chega-se à conclusão que afinal Colombo era de Colos uma povoação alentejana. Até este momento Colombo é de duas localidades do Alentejo: Colos e Cuba se contarmos com a referida no título. E os leitores mais incautos poderão pensar Colombo é definitivamente alentejano! Neste aspecto ainda estamos atrás dos italianos, são necessárias mais terras a reivindicar a naturalidade de Colombo.
Mas, continuando a leitura do artigo: passa-se de seguida para a origem judaica de Colombo que apenas se justifica com o facto de Colombo querer esconder a sua verdadeira identidade. A teoria explicativa elaborada por Marcarenhas Barreto com base na Cabala surge neste contexto. Colombo é judeu por isso usa a Cabala ou se usa a Cabala é judeu. No entanto ficou por referir a Cabala e o estudo cabalístico da assinatura foi uma apropriação de Mascarenhas Barreto de outros autores anteriores, como Barbosa Soeiro ou Pestana Júnior.
Refere-se ainda que Colombo não pode ser italiano porque não dominava o italiano, na medida em que não há documentação nesta língua. Contudo, esta mesma argumentação não é aceite para o português, pois não há nada escrito neste idioma com excepção de algumas palavras que se podem explicar como sendo influência da sua presença em Portugal e em alguns casos dirigidas ao seu filho, esse sim português de nascimento.
A nacionalidade portuguesa de Colombo também é justificada pela proibição decretada por D. João II dos estrangeiros embarcarem em navios portugueses. Mas, esquecem-se Vespúcio, Noli, Cadamosto e todos os genoveses que desde D. Dinis serviam a marinha portuguesa (vinte pelo menos). Para não falar do elevado número de bombardeiros alemães e flamengos que serviam as armadas da Carreira da Índia e do Estado da Índia assim como criados e aventureiros como Linschoten que com os seus escritos incentivou os Países Baixos à expansão ultramarina.
Para reforçar que Colombo não era estrangeiro argumenta-se com a proibição destes navegarem para a Guiné nem que fosse em navios portugueses. Ora, o que está demonstrado é que apesar dessa proibição os estrangeiros nunca deixaram de navegar para a Guiné ou outras partes em navios próprios ou não. Para além disso, o atlas de Henricus Martelus (c. 1489) nega a política de sigilo portuguesa, ou pelo menos manifesta a sua grande permeabilidade, pois cerca dum ano depois da viagem de Bartolomeu Dias consta nele toda a informação geográfica dessa viagem (ver cópia exposta na Sociedade de Geografia de Lisboa).
Colombo também era português porque “fazia os seus cálculos usando a criptografia náutica portuguesa”, seja isso o que for!
As alusões ao tratado de 1479-1480 estão erradas pelo que se recomenda a revisão da matéria. As alusões ao papel de Salvador Fernandes Zarco (assimilado a Cristóvão Colombo) decorrentes deste erro são, portanto, de todo descabidas.

Em nenhum lado se mencionam os trabalhos historiográficos que rebatem tais ideias e muito menos se faz a referência a informações contrárias às difundidas. Trata-se claramente de manipulação da História com fins propagandísticos venha-se lá a saber do quê?

31 comentários:

Anónimo disse...

Sim o artigo não está correcto pois devia de explicar que o nome foi e ainda é COLON porque o seu filho explicou-nos claramente que o nome nunca foi Colombo.

Deve-se também esclarecer algumas coisas Vespúcio não era da Génova e navegou em Portugal como um oficial de Colon.
Os estrangeiros que andavam na carreira da Índia não podiam fazer parte da proibição de D. João II pois este nunca enviou nenhum navio para a Índia.

Quantas vezes é que ouviu dizer que o mapa de Henricus Martelus foi publicado ou exibido ao público nalgum dos anos do reinado de D. João II??????????
Ou terá sido mantido em segredo entre D. João II e a corte do Rei Maximiliano?????
Não sabem que Maximiliano e D. João II tal como a mãe de Maximiliano, a Emperatriz Leonora Princesa de Portugal estavam envolvidos na mesma missão e que mantinham estreitas relações tal como o Rei Cristiano I e D. João II as mantinham durante as viagens secretas ao Ocidente como a de 1477???
Quantos relatos é que leram da viagem de 1477 nas crócias de Portugal ou de Alemanha ou de Castela????

Gostava que nos dissessem quantos mapas da viagem de Bartolomeu Dias os senhores críticos conhecem?
E quantos relatos da viagem de Bartolomeu Dias conhecem?
Mostrem que a viagem não foi mantida em segredo até 1492.

A existência do mapa não diz nada além de D. João II ser aliado com Maximiliano e que Alemanha e Portugal trabalhavam em segredo vejam ainda o tratado de D. João II com seu Primo Maximiliano que é um tratado de D. João II especifico contra Castela.
Deviam de ler muito mais e criticar menos.

Anónimo disse...

Caro Anónimo

"...Deviam (de) ler mais e criticar muito menos."

Não tenho procuração para defender os historiadores que em boa hora abriram este blog, nem penso que eles precisem de tal. Não suspeito sequer quem eles sejam. Mas penso que SE o senhor lesse mais em português, poderia auto-criticar favoralvente o seu fraquíssimo domínio da Língua que é o nosso primeiro património a defender, antes de atirar pedras a outrém noutros assuntos de Cultura...

O seu Português é aliás inconfundível pelos americanismos, castelhanismos, e defeitos estruturais de articulação das frases, o que me leva a não duvidar que seja Manuel Rosa quem aqui escreveu, embora anónimo. Pelo que se assim for gostaria de lhe perguntar o que lucra em não entender que em Portugal sempre Colombo foi Colombo ou Colom... e que só castelhanizou o nome ao passar a Castela. Se nalgum documento português viu paleograficamente grafado Colon, isso ou será má leitura entre o M e o N, ou mero tratamento de cortesia de escrivães respeitando a grafia acastelhanada depois de ele ter passado a súbdito castelhano. Por exemplo, se o sr. Rosa, vivendo nos EUA, amanhã se passar a assinar Rose, manda a boa educação que nós o passemos a chamar de Rose ao contactá-lo, o que não altera que o seu nome português seja e se mantenha sempre Rosa... O que lucra pois ao querer espalhar em Portugal entre os incautos o uso da grafia castelhana de um sobrenome que defende que é de origem portuguesa?! Se o tivesse intitulado no seu livro como Cristóvão Colom ainda se entenderia, mas chamar-lhe Cristóbal Colón e defendê-lo como de origem portuguesa confesso que ultrapassa as raias da minha compreensão como gesto esdrúxulo e paradoxal.

O seu declarado "portuguesismo" cai assim ao mais pobre nível de um Saramago nacionalizado castelhano, copiador do grande Gabriel Garcia Márquez no estilo literário (Memorial do Convento), evoluido para iberista e castelhanizado já depois de ver frustrados os seus primitivos ideais estalinistas. Depois de ver gorado o seu sonho de um planeta unificado sob a batuta internacionalista de Moscovo, torna mais limitado esse seu rasgo ao pretender unificar a Península Hispânica sob a batuta castelhana, e po-la a navegar sozinha, isolada da restante Europa (Jangada de Pedra). Vivendo há muito em Espanha, aliás, é arrojado a Prémio Nobel pelo poder editorial castelhano que passou a servi-lo, com insulto á grande Literatura Portuguesa de todos os tempos. Que lucra Portugal com tudo isto, pergunto eu? Um prémio Nobel ibérico, assim como o seu "Colón" ibérico se anuncia também?

Como acredito que censurou gente séria e educada que criticava o seu trabalho no seu fórum Unmasking Columbus (no caso, pelo menos a Dra. D. Maria Benedita), aproveitei para lhe dizer estas coisas aqui, aonde penso que não corro esse perigo. Não, não foi a mim que censurou... a mim censurou-me o blog Alentejanos da Cuba quando, de forma educada e no exercício da minha cidadania, ali critiquei o poder local que se atreveu a inaugurar uma (linda) estátua com vergonhosa inscrição a um Cristóvão Colón! nativo da Cuba... dito Salvador Fernandes Zarco (!) na placa, assim desprezando toda a historiografia séria nacional e estrangeira, e contando com a incauta presença, no acto oficial, da sra. Ministra da Cultura...

Finalmente, aproveito para o informar que na época do Príncipe Perfeito não existia ainda o conceito de Pátria e de Nacionalidade, em termos étnicos, culturais e línguísticos, pelo que vigorava apenas o conceito de lealdade e serviço ao senhor, neste caso, o Rei. Havia súbditos de um soberano, e aos súbditos do Rei de Portugal era dado genericamente o nome de Portugueses, mesmo que nascidos fora do território da coroa desse monarca...

Não é de estranhar portanto que tantos "estrangeiros" navegassem ao serviço da coroa de Portugal, apesar da proibição a "não portugueses" de o fazer. Investigue-se se esses nomes estrangeiros se tinham tornado ou não súbditos do Rei de Portugal - Colombo, esse, não nos deixa dúvidas que como tal se considerava.

Anónimo disse...

