Para provar este reconhecimento da nacionalidade portuguesa pela Corte castelhana apresenta-se na p. 71 fig. 2.4 um excerto dum documento que parece ser do Livro de Quintanilla (onde estavam registadas as doações de D. Isabel), apud Antonio Rumeu de Armas, p. 29.
Na imagem que consta reproduzida apenas se pode ver o seguinte:
“Item. Di mas a [espaço em branco] portugues este dia treynta doblas castellanas”
A ideia que perpassa é que no espaço em branco deveria constar o nome de Cristóvão Colombo (mas que não está como se pode ver pela imagem), provando-se desse modo a sua nacionalidade.
Não causa qualquer estranheza que logo na p. 72, se cite o mesmo livro de Quintanilla, aí sim com o nome Cristóbal Colomo dizendo apenas que ele era estrangeiro. Passo a citar a transcrição do referido Rumeu de Armas contida no Colombo Revelado na dita página:
“No referido dia, dei a Cristóbal Colomo, extranjero, três mil maravedis”.
De [espaço em branco] português passou a Don Cristoval Colon, que por sua vez passou a ser Cristóbal Colomo estrangeiro e tudo isto para provar que Cristóvão Colombo é Português.
Adenda
(29-11-2006 22:05)
O Mistério Colombo Revelado, p. 70.
Don Cristoval Colon era um nobre em Portugal que se mudou para Castela em finais de 1484, após se ter dado a traição para matar o Rei D. João II, e, segundo este documento da corte da Rainha D. Isabel, Don Cