segunda-feira, 20 de novembro de 2006

Cuba

À quarta ilha chamou Juana (e não Juanina) o que poderia parecer que estaria a honrar o herdeiro espanhol príncipe Don Juan. Mas porque não estaria Colom a pensar no seu verdadeiro rei e senhor, D. João II? Para eventualmente não suscitar interpretações dúbias, deixou cair este nome e passou a denominar aquela grande ilha por Cuba, terra da sua naturalidade como também deixou oculto na sigla que quase sempre acompanhou os seus textos, etc.
(Brandão Ferreira, «A Questão Cristóvam Colom e a sua Actualidade para Portugal», Revista Militar, Maio 2006).

Além do príncipe das Astúrias se chamar João, o pai de Isabel a Católica era João II, rei de Castela; O pai de Fernando o Católico era João II, rei de Aragão. Deste modo, dificilmente há razão para criar confusão com o homónimo rei de Portugal.
Juana (que em português se pode escrever sem escândalo Joana) era o nome da mãe de Fernando II de Aragão (o Católico) e da filha deste e de Isabel que acabou por ser a sua herdeira.
Chamar Joana à ilha não seria uma homenagem a esta(s)?
Aliás, não se descortina qual seria a diferença entre Juana e Juanina.
Há bastas razões para que a ilha recebesse o nome que recebeu, contudo alegar-se-á que Colombo jogou com todas estas ambiguidades, pois realmente pensava no Príncipe Perfeito, e foi para desfazer estas ambiguidades que chamou à ilha Cuba – um nome único, o da sua terra.
Mas ainda se voltará a este assunto.

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