Caro Português Racional:

Sim senhor eu sou Manuel Rosa e sim senhor eu falo Português de plebeu e não de instruidos Porfessores e Doutores pois nasci na época do Salazar em que as Ilhas eram somente usadas para dar proveito ao Continente e pessoas para o exercito para irem morrer em África e quarteis e boms ares para os soldados do Continente virem passar férias. Por essas atitudes de maiores é que se perdeu tudo e os Açores e a Madeira são agora as únicas conquistas de Portugal. Mas Graças a Deus com autonomia.
Sim o meu Português é ruim e péssimo mas esse é o resultado de ser forçado a abandonar a minha pátria com 12 anos e de nunca mais ter estudado e usado a minha lingua materna mas não sou menos Português do que o sr.
Nem creio que se estivesse a escrevedr Português eloquente que o Sr. me estimava melhor.

O Fórum Unmasking Columbus não censurou-a porque a Maria Benedita nunca lá se inscreveu ou escreveu.

Dou~lhe essa o sr. escreve e deve de falar Português muito bem porque talvez levou mais de 4 anos a estudar~lo e a sua longa vida a usar-lo. Parabéms eu não tive essa oportunidade.

Agora no que toca a Colon eu estou mais avançado do que o Sr.
Pois quando os Senhores insistem em dizer que Colombo, Colom e Colon são todos a mesma coisa está a dizer uma asneira.

Em vez de responder á minha pergunta do mapa de Martellus põs-se a criticar o meu Português pois tem todo o direito no que diz sobre esse Português.

Como o Sr. mostra claramnete que não leu o nosso livro não está em posição para o criticar. Mas deve de entender que o Mistério Colombo Revelado tem esse titulo porque revela o mistério do Colombo e mostra as provas do Colon duas pessoas distinctas.

Se tivesse lido o livro ainda bem podia criticar mas não o leu e a sua resposta ou critica mostra isso claramente como o meu Português mostra que sou emigrante.

O nome Colombo é Italiano.
Mas está errado no que diz que o nome em Português é Colom.
"Colom" não é uma palavra Portuguesa e o Sr. que sabe muito bem a nossa lingua deveria de saber isto.
Para provar o que o Sr. diz o Sr. tem que mostrar que nalgum tempo antes de 1484 o navegador chamava-se Colom em Portugal o que não pode fazer porque nunca foi chamado assim. Por isso a sua presunção, sim presunção que quer dizer uma conjectura ou uma coisa sem provas ou uma invenção não tem uma só prova.
TUDO O QUE EU DIGO EU MOSTRO AS PROVAS.
O nome era Colon e não Colombo. Rui de Pina errou ou escreveu de propósito um nome errado.

Barros corrigiu Rui de Pina mas errou no "M" porque o nome do navegador era Colon. E o filho do navegador expliocu que o nome era Colon do grego Kolon.
Estas são as provas e o que os senhores estão a fazer é uma redundância de erros.

Se tivesse lido o livro sabia que nós aceitamjos que o Rei D. João II usava estrangeiros para seu serviço mas estrangeiros em que confiava.
Se tivesse lido o livro entendia que o nome verdadeiro do navegador não é conhecido porque ele foi FORÇADO a mudar o seu nome. Sim forçado por outros para esconder os seus pais e assim não temos um nome verdadeiro ainda.
Mas temos uma revelação por provas de documentos e forensica que o Colombo está errado e provas que o tecelão de lã não foi o navegador e que o navegador foi Colon.

Gostava muito que os Senhores respondessem ás minhas perguntas no post inicial sobre o mapa e a viagem de Dias pois só com suas respostas posso ver se sabem bastante para presumir que o mapa e a viagem foram feitos publicos por Portugal ou não. Não é?

Por se encontrar um mapa no século XX em Alemanha não significa que o Rei de Portugal e a Alemanha não manteram a descoberta em segredo.

Anónimo disse...

Pois bem como eu disse eles nunca leram o livro.
Desde o inicio tem ido à fnac ou bertrand, abrem là uma pagina qualquer e por ventura caiem num facto que desconhecem que foi ou vai ser justificado numa pagina anterior ou posterior àquela que eles leem no momento....

Depois tem o descaramento de afirmar que o senhor nao traz nenhuma prova, nenhum documento e que é pseudo historia...quando tiver tempo vou abrir um blog da pseudo critica à pseudo historia colombina, mas acho que vale a pena gastar 26 horas em vez de passar tempo em criticas de afirmaçoes sem valor.

Mas ja agora se sao tao sabios, porque nao participem à conferencia que tem lugar na secçao de historia da sociedade geographica?

PS: O tempo de Barreto ja passou, hoje o valor da obra esta a ser reconhecido por todo lado e apoiado inclusive por historiadores, adiciona-se a isso o facto das pesquisas ADN virem a confirmar que Colon nunca foi italiano, nem frances, nem espanhol...a investigaçao continua.

Cumprimentos cordiais.
Anonimus

Anónimo disse...

Quanto à lingua, mais uma vez se voces, ignorantes que sois, tivessem lido somente a primeira pagina, ja teriam constatado que o livro foi traduzido do ingles para o portugues...

E ataques pessoais nao levam a lado nenhum. Mas ja conhecei essa tecnica. E so mais uma tentativa para ocultarem e contornarem essa ignorança que vos caracteriza tao bem. Quando ja nao se sabe o que dizer, so se sabe como atacar".

Anónimo disse...

Pessoal nao vale a pena gastarem o vosso tempo com esses preguiçosos da leitura... Se eles nem leram as criticas a barreto nem barreto, como é que teriam lido o livro de Manuel Rosa?!

Como ja se sabe eles nao repondem à critica das suas pseudo criticas..

Tambem devo lembrar que fui aqui varias vezes censurado mas mesmo assim nao me tornei paranoico ao ponto de pensar que MR tem 20 heteronimos e q censura tudo no seu forum.

E sim, o ultimo anonimo ta certo, quando ja nao se tem nada para dizer faz-se ataques pessoias...com a juda da paranoia...

Anónimo disse...

Lembro aqui as proprias palavras do "portugues "racional"":

"""Não é necessário ler uma obra inteira para a criticar: basta entender do assunto por outras obras,
Quinta-feira, Dezembro 14, 2006 12:31:00 AM"""

Caros defensores da verdade neutra e imparcial,

Este blog é uma perca de tempo, os autores deste blog e o Portugues racional estão convidados no limite dos lugares disponiveis a debater cara à cara os argumentos com o autor e a receber uma boa lição, se tiverem lido o livro até....se tiverem a coragem de là ir (a desculpa da agenda não vale com tanto tempo de antecedencia)...

Assim me despeço com uma triste impressão destes autores que se querem serios e racionais na sua forma de analisar uma obra.

O que consta é o que se tem lido, boa sorte

Anónimo disse...

"""Não é necessário ler uma obra inteira para a criticar: basta entender do assunto por outras obras,
Quinta-feira, Dezembro 14, 2006 12:31:00 AM"""

ESTA NAO E PARA ESQUECER!

UM APLAUSO A RACIONALIDADE!!!!!

J. C. S. J. disse...

Se D. João II queria dar informação sensível ao imperdador, mandava fazer um belo atlas na Casa da Guiné, com toda a informação que achasse poder divulgar-lhe, e oferecia-o fazendo uma bela figura. Não encomendava o trabalho a um estrangeiro fora do país.
Há muito mais dados e deduções que desmentem a ideia exposta no primeiro comentário, mas fica para outra oportunidade.

Anónimo disse...

Caro J. C. S. J.

D. João II só não fez isso porque era muito mais inteligente que você.

Anónimo disse...

Em vez de criticar o que não conheceme uma área que não domina (teoria portuguesa de Colombo), e em vez de se fecharem em bibliotecas a ler literatura de corde, romances históricos e outras porcarias, faça como fez o Dr. Lucian da Silva e a sua esposa: Và ver com os próprios olhos o que ele quis comparar e comprovar. Sem isso e sem refutar as provas que ele (e outros que não são só Portugueses, mas também americanos, judeus e outros...) não têm credebilidade nenhuma. As criticas que o autor deste blogue faz à teoria do Colombo Português só enganam pessoas muiiiiiiiiiiiiiito burras, ignorates e anti-patriotas (que me parece ser a doença de que padece...) Instrua-se e leia, leia muito, viaje, veja, comprove... e depois sim, critique...

Anónimo disse...

Caro Heterónimos

Hoje estou cansado e sem tempo para responder, fica para outra oportunidade, mas o que aqui encontrei apenas me deixou uma grande vontade de rir... e de brincar consigo. :)

Parafraseando Dona Alzira Lameiras: Não negue à partida um Colom que não conhece!... :)

Toda a gente sabe aliás que a Expansão Europeia se deveu ao português Colom, perdão, ao "ibérico" Cólon, e que é em sua homenagem que se chamou colónia às novas terras achadas além-mar. Deixando algumas pessoas vítimas de colite, perdão, colonite, ou será clonagem? até hoje... :))))

Obrigado por me permitir ir dormir bem disposto.

Anónimo disse...

Essas paranoias.....

