quarta-feira, 22 de novembro de 2006

Cuba (02)

Homenagem a Cristóvão Colon
A Câmara Municipal de Cuba, a Fundação Alentejo - Terra Mãe e o Núcleo de Amigos da Cuba irão levar a efeito, no próximo dia 28 de Outubro, na vila de Cuba, uma homenagem a Cristóvão Colon, com a inauguração de um monumento ao navegador no largo central da vila (actual Largo do Tribunal) e atribuindo o seu nome ao mesmo. A cerimónia terá início às 11h00m.
Trata-se de uma homenagem a tão ilustre navegador que sempre escondeu as suas origens e verdadeira identidade e que recentemente notáveis historiadores e pesquisadores concluíram ser português, nascido no Alentejo em Cuba, filho de D. Fernando então Duque de Beja e de Dona Isabel Gonçalves Zarco.
O dia escolhido para esta homenagem corresponde ao dia em que, há 514 anos, o navegador aportou à ilha a que deu o nome de Cuba.

Revista Municipal, Cuba, Setembro, 2006, p. 18.


Com este acto público e com a devida aprovação das entidades municipais a tese do Colombo Português torna-se «história oficial».
Só espero que em breve não tenham de novamente mudar o nome à praça, pois é muito aborrecido ter de alterar constantemente os endereços junto das entidades públicas, privadas... e municipais.

4 comentários:

Anónimo disse...

Infelizmente, não foram apenas as municipais, dada a presença no acto da Ministra da Cultura (ou do seu representante...). Creio que essa presença se terá devido ao contentamento do regime actual pela iberização de Colombo, agora ridiculamente denominado COLÓN na estátua da praça da Cuba. Pouca gente sabe em Portugal que os nossos impostos têm servido para pagar a uma comissão entre os ministérios da Educação de Portugal e de Espanha a fim de se concertarem numa reapresentação "politicamente correcta" da História de ambos os países, agora apresentada de forma uniformizada à juventude "ibérica", não como histórias entrelaçadas como as de quaisquer outros países europeus, mas sim como "paralelas" e "complementares". Isto não é de espantar da parte de um regime que se atreveu a inserir Portugal como apêndice cultural e político de Castela, ao aderir à castelhana Comunidade Ibero-Americana de Naciones, como se fôssemos de cultura ou histórias ibéricas (alguém me explica o que é isso!?) em vez de europeias... perdida a nossa História e Cultura próprias ao apresentarmo-nos diante da Comunidade Internacional como parte de um grupo histórico e cultural com que a Lusofonia (com isto dividida ao meio e muito prejudicada...) nunca nada teve que ver, não é de estranhar agora que este novo "Colombo Português" já venha actualizado à moda hodierna do embrulho ibérico da auprostituição cultural e nacional da IIIª República em que infelizmente nos é dado viver. Cf.
http://lusotopia.no.sapo.pt/indexPTIberistas.html

Anónimo disse...

É inegável a influência espanhola.

No entanto, quer-me parecer que a presença de um representante, e não da ministra, é significativo. Não me parece que Portugal tenha uma posição oficial no sentido de aderir, sem mais, à teoria portuguesa. Para além do mais, existe aqui um problema, qual delas a considerar?

De resto, quanto a mim, o mal não é nós pertencermos à Comunidade Ibero-Americana (Portugal situa-se na Península Ibérica), mas sim a nossa falta de vitalidade.

Anónimo disse...

E foi uma sorte! Por que digo isto? Porque antes de rebaptizarem o Largo do Tribunal com o nome do seu suposto conterrâneo Cristóvão Colombo, os "cubanos", ou alguns deles, pretendiam retirar o nome à Rua Serpa Pinto! Ou seja, pretendiam trocar o certo - o nome de um português de lei e herói nacional - pelo mais que incerto - a nacionalidade portuguesa e a naturalidade "cubana" de Colombo.

Anónimo disse...

"...De resto, quanto a mim, o mal não é nós pertencermos à Comunidade Ibero-Americana (Portugal situa-se na Península Ibérica), mas sim a nossa falta de vitalidade."

Sendo nós ainda um país tricontinental, geograficamente falando, pois que a Madeira e o Porto Santo pertencem geográfica e geológicamente à África, e as Flores e o Corvo á América, será de sugerir que Portugal adira também à OUA e à OEA? :)

Se a presença portuguesa na Comunidade Ibero-Americana de Nações se justifica em termos meramente geográficos, e não num propósito político de identidade cultural e histórica alegadamente comum, como explica que outras nações americanas, como os EUA, o Canadá, o Haiti, a própria França com a sua Guiana, etc., não façam parte dela?

Por uma razão muito simples: não são paises nem de língua, nem de fala, nem de influência castelhana... e mantêm dignidade e espinha vertebral ao apresentarem-se como o que são à Comunidade Internacional. Apenas países do 3º Mundo aderem sem critério a organizações quaisquer em busca de lucro ou proveito fácil, como Moçambique à Commonwealth, a Guiné-Bissau à Francofonia, etc. E repare já agora que havendo uma Commonwealth, havendo uma Francofonia, havendo uma Lusofonia, não existe uma Castelhanofonia, ou Hispanofonia... porque será? Porque a hispanofonia é servida ao público mascarada de Iberofonia (ria, ria...), tal como Castela continua servida na travessa chamada Espanha, não lhe parece?

Boa digestão.