Para mim basta-me isto:

"""Não é necessário ler uma obra inteira para a criticar: basta entender do assunto por outras obras,
Quinta-feira, Dezembro 14, 2006 12:31:00 AM"""

Anónimo disse...

..."Essas paranoias.....Para mim basta-me isto:"Não é necessário ler uma obra inteira para a criticar: basta entender do assunto por outras obras"...(Anónimo).

É bem verdadeira a minha frase e basta em si mesma, julgo. Mas se não chega, adianto mais: aprende-se a ler tanto contra o que se lê, como a favor do que se lê... daí que não tenho preconceito em ler seja o que for. Mas como me parece que andam aqui rapazes novos, a quem o entusiasmo da idade e a falta de preparação historicista pode cegar, lembro que é importante não só a selecção do que se lê, como também a serena crítica que permita a síntese do lido. Pois nós não somos só aquilo que comemos, somos também aquilo que lemos... :) A digestão intelectual é nossa. E sendo a História uma ciência, não deve ser-nos admissível ingerir crenças acreditando que ingerimos factos. Em todas as áreas existe contrafacção. Muitas vezes o consumidor usa longamente a contrafacção sem saber que o é: está errado e pode fazer-lhe mal. Se a comprar no entanto sabendo que o é, óptimo então. Nada tenho contra a liberdade de investigar e publicar seja que matéria for por não especialistas. Entre eles, como em tudo, até nos tais especialistas, há trigo, e há joio.

Li ao longo do tempo TODAS as centenas de intervenções, raciocínios e vasta informação sobre o livro que iria sair, avançadas pelo sr. Manuel Rosa em Genea Portugal, e isso me basta para conhecer o suficiente do seu conteúdo, e as deficiências metodológicas da elaboração do mesmo. Vi mais o referido autor receber informação científica preciosa naquele fórum, dados que não passou a usar adequadamente, ou deturpa em função da sua fixação obsessiva... Ainda hoje o li em GP de novo falando (ainda... e sempre...) da sua "Dona" Filipa Moniz... etc. etc. O que nunca vi, em tanto tempo que o li, foi ver o Sr. Manuel Rosa admitir que podia estar errado fosse sobre o que fosse, mesmo quando confrontado publicamente sobre inexactidões várias. Como sou leitor passivo daquele e doutros fora, fiquei quieto, até que por mero acaso vim dar a este blog, e resolvi escrever quanto penso e quanto sei. Porque sou contra a escondida ditadura informativa dos Media exercida sobre a Massa acritíca, tratada como mera consumidora passiva de interesses económicos apresentados sob capa cultural, e manipulada permanentemente não só politica, mas também culturalmente. Resta-nos a internet para ser livres. Senão será como os referendos em Portugal: dizer que não, é apenas ser obrigado a votar e referendar de novo até que por cansaço se diga o sim a que hipocritamente minorias no poder nos queiram obrigar. Bem basta que toda a História oficial ainda seja ensinada sob visóes subjectivas da ideologia do regime em que se vive. No actual regime, como nos anteriores, ao contrário do que se julga.

Estive talvez 20 anos para ler Mascarenhas Barreto, pois sei aonde me convém gastar o meu dinheiro em livros, e todo ele é pouco para os que me falta comprar. Só sendo-se muito rico se pode comprar tudo o que sai em livraria, e mais rico ainda é preciso ser-se para investigar História sem patrocínios académicos ou institucionais durante 15 (quinze...) anos, como afirma o citado "historiador da Ibéria" (sic), ou seja, historiador do Vago. E sendo eu licenciado em História, não duvido que o Sr. Rosa seja muito mais rico do que eu para o ter podido fazer... Nem de resto nego que o facto de este se afirmar alto e bom som "historiador da Ibéria", mostrando à partida que nem sabe o que Ibéria seja, nem quando essa expressão foi inventada para uso privilegiado castelhano na sua sempiterna obsessão de integrar e amalgamar acastelhanando-os os restantes povos da Península Hispânica perante a Comunidade Internacional, falsificando a História por interesses políticos que constituiem a sua própria prisão de centralismo imperialista intrínseco. Pois os únicos ibéricos que existem na sub-península Hispânica, sr. Manuel Rosa, são os catalães, à roda do rio Ebro, por ironia... :)

Quando me emprestaram Mascarenhas Barreto há dois anos atrás, li-o com prazer, mas dentro do sentido que expliquei no 1º parágrafo...
Se e quando alguém me emprestar esta obra nova sobre Colombo, havendo oportunidade, para leitura de férias, também a lerei com gosto, se conseguir ultrapassar a repugnância de ler "Colón" e "Ibéria". Mas NÃO faço tenção de comprá-la. Nem a espreitei sequer em livraria.

Finalmente, aduzo o seguinte: vejo aqui muitas críticas e todas sempre obsessivamente viradas para a defesa do livro "Mistério Colombo Revelado", quando o objectivo deste blog é desmistificar, tanto quanto me tem sido dado perceber, toda a novela pseudo-histórica do "Colombo Português" ab initio, e não só a sua mais recente produção. Não há quem defenda Mascarenhas Barreto ou Patrocínio Ribeiro, que também por entre as suas brumas metodológicas produziram vasta informação, por vezes muito interessante, informação quer certa quer errada que, estando esquecida por quem a aproveita hoje, é aqui relembrada a bem da verdade e da justiça?

Eu sempre apreciei muito o romance histórico, e pouca gente haverá em Portugal que se possa gabar de ter lido todos ou quase todos os romances históricos portugueses. Mas o romance histórico, tal como o ensaio, assentam a narração fictícia sobre factos do conhecimento científico, e o leitor sabe disso. Penso que com Dan Brown (esse não compro nem leio...) e o seu vergonhoso plágio da obra francesa Le Prieuré de Sion, http://bmotta.planetaclix.pt/, que li com gosto há 20 anos atrás, se ultrapassa o limite da ética editorial e da honestidade intelectual. A cultura é agora apenas um "produto": e se a mentira vende mais do que a verdade, venda-se a mentira sob o formato da verdade...

Sem advogados do Diabo, não pode haver qualquer tipo de verdade alcançada factual e documentalmente. E não basta usar documentos verdadeiros, é preciso ainda saber interpretá-los em contexto, apanhar o fio da conjuntura real e geralmente prosaica que em cada momento os nossos antepassados, tal como nós agora, foram chamados a viver. Na História, como na Vida, geralmente, quanto mais simples, mais verdadeiro.


Um Santo e Feliz Natal para todos

Anónimo disse...

Eles leram e levaram 15 anos para trazer-nos uma nova história que dizem provar ser a mais correcta. É essa a diferença fundamental entre os autores e os senhores desta pseudo-crítica.
Não leu o livro, não levou 15 anos a investigar, não é um historiador dedicado a esta matéria mas "sendo licenciado em História" sabe tudo sem ter que ler mais do que aquilo que lhe ensinaram há 60 anos na Universidade.
É assim que se é Historiador em Portugal?
Grande sorte para nós que o Sr. Rosa não foi "licenciado em História" cá em Portugal porque cá não há historiadores há sim "licenciados" críticos de História.
Quando ler o livro do Sr. Rosa daqui a 20 anos, (porque sendo licenciado em História só gosta de ler coisas antigas) vai ver que o Sr. Rosa tem toda a razão ao indicar que a história conhecida está errada e basta somente ler as provas que ele encontrou sobre aquele testamento falsificado para provar isto.

Que eu saiba foi ele o primeiro historiador a descobrir essa falsificação. Mas o Sr. "Português Racional" porque é tão racional e porque é "licenciado em História" já o devia de saber e por isso não lhe é preciso ler o livro "Nem a espreitei sequer em livraria." Com certeza no seu próximo comentário vai fazer outra das suas pseudo-críticas daquilo que pensa ser pseudo-história e vai criticar essas provas da falsificação do testamento para nós leigos podermos ver os falhanços do Sr. Rosa.

"Pois nós não somos só aquilo que comemos, somos também aquilo que lemos" espero não estar também a comer coisas com 20 anos de idade (a não ser bons vinhos ou alguém do sexo oposto ou quem sabe talves se contente com alguém do mesmo).

Com votos de um Feliz Ano Novo

Anónimo disse...

Como se as palavras do Professor Doutor José Carlos Calazans, historiador doutorado pela Sorbonne em Expansão Portuguesa e do Professor José A. SEQUEIRA CARVALHO Associado do ISEG Universidade Técnica de Lisboa não fossem suficiente para mostrar o alto nível de consideração da obra do Sr. Manuel Rosa deixo-lhes outro comentário extraído do site dos autores:
"O senhor está a fazer um grande contributo nesta historia e estou a aprender muito do seu livro...

Dr. Marcel Balla

(Dr. Marcel Gomes Balla is a graduate of Boston University with an MA in International Relations in 1976. He also studied at the University of Lisbon and other universities in Portugal)."

Ao que parece somente os senhores é que vêm pseudo-história a ser escrita no livro O Mistério Colombo Revelado que admitem que não leram nem que vão ler e ainda que "Não é necessário ler uma obra inteira para a criticar: basta entender do assunto por outras obras." E eu pensava que isto era uma crítica a sério popr historiadores! Não me façam rir mais.

Anónimo disse...

1 "...Eles leram e levaram 15 anos para trazer-nos uma nova história que dizem provar ser a
mais correcta..."

Concordo. "Dizem provar"... exactamente, qual história, que grande estória! :)

2 "...Não leu o livro, não levou 15 anos a investigar, não é um historiador dedicado a esta
matéria mas "sendo licenciado em História" sabe tudo sem ter que ler mais do que aquilo que lhe
ensinaram há 60 anos na Universidade..."

O "Anónimo" (que agora desceu de senhor a soez em 27 XII, como se vê na última linha deste seu
post) sabe por acaso quem eu sou, qual a minha idade, o que tenho ou não lido, e publicado? E
desde quando é que um licenciado em História é um historiador só por isso? E desde quando os
títulos académicos (que apenas o Anónimo aqui coloca com pompa e circunstância, a fim de exibir
dois apoios de Manuel Rosa...) legalizam a verdade científica, rigorosa, factual e metodológica?
Mesmo que esta obra viesse assinada por algum catedrático de História, nacional ou estrangeiro,
eu pensaria e diria exactamente o mesmo, creia... o ensino nem sempre está em boas mãos. Os
historiadores são como todos os homens: há de tudo. Bom e mau. Os que procuram singrar servindo,
e os que se servem, singrando... Sabia, por exemplo, que já temos em Portugal editoras sediadas em Madrid, com delegação no Chiado, a publicar traduzidas em português obras de historiadores espanhóis sobre assuntos portugueses, apresentadas como "modernas e arejadas" pela
Imprensa portuguesa, quando de facto revelam arcaismo e preconceito imperialista cultural
castelhano na sua estrutura mental e de análise descritiva, e/ou profunda ignorância da
documentação portuguesa e incapacidade de a entender? Sabia que estão querendo construir também o "mercado ibérico da História" com obras que pretendem convencer os leitores portugueses que a
História de Portugal é "paralela" e similar à de "Espanha", e que Portugal apenas interagiu no
mundo complementarmente á acção mais vasta do que chamam de história ibérica, ou da hispanidade, desenquadrando a nossa História da sua verdade autónoma e enquadramento próprio no quadro da
histórias europeia e mundial? Alguma vez pensou que a História é geralmente uma arma política e
económica para quem a subjectiva com fins inconfessos?
Eu não sei realmente tudo, nem ninguém sabe, mas sei verificar a desonestidade intelectual quando
patenteada na internet ou na imprensa seja por quem for. E também sei que, à falta de argumentos, se passa em desespero ao baixo nível vulgar, querendo calar através da ofensa pessoal. A minha intenção no entanto não é ferir ninguém, mas apenas ajudar a esclarecer os leitores interessados
que aqui venham. Só por isso lhe respondo, de resto. Pois o seu comentário final prova eloquentemente o sizo de não publicar aqui, sujeitos a enxovalhos anónimos, nomes de gente de bem. Fico assim livre para responder, de anónimo a anónimo, sem ter que descer ao mesmo nível.
Não me ofende quem quer... Nem é com ofensa gratuita que se foge à evidência.

Assim, em 25 de XII, Manuel Rosa, socorrendo-se já do Evangelho à falta de melhores argumentos,
publica em http://genealogia.netopia.pt/forum/msg.php?id=138131#lista o seguinte:

"...Procurem dentro de Portugal que vão encontrar-lo mas não vai ter o nome de Colon porque esse foi inventado de propósito em 1484 para esconder a sua familia como de facto o tem feito genialmente até hoje. Procurem dentro de Portugal que vão encontrar aqueles "avós" de quem herdou valores para poder
enpregar-los numa empresa de Índias. Procurem em Portugal que vão desvendar aqueles antepassados de Don Diego Colon que o faziam
sobrinho da Condessa de Lemos.
Procurem dentro de Portugal que vão encontrar os seus laços á Ordem de Santiago.
E procurem dentro de Portugal porque irão descobrir a verdadeira razão por detrás da censura e
das mentiras e essa razão é que C. Colon e seus irmãos eram filhos ilegitimos de um homem muito
poderoso em PORTUGAL cuja indentidade requeria-se a nível de estado que se mantesse secreto.

Nas palavras de Jesus “procura e encontrarás”. (sic).

Fiquei perplexo, confuso, atónito, desorientado... serei inteligente ou estulto?, então Manuel
Rosa procurou durante 15 (quinze...) anos essas provas que ousa reclamar-nos, na Torre do Tombo, decerto, e mais arquivos portugueses, não cumprindo aliás mais do que a sua obrigação face ao
livro sensacionalísticamente apregoado e já à venda, e exige agora que os seus leitores encontrem as fontes sérias que ele não conseguiu descobrir em todo esse tempo de pesquisa exclusiva, para provar o que agora vende?! É de chorar às lágrimas... Sou loiro, mesmo albino... mas parece que
se ele que tudo sabe e tudo pode não conseguiu encontrar qualquer prova do que crê, ou seja, que
Colombo nasceu em Portugal, é porque nada existe, ou existem apenas provas contrárias... Mas que importa isso, para reinar entre os convertidos à sua nova crença, à ressuscitada crença colombina
que tem o desplante de nos tentar convencer ter descoberto sozinho... os adeptos que mourejem nos
arquivos! Ele tem mais que fazer. Até em Dia de Natal trabalha, como aqui se prova... que mais
poderão querer os seus apaniguados leitores? Francamente!

Mas dentro do espírito da quadra, digo:

- não foi Luciano da Silva quem descobriu no Arquivo Vaticano as bulas papais que designam e grafam o nóvel herói "ibérico" como COLOM, e não como COLON? Insisto, em que fonte se baseia MR para o tratar hodiernamente por Colón em Portugal, numa obra em português, sem cair no ridículo de por o
carro à frente dos bois? E se este afirma que não há documentação em Portugal sobre COlombo,
anterior à sua passagem a Castela, como fundamentar a sua opção de o naturalizar português sob a
forma castelhana Colón em vez de seguir a denominação coeva documentada que possuimos para Colom ou Colombo?

- quem era sobrinha do Rei era a condessa de Lemos, e não Diogo Colombo que era sobrinho da
Condessa! Meu Deus, não se pode levar tudo à letra, devemos lembrar-nos dos lapsus calami que
ocorrem ao escrever... ter em conta também as inexectidões de sentido possíveis quando secretários ou escrivães grafam o que lhes é ditado. Quantas vezes se pensa uma coisa e se expressa exactamente a contrária! E como era sobrinha de D. Manuel I a Condessa? Pois era casada com D. Diniz, filho do duque de Bragança executado, e da infanta D. Isabel, irmã do soberano...
Irmão de D. Jaime, duque restaurado de Bragança, jurado em Cortes herdeiro do Reino quando D. Manuel subiu ao trono.

- Se D. Álvaro de Bragança, irmão do Duque sentenciado em Évora, ajudou Colombo em Castela como
afirma MR noutro local do mesmo fórum, e se estava exilado em Castela depois da gorada conjura
tal como o conde de Faro, outro irmão de ambos, que interesse teria ele em ajudar o monarca, que
deveria considerar seu inimigo pessoal e de toda a sua família? Das duas uma, ou D. Álvaro
ajudou Colombo durante o seu exílio por pirraça a D. João II, que odiaria, ou D. Álvaro dava-se
mal com o mano duque e mesmo depois deste morto e desonrado, contra toda a vontade da sua família
exilada, queria ajudar Colombo a fim de favorecer o Príncipe erfeito nos seus desígnios políticos... Ora como a carta de Toscanelli, escrita ainda nos tempos de Colombo em Lisboa, é uma fonte de que Colombo acreditava realmente seguir para a verdadeira Índia, via Cipango, se D. Álvaro o ajudou será mais plausível te-lo feito prejudicar o Rei, mesmo que servindo de facto os desígnios maquiavélicos ocultos deste. Fica tudo, desculpe, em águas de bacalhau. Ou seja, na Terra Nova, que os portugueses descobriram bem antes de Colombo, assim como os escandinavos a descobriram bem antes dos portugueses. Colombo como "herói" não passa de um produto do oitocentismo nacionalista para
consumo do mercado norte-americano, e dos mercados subsidiários deste. Colombo tem mercado, não
por ele, mas pelo mito comm vendagem à roda da sua imagem mitificada. Desmitifica-la parece-me melhor serviço do que mistifica-la.
E...antes de engolir primariamente ad hoc um documento qualquer isolado, há que o entender secundariamente.

3 "Como se as palavras do Professor Doutor José Carlos Calazans, historiador doutorado pela Sorbonne em Expansão Portuguesa e do Professor José A. SEQUEIRA CARVALHO Associado do ISEG
Universidade Técnica de Lisboa não fossem suficiente para mostrar o alto nível de consideração da
obra do Sr. Manuel Rosa deixo-lhes outro comentário extraído do site dos autores:
"O senhor está a fazer um grande contributo nesta historia e estou a aprender muito do seu
livro... Dr. Marcel Balla - (Dr. Marcel Gomes Balla is a graduate of Boston University with an MA in
International Relations in 1976. He also studied at the University of Lisbon and other universities in Portugal)."
Ao que parece somente os senhores é que vêm pseudo-história a ser escrita no livro O Mistério
Colombo Revelado..." (sic)

Vou-lhe contar uma estória (esta sim, histórica...) que aconteceu com um professor universitário
de História sob Salazar. Este, procurando desesperadamente provar uma sua tese sobre o Mistério
dos Painéis de S. Vicente de Fora, com o tempo a passar, já cansado, pressionado, não resistiu a
introduzir um documento falsificado entre outros verdadeiros existentes na Torre do Tombo.
Assim, ficaria definitivamente comprovado aquilo de que ele não tinha qualquer dúvida fosse
verdade... Mas para seu azar, o embuste foi descoberto, e o doutorando, descoberto, ficou
coberto de opróbrio, sendo demitido do Ensino por Salazar, com justa causa. O fim da estória
desta história, é triste. Suicidou-se. A tanto chegam as paixões e a arrogância humanas... O
amor a si próprio, que não à verdade pura.

Sinto-me dispensado de comentar os nomes de outras pessoas que aqui publica, não vêm ao caso. Podem perfeitamente estar de boa fé. Crenças não se discutem. Decerto não leram MR com o mesmo cuidado com que eu o li... e de resto, errare humanum est. Penso sinceramente que o problema
maior de obras como esta, como aliás já com a de Mascarenhas Barreto, que até elaborou a dele
para efeitos de um mestrado, ou doutoramento, em História, é justamente esse: embrulhar
suposições descontextualizando os factos e os documentos, e retirando da confiabiliade pública
apoiada na sensatez, pela má companhia em que as vêem apresentadas, partes interessantes e valiosas da obra que, em vez de ficarem provadas, ficam desautorizadas, e mais difíceis de
demonstrar posteriormente quando houver investigação realmente científica a seu respeito.
Um exemplo: eu creio (não afirmo, não tenho provas...) que Colombo realmente serviu em Castela
desígnios de D. João II, como seu criado que era. E creio que esses desígnios terão sido canalizar o poder militar castelhano, finda a conquista de Granada, para alhures. Senão, seria de prever que em breve viria a haver novo choque luso-castelhano no Marrocos Português quando os castelhanos quisessem avançar para ali, eventualmente reforçados pelos aragoneses. D. João II,
prestes a alcançar o único objectivo desejável, o monopólio da rota marítima directa para o
Oriente, com a miragem entrevista de pingues lucros comerciais, quereria apenas salvaguardar as
suas fronteiras na Europa e em Àfrica, sem dispersão dos meios militares e humanos que precisaria
utilizar para o efeito.

4 "...outra das suas pseudo-críticas daquilo que pensa ser pseudo-história..."

Não há pseudo-críticas: há crítica positiva, ou negativa... A intenção da minha presença aqui não
é ser negativo a Manuel Rosa, mas positivo no esclarecimento aos candidatos a seus leitores.
Não me custa a crer que por detrás de toda esta montagem já existam interesses económicos, e de política local e municipal irresponsável e pouco ética, a
quem esta página e as minhas modestas palavras sejam ncómodas...

Em Génea Portugal Manuel Rosa assevera que ninguém escreve para enriquecer... Eu diria, depende.

Dan Brown fê-lo decerto, e conseguiu-o. É natural que abra escola. Como ele vários outros. No caso de o livro causa ser aceite

pelo meio científico português, isso abre-lhe portas para ser considerado nos EUA, ao contrário
do que sucedeu a Mascarenhas Barreto, e sendo publicado com laivos de certeza e credibilidade na América não pode deixar de ser best-seller, gerando fartos lucros. Mais uma razão para corroborar
numa iniciativa valiosa como o Pseudo-História Colombina, que vem secundar o sítio do Priorado de
Sião, desmitificando Dan Brown e as obras pseudo-históricas que o precederam e ele olimpicamente
ignora, tal como MR ignora as que precederam a dele. Quanto á Câmara de Cuba, já deve sonhar em
tornar-se um novo destino turístico para norte-americanos ndinheirados. Sabe quantas câmaras municipais ergueram monumentos a D. Afonso Henriques, asseverando ali se ter travado a batalha (aliás fossado) de Ourique? Três... :))) Tal como Colombo agiu inspirado pelo Espírito Santo, assim El-Rei batalhou em Três Pessoas numa só Pessoa, em três distintos locais...simultaneamente.

E falando de pseudo-história, que negam que exista, e já que aqui poem endereços da Wikipédia
para me ensinar geografia, farei o mesmo para ensinar historicismo:
cf. http://pt.wikipedia.org/wiki/Pseudo-hist%C3%B3ria

«Pseudo-História, literalmente significa história falsa. Obviamente, quem produz pseudo-história não admite estar a fazer algo de pseudo, de falso. Quando muito admitirá estar a fazer história alternativa.

A pseudo-história, como a pseudociência, não é um exclusivo de amadores, de crédulos ou
propagandistas de ideias que fogem ao que consideram ortodoxia dominante e conservadora, também
há académicos ou investigadores que, pressionados pela necessidade de apresentar resultados,
podem ser tentados a desvirtuar um trabalho que de outro modo seria sério.
Na avaliação de História ou Pseudo-História deve imperar sempre o bom senso, por um lado, de modo
a que ideias inovadoras tenham espaço para vingar sem serem ostracizadas, por outro lado, para
que o historiador que erra de boa-fé não seja votado ao ridículo. Agora, o que distingue
sobretudo as duas classificações é a capacidade que há nas partes em reconhecerem a validade da
crítica enquanto parte integrante do método historiográfico e a capacidade para admitir o erro
quando este surge e é identificado.».

Pode a entrada da Wiki inglesa ser bem mais extensa do que esta, portuguesa: mas é magistral na
sua síntese a nossa, que completamente define o problema de Manuel Rosa. É evidente que se este estivesse interessado em descobrir paulatinamente uma verdade sem prévia definição, em vez de se agarrar com tanto afã a provar o que documento nenhum lhe permite dizer, e muitos documentos
coevos lhe deveriam impedir de afirmar, e rejeitando desde o príncipio como ínfima qualquer
crítica bem intencionada, não estaria agora conotado com a sobreditacuja pseudo-história. Há de resto uma curiosidade, que não resisto a referir, e que é a identica capacidade de trabalhar
muito perseguindo o erro, comum a Rosa e a Colombo... Ambos primeiro decidiram que iriam
descobrir o caminho marítimo para a Índia pela via errada, mostram-se competentes a prosseguir, e
finalmente ficam conhecidos por terem chegado a algo de bem diferente do que criam e queriam.
Não valorizam aprender pela experiência, nossa mãe, e recusarão teimosamente até ao fim a
realidade: não estão na Índia, estão na América, mas nós é que estamos errados, nós, que passaremos a ficar chamados para sempre de Índios, pois eles não poderiam errar... :))) até
porque é consabido, segundo depreendo palavras que por aqui li, que o último a publicar é sempre
o mais verdadeiro!

5 "...Que eu saiba foi ele o primeiro historiador a descobrir essa falsificação..."

Vamos lá que já é tarde e já me dói a mão: que interesse tem que o testamento seja eventualmente
falsificado, com mero fim de burla, num processo de herança vultosa, para provar o ponto que Colombo não era italiano? Nenhum. Provará quando muito que dezenas de anos depois de Colombo morrer, já havias burlões oportunistas em Itália, como continua a haver. E haverá sempre. Em Itália, como em Portugal, nos EUA, ou em qualquer outro país...

Passe bem.

Anónimo disse...

1 "...o filho do navegador expliocu que o nome era Colon do grego Kolon..."

Se o filho em causa, suponhamos, em vez de ser Fernando, o filho bastardo castelhano de Colombo,

escrevendo em castelhano e publicando em Castela, tivesse sido Diogo, o seu filho legítimo

português, escrevendo em português e publicando em Portugal, essa frase poderia talvez agora

ler-se significando que o nome do almirante tivera sido COLOM, vindo do grego kolon... entende

agora, sr. Rose, cujo nome é oriundo do latim rosa? Durante o Humanismo, muita coisa era

fantasiado com base na Antiguidade greco-romana. A Renascença é uma época de grande

novo-riquismo cultural, não só artístico, mas também histórico, literário e gramatical.

Especialmente para o que se não sabia com certeza assente "no saber de experiência feito"... é

por esse tempo que vão buscar os lusitanos para antepassados dos portugueses, ou os gauleses para

antepassados dos franceses...

As genealogias iluminadas da época, como a do infante D. Luís, por exemplo, pretenderão que o

Conde D. Henrique, cujo tronco familiar ignoram, era de origem húngara, e até Camões nos passa

esse mesmo erro nos Lusíadas, também eles recheados de erudição nem semore fundada, por vezes

mesmo pedante, cortando o ritmo poético da maravilhosa obra... Se estudar as genealogias, verá

que todas as famílias tendem a mitificar a sua prosaica origem, antes de enobrecidas... que essas

origens humildes eram sempre disfarçadas atribuindo-lhes na raiz uma origem estrangeira, ou

lendária... Ora Fernando Colombo carregava dois estigmas: a ilegitimidade, por um lado, e a

origem estrangeira recente e desconhecida, humilde, ou plebeia, ou bastarda, não sabemos, do pai.

A interpretação de um filho ilegítimo que nem o nome dos avós conhece ao certo, e procura doirar

a situação canhestra da origem do pai, única personagem notável da família, aproveitando para o

efeito um certo pedantismo cultural próprio do seu tempo, será credível?


2 "...Para provar o que o Sr. diz o Sr. tem que mostrar que nalgum tempo antes de 1484 o

navegador chamava-se Colom em Portugal..."

Não será o senhor quem terá que provar que antes de 1484/85 alguma vez Colombo foi chamado de

COLÓN em Portugal, e não Colombo ou Colom? Não sou eu quem publica, nem quem pretende mudar a

história aceite sem fontes concretas a apoiar-me... Cabe-me apenas pedir desculpa de um lapso

que cometi sem intenção, e ainda não me foi apontado: Luciano da Silva não publica nas bulas

papais de 1493 a palavra Colom, como erradamente eu me lembrava e noutro lado aqui escrevi em boa

fé, mas sim Colon, o que encontra a sua justificação comezinha não só por o papa de então ser o

castelhano Alexandre VI mas, sobretudo, por esse ser o nome que utilizava oficialmente a

chancelaria castelhana ao escrever para Roma. Aliás, Alexandre VI estava sentado de fresca data

no sólio de Pedro à data da feitura das duas referidas bulas.


3. "...nasci na época do Salazar em que as Ilhas eram somente usadas para dar proveito ao

Continente e pessoas para o exercito para irem morrer em África e quarteis e boms ares para os

soldados do Continente virem passar férias. Por essas atitudes de maiores é que se perdeu tudo e

os Açores e a Madeira são agora as únicas conquistas de Portugal. Mas Graças a Deus com

autonomia..."

Com tantos anos de EUA, podia ter aprendido já uma das melhores qualidades da cultura

estadunidense, recentemente lembrada aos Portugueses pelo Prof. Cavaco Silva em discurso

televisivo: devemos pensar não no que o nosso País fez por nós, mas no que nós podemos fazer por

ele. Fui educado para acreditar que não são os meninos da mamã que singram, e que até os filhos

das cozinheiras, se o merecerem, se formam estudando na mesa da cozinha, ultrapassando na vida

por mero valor pessoal os que cabulam adormecendo nos sofás das salas. Aliás, formei-me a

trabalhar e a estudar simultaneamente, a fim de poder pagar os meus estudos.

Conheço bem e gosto muito dos Açores, aonde a sua análise do papel do Continente sobre as Ilhas

antes de 74 é geralmente atribuida aos micaelenses pelos portugueses das restantes ilhas...

depois desse mesmo ano! Quando os continentais começaram a subsidiar anualmente os orçamentos

regionais insulares, sem contrapartida para as regiões mais pobres do que elas no Continente.

Achei no entanto estranho que possa escrever como se considerasse, o que não ouso crer, que

alguma vez a Madeira e os Açores foram colónias do Continente... o que é bem diferente de terem

sido colonizadas, ou seja, povoadas, pelos continentais, tal e qual como os portugueses do Norte

colonizaram e povoaram o Sul à medida que este foi sendo conquistado! Sempre atribuí isso a um

mero complexo provinciano, em tudo idêntico ao que por vezes vigora também nas províncias

continentais. Sou evidentemente a favor da autonomia regional insular, embora considere uma discriminação injustificada a mesma não ser aplicada também a regiões tradicionalmente tão ou mais afastadas de Lisboa como Trás-os-Montes, ou até mesmo antigamente o Algarve. A pobreza do deslumbrante Pico da sua infância, em tudo lembra a da Beira-Baixa na mesma altura... Não vejo portanto qualquer diferença relativamente a tudo o que não fosse Lisboa e Porto, sendo da Província que vinham até Lisboa, sempre, tomar o poder os portugueses das periferias, continentais ou insulares.

As ilhas portuguesas como se sabe eram desertas e foram povoadas por concessões de tipo

feudalizante da Coroa quando isso tecnologicamente foi possível, com o fim da cabotagem,

maioritariamente por portugueses da época, e minoritariamente por flamengos e alguns outros

estrangeiros - a mesmíssima política aplicada na conquista (essa sim, conquista militar...) do

Sul do Continente Português, desde pelo menos D. Sancho I, o Povoador.

A propósito, os Açores também são "ibéricos"? :) Pergunto-lhe isto porque eu também não nasci na

Península Hispânica, ou Ibérica... Nasci noutra Península longínqua, bem mais pobre que os Açores

do seu tempo, e que também fala português.

Anónimo disse...

Sr. Português Racional....

>> Quando diz "escrevendo em português e publicando em Portugal, essa frase poderia talvez agora ler-se significando que o nome do almirante tivera sido COLOM, vindo do grego kolon... entende"

Deveras não sei o correcto Português para o Grego Kolon. Nós aceitamos a forma Castelhana tal como foi usada na altura e é usada hoje. O nome foi assumido quando fugiu para Castela e significa "membro" e para nós é um encurtamento do sobrenome Colonna como explicamos no livro. Por isso usamos o Colon(na) que fáz mais sentido do que um nome Colom que é Pombo em Catalão.

>> Quando diz: "Ora Fernando Colombo(sic) carregava dois estigmas: a ilegitimidade, por um lado, e a origem estrangeira recente e desconhecida, humilde, ou plebeia, ou bastarda, não sabemos, do pai."

Exactamente isso "Não Sabemos". E por não sabermos é que deveriamos de investigar mais a miudo em Portugal porque "não sabemos" ainda. E porque "NÂO sabemos" mostra que a história que os Senhores Críticos deste blog insistem em impimgir é uma história que "não sabemos". Eu mostro no livro aquilo que sabemos e mostro também aquilo que "não sabemos".

>>> Quando diz: "se D. Álvaro o ajudou será mais plausível te-lo feito prejudicar o Rei"

Eu não gosto de chamar ignorante a ninguém pois não conheço o Sr. e sei que não é nenhum ignorante. (Entendo também que o meu Português é menos florido e mais agudo e muitas vezes aparece ter desrespeito mas não por intenção.) Pois no que tem a ver com este tema o Sr. deve de ler muito mais para não ter tanta ignorância sobre a vida de Cristóvão Colon e para poder ter um melhor fundamento nos seus argumentos. Leia tudo o que eu li e só assim é que pode entender as razões por detrás dos comentos que eu faço sobre este navegador ou fazer a sua própria ideia de quem deveras foi este homem.

Quando eu digo que Dom Álvaro de Bragança ajudou Colon por ele ser um parente foi uma forma de explicar os factos todos da história de modo que tudo encaixe para fazer uma história lógica desses factos. Mas o Sr. diz que talvez D. Álvaro queria prejudicar o rei D. João II. O erro na sua presumção está aqui. Quando Dom Álvaro interveniu para ajudar Colon em 1501 o rei D. João já era só ossos.

>>> Noutro lado o Sr. diz: "Fiquei perplexo, confuso, atónito, desorientado... serei inteligente ou estulto?, então Manuel Rosa procurou durante 15 (quinze...) anos essas provas que ousa reclamar-nos, na Torre do Tombo, decerto, e mais arquivos portugueses, não cumprindo aliás mais do que a sua obrigação face ao livro."

O Sr. entendeu mal sobre o nosso trabalho. As minhas pesquisas, quase 13 anos, foram feitas para provar a história do Colombo Genovês. Perdi 13 anos atrás dessas provas e nunca consegui encontrar algo concreto e não estava a procurar nessa altura por nenhum Português.
Ao mesmo tempo fui encontrando provas que apontam para um nobre Português que não tive o tempo completo para procurar antes da publicação do livro. Pois ficou bem claro que muitos outros historiadores em quem eu me fiava incluindo Samuel Eliot Morison, Luis de Albuquerque, William Phillips, Juan Gil e Consuelo Varela, etc., estavam errados.
Ainda antes de publicar comecei a pesquisar sobre Dona Filipa Moniz primeiro para ver se conseguia provar a sua existência em Todos os Santos como o Fernando Colon nos disse. E sim trato-a por Dona porque as senhoras no Mosteiro dos Santos eram tidas por "donas". Foi esta a razão da minha primeira aparênica no Fórum da Genea.
Pois levou 13 anos para eu encontrar as provas concretas da falsa história do Colombo e pode levar outros 13 anos ou mais para encontrar essas provas concretas do nobre Português que casou com Dona Filipa Moniz.

Mas como isto não vai ser uma tarefa para um só historiador nem penso que vou ter 13 anos de tempo para o fazer dezafio os historiadores Portugueses ao fazer. Eu abri a porta á verdade agora espero de outros entrarem para a encontrarem.


>>> O Sr. comete outro erro ao dizer: "quem era sobrinha do Rei era a condessa de Lemos, e não Diogo Colombo(sic) que era sobrinho da Condessa! ... E como era sobrinha de D. Manuel I a Condessa? Pois era casada com D. Diniz."

O Sr. na sua já formada ideia de que tudo o que eu digo é mal interpretado e mal investigado não tirou tempo para averiguar os seus factos. A carta foi escrita por Dom Duarte de Almeida (Noronha e Perestrelo), ao Rei D. João III e não a esse D. Manuel I que era tio de D. Diniz como o senhor pensa. Mas sim ao rei que era primo de D. Diniz o Rei D. João III e não era seu tio.
Além de tudo isto Dom Duarte de Almeida (Noronha e Perestrelo) era um parente de Dom Diogo Colon (Moniz e Perestrelo) e é ele que explica que Dom Diogo Colon era sobrinho da Condessa de Lemos e Dom Duarte de Almeida devia de saber bem o que estava a transmitir ao seu rei.
Não há uma só razão para duvidar desta carta ao rei D. João III ou do seu conteúdo.

Eu não consegui ler tudo sobre a história e não tenho medo de um dia ser provado errado com documentos coevos e sem suspeitas que ainda não conhecemos mas não são os Senhores deste blog que vão conseguir fazer isso.

Tudo o que eu afirmo no livro está provado nos documentos e quando eu faço uma presunção também o digo. Tal é o caso do nome Zarqo ou Zargo o qual eu digo claramente ["que parece" como Zarqo].
E como sabemos que o 1º Capitão do Funchal foi conhecido como Zarco não é uma presunção sem base pois Zarqo é mais Zarco do que Zargo é Zarco e como nunca foi feita uma investigação ao 1º capitão do Funchal não sabemos se Zargo era alcunha de Zarco usado naqueles tempos pelo Capitão. Na época em que Colon escolheu a sua sigla o nome sería ou não difinitivamente Zarco?

Eu acredito que um dia destes vamos ter umas provas concretas e acredito também que essas provas vão mostrar que o Almirante Colon foi Português e assim será o mais famoso Português de todos os tempos.

Deveras estou cansado de argumentar principalmente com pessoas que não leram o que escrevi no livro e pensam que não vale a pena ler-lo. Não espero de regressar mais a estes blogs ou fórums mas se um dia ler o livro até ao fim e quiser ajudar a resolver a história ou se tiver alguma crítica bem pensada do que eu lá escrevi pode contactar-me pelo email no nosso website.

Um Feliz Ano Novo a todos e que a verdade cresça e a mentira escureça.

Manuel Rosa

Anónimo disse...

Sr. Manuel Rosa

Apesar de não ser uma novela, obriga-me a responder-lhe em capítulos. Uma parte irá ser postada na secção Genealogia de Colombo, onde ficará mais adequada.

1 "...Nós aceitamos a forma Castelhana tal como foi usada na altura e é usada hoje..."

Pois fazem muito mal... (ser-lhe-ia indiferente se eu começasse a tratá-lo por sr. Manolo Rosa?), pois que a forma Colón é usada apenas em castelhano e no mundo castelhano, não sendo costumeira na língua portuguesa que, se me dá licença, devemos procurar respeitar e amar, língua que conheceu Colombo bastante antes de o conhecerem a ele os castelhanos. Usar Colón, e não Colombo ou, vá lá, Colom, é subentender a castelhanidade do homem diante do leitor comum. Decerto, não é isso que se pretende. Quanto a significar "membro", já aqui referi que Colombo pode perfeitamente ter "sido" membro da mesmíssima maneira que o Conde D. Henrique "virou" húngaro... nunca lhe passou pela cabeça que essa expressão do filho Fernando Colombo pudesse ser mero fraseado, uma flor de estilo literária como outra qualquer, um calembour, ou pelo menos uma tentativa de inserir um aspecto misterioso à origem humilde e oculta do pai, que decerto o mortificaria? Sim, qualquer origem que se tenha que ocultar é sempre a mais humilde de todas... Não quereria o filho envernizar a sua apresentação de missa de domingo antes de o mostrar ao mundo, trajando de herói e de iniciado, à maneira da Antiguidade então em moda, no livro biográfico? Quanta vez a História Biográfica se mistura com a Literatura!

Acham actualmente os nossos tradutores, e jornalistas, seguindo o mau exemplo brasileiro, que os nomes estrangeiros se não devem traduzir, indo assim contra a simplicidade dos costumes de sempre e a boa facilidade da comunicação. Falam da rainha Elizabeth II em vez de Isabel II, dizem Juan Carlos Primero (sic, sem i) em vez de João Carlos I, escrevem Moldova em vez de Moldávia, Benin por Benim, e outros dislates assim. Eu costumoo sugerir nesses casos que passem a usar o alfabeto cirílico quando tentarem grafar (em russo, ou alemão?) Catarina II da Rússia, e os caracteres chineses quando noticiarem algo de Pequim (perdão, Beijing...). E verá que ainda acabam por vir a transmitir em directo de London, como já abandonaram Nova Iorque pelo New York, e ainda hão-de escrever Bin Laden de baixo para cima, da direita para a esquerda, em árabe, verá. Já faltou mais.

E agora esqueça o pombo, esqueça o membro, esqueça tudo que não seja real, documentado, e que resista ao contraditório: fora disso, tudo são apenas conjecturas. Se admite, como aqui disse, não sei baseado em quê, que Colom(bo) vem de Colonna (Colonna? Não o dizia filho de um nobre português?), nome de uma ilustríssima família italiana, (cujo nome aliás virá do radical columna, coluna, e não de Kolon, como demonstram à evidência as armas parlantes desta linhagem) também se pode admitir pela mesma ordem de ideias que Colom, castelhanizado Colón em Castela, venha de Colombo - ele, tão devoto do Espírito Santo, beato mesmo no fim da vida, talvez para expurgar os seus crimes e muitas culpas, também podia mascarar-se com a Pomba Branca da 3ª Pessoa da Santíssima Trindade :) Talvez fosse a isso que Fernando Colombo aludia quando nos diz que o pai mudou o sobrenome (mudança pretensiosa, talvez, ao gosto da época, Colombo foi um novo-rico evidente).
Hoje, dir-se-ia que passar a usar Colom seria quiçà mais "chique" que Colombo... a arrogância e pretensão, implacáveis mesmo, por vezes, nunca faltaram ao almirante aventureiro. Mas veja que tudo isto são meras especulações não comprovadas, e o sr., já lho tinha dito, pôe o carro à frente dos bois, vai procurar o que "descobriu" antes de achar algo sólido em que se firme para ver que há caminho para andar, quanto mais meta de chegada, e depois... publica, para que outrém se dê ao trabalho de investigar o que não conseguiu encontrar em fontes. E diga-se, porque acha que Colonna cortado daria em Portugal Colón, e não Colom ou Coluna? É por isso que o seu livro só pode ser uma obra de fé, talvez até de coração, mas não de razão. Por muitos pormenores como este. Em ciência, a crença e a intuição são muito úteis quando novas, diferentes, recentes, mas apenas como ponto de partida do comprovável, e não como chegada. Mas como acha que "arrasa" a historiografia oficial na capa do seu livro (sic), não vê que arrasa é o seu método de trabalho e de análise duma conjuntura que, desculpe, não consegue ver bem na sua realidade prosaica, mas apenas na da fantasia.

Se no mesmo país um sobrenome tem N variantes todas correctas na sua utilização, como por exemplo Corrêa, Correa, e Correia, ou Sousa e Souza, ou Perestrelo e Perestrello, ou Castelo Branco, Castel-Branco, Castel Branco, Castelbranco, Castello Branco, ou Souto Maior, Soutomaior, Sotto Mayor, Sottomayor, etc., porque não reconhece ao apelido Colombo, Colom, COlom e calhando até Coulomb o mesmo caso? Porque se agarra a pormenores não significativos? Bem, eu já vi em tempos alguém perguntar na internet, muito seriamente, se os Borbom seriam parentes dos Borbone, e o que seriam a estes os Borbón, que têm todos um apelido parecido com os Bourbon... lá lhe responderam que são primos dos Bragance, estes parentes talvez dos Braganza, que descendem dos Bragança... Penso que o Zarco/Zargo/Zarqo fica também aqui respondido. Leia o livro que lhe aconselhou o Dr. Corte Real, esqueci o nome em português, mas é caso de mais uma "brilhante" tradução: é de Lucien Febvre, "De l'à peu près à la précision en passant par ouï-dire" (Do Pouco Mais ou Menos à Exactidão Passando Pelo Ouvir Dizer), e aprenda a relativizar não só o tempo, mas também as indefinições e as flexibilidades da comunicação em si, e procure incorporar a forma por vezes vaga como ela era feita antanho nos diferentes espaços que nos deixaram registos grafados. Mas isto só é possível fazer compulsando diariamente, ao longo dos anos, nos arquivos ou nas obras que reproduzem as fontes em bruto, os documentos. Mais do que uma profissão, é uma vocação. É portanto trabalho para historiadores profissionais. Eu não sou historiador profissional, respeito-os (a muitos deles, pelo menos) e penso poder dizê-lo. A História vem-nos mais das formigas que das cigarras.

"Exactamente isso "Não Sabemos". E por não sabermos é que deveriamos de investigar mais a miudo em Portugal porque "não sabemos" ainda. E porque "NÂO sabemos" mostra que a história que os Senhores Críticos deste blog insistem em impimgir é uma história que "não sabemos". Eu mostro no livro aquilo que sabemos e mostro também aquilo que "não sabemos"." "As minhas pesquisas, quase 13 anos, foram feitas para provar a história do Colombo Genovês. Perdi 13 anos atrás dessas provas e nunca consegui encontrar algo concreto e não estava a procurar nessa altura por nenhum Português."

2 Primeiro sugere, sensacionalmente, na capa, que investigou 13 anos o seu ponto de um Colombo Português, capa cujo título é promessa de revelação nova documentada e segura ao leitor, agora já diz que só investigou 0 (zero) anos a hipótese que vende, porque passou 13 a tentar descobrir erradamente que Colombo era italiano... mas que importa isso ao leitor? Se pesquisasse apenas três dias, e tivesses fontes documentais novas e irrefutáveis, então sim. Agora investigar anos e anos frustradamente, apenas para mandar o leitor descobrir em fonte primária as fontes das suas novas e recentes crenças, mera repetição ou reelaboração ou desenvolvimento de crenças já antes publicadas por outrém, é troçar com o leitor, a quem alicia a comprar o livro vendendo-lhe gato por lebre. Eu não queria até dizer-lhe isto, mas... lá terá que ser: é desonesto, é um abuso intelectual, e de certa maneira um roubo da algibeira dos que compram a sua obra, acreditando na entusiasta publicidade enganosa da capa e das palavras da propaganda.

Sou sobrinho de escritores, e com eles aprendi: NUNCA se publica uma obra antes de a dar a ler a um ou dois amigos razoáveis, conselheiros seguros, a quem se pedem críticas, sugestões, conselhos, emendas... Se o tivesse feito, creia que o aconselhariam a apresentar as suas teorias em formato simples, magro, sintético, como é costume quando se deseja abrir caminho para que OUTROS investiguem aquilo que nós não somos capazes ou não queremos fazer. Para que outros nos refutem e esclareçam em que é que acertámos, em que é que errámos. Quando o amor é à verdade em si, e não à projecção mediática imediatista do nome de quem escreve, ou apenas vender muitos livros sem escrúpulo de consciência.

Quanto a este e outros fora aonde o criticam, criticam-no quase sempre justamente por querer mostrar não só o que todos já sabiam, e isso não vale o dinheiro do livro, mas também e sobretudo, por mostrar o imostrável, ou seja, querer vender ao leitor embrulhadas como certezas contradições supositórias. Sendo que muitas nem são novas, e não refere quem as trabalhou antes de si. Isso chama-se desonestidade intelectual. Vem dizer ao povo que há um mistério na origem familiar de Colombo: sabemos isso há 500 anos. A sua teoria portuguesa não pode é alegar que, não sendo filho do tecelão, não é italiano, nem sendo italiano nem podendo ser castelhano, é português. Isso é um silogismo FALSO. A não ser italiano (suponhamos, italiano é como continua documentado) tanto podia ser catalão como português, ou até doutro país qualquer. Deve saber que as "provas" principais do Colombo português, ou seja, os seus lusismos ao escrever castelhano, e os nomes impostos a terras nas Antilhas, são também reclamados pelos catalães como catalanismos, e como nomes de terras sitas no antigo reino catalão das Baleares.

E já agora, uma pergunta, muito importante: quando diz que pesquisou, isso quer dizer que trabalhou sequer alguma vez na Torre do Tombo, procurou ao menos por lá documentos que provassem a sua teoria? Ou ficou-se por outras obras secundárias já publicadas? E se sim, se investigou primariamente, foi na Torre que gastou os seus treze (13) anos a tentar provar que Colombo era italiano? :) Ou nos arquivos italianos? Noutro fórum, um seu apoiante, e apoiante do seu predecessor Mascarenhas Barreto, indicia que a sua descoberta da falsidade do testamento é algo novo e verdadeiro, embora descoberto esse facto por professores italianos!? (mais uma informação aproveitada por si dizendo-a sua e apresentada ao Povo como nova?) É que, repare, se trabalhou pessoalmente e nada encontrou, não podia publicar. Pelo menos nos moldes em que o faz. Ossos do ofício... E se nem sequer trabalhou, mostra que é português antigo: o trabalho é para o Preto.

Mas é decerto perca de tempo dissertar tudo isto a quem ainda ontem escreveu uma das coisas mais absurdas, ridículas, e pouco honestas que já li em toda a minha vida:

"Tal como os Italianos decidiram definitivamente em 1892 que era Italiano sem ainda terem as provas nós decidimos este ano que ele era Português dentro das mesmas regras.
Agora esperamos as provas." (http://genealogia.netopia.pt/forum/msg.php?id=138621#lista)

Sr. Rosa, devemos copiar dos outros o que têm de melhor, e não procurar descer a cultura portuguesa à ridícula desonestidade patrioteira que, neste caso em Itália, parece que levou alguém a forjar o documento Asseretto. Será que algum dia irá surgir um documento Rosa? Terei eu tido uma presciência quando lhe referi outro dia o nosso candidato a historiador que se suicidou? Isso não eleva o nome histórico português no mundo decerto (nem ele precisa aliás), e creia, ainda bem que o senhor é um "historiador ibérico" e é portanto à sua "Ibéria" (seja lá isso o que for) que quer colocar esse labéu pouco honroso.

P.R.

F. V. F. disse...

Caro Português Racional,

Na impossibilidade de o contactar-mos de outra maneira, pedimos-lhe, se assim o desejar, que nos contacte pelo endereço electrónico do blog.

Votos de um bom ano

Anónimo disse...

Caro PR,

Como não leu o livro não tem capacidade ne para o criticar nem para o louvar.
Nem entende a capa que diz que "Colombo foi um espião Português"
que não é o mesmo que dizer que "Colombo foi um espião de nacionalidade Portuguesa".

E sim fui eu que descobri a falsidade do Testamento. Eu e mais ninguém mas para saber os promenores tem que ler.

Ao ver com a sua ideia que estou "vendendo gato por lebre" não acho que dos cerca de 1500 livros já vendidos houvesse um só leitor que dissese que o livro está mal titulado ou está a ser desonesto.

E francamente um só leitor a dar-nos cumprimentos de uma obra bem feita vale mais que todas as palavras escritas neste blog por si e todos os outros interessados na critica a maioria que, como o senhor, nem sequer leu o livro mas pensam que conhecem o livro e pensam que ter o direito de o criticar. Mas estão a criticar a mim e não ao livro.

-Manuel Rosa

Anónimo disse...

Os senhores deveriam de ter vergonha nessas caras do modo pérfido que criticam uma obra que não leram.
Á sim mas vocês não têm caras. Entendido.

Anónimo disse...

Anônimo disse...

"Os senhores deveriam de ter vergonha nessas caras do modo pérfido que criticam uma obra que não leram.
Á sim mas vocês não têm caras. Entendido."

Uns têm vergonha na cara e não se sujeitam a enxovalhos por criticarem uma obra apresentada e propagandeada perfidamente em público, a fim de ludibriar leitores, outros não a têm e usam inúmeros pseudónimos para ludibriar os potenciais leitores e fazer mais publicidade gratuita.

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
J. C. S. J. disse...

Os dois comentários acima foram removidos por serem repetições do anterior.

Anónimo disse...

J. C. S. J. disse...

Os dois comentários acima foram removidos por serem repetições do anterior.

Anónimo disse...

Se Colon era mesmo o Colombo de Genova, porquê que os Senhores tem tanta dificuldade em prová-lo?

E porque razão a tese portuguesa é sempre vista e tratada ironicamente e com respostas evasivas?

Vamos fazer o contrário! Os Senhores venham ao meu sitio www.christophecolomb.blogspot.com e deixem la um comentariosinho e logo veremos quantos argumentos racionais la vão deixar.. ;-)

afonso pizarro

Maria Benedita Vasconcelos disse...

Afonso Pizarro

O seu site só tem uma resposta possível, e essa tem vindo a ser-lhe dada aqui: "http://kristol-goulm.blogspot.com/"
ou ainda aqui: "http://kristol-goulm.blogspot.com/2008/04/la-vrit-toute-nue.html"

Kristol Goulm disse...

Afonso Pizzaro ne connait rien de l'histoire en général c'est un traducteur comme son pére Mascaranhas Barreto.

Afonso Pizzaro et son complice Velum ne connaissent rien à l'histoire de Colomb, en particulier. Les seules choses qu'ils connaissent sont les idioties écrites par Barreto.

Le livre de Barreto est une compilation de textes tous identifiés, réalisée en un peu moins d'un an.

Je confirme que le vicomte jean-michel Urvoy n'existe pas. C'est une invention de ce crétin de Pizzaro qui a spammé des centaines de personnes avec ses idioties et qui à mélagé les réponses.

Tout est expliqué sur cette page :

http://kristol-goulm.blogspot.com/2008/10/portait-dun-charlatan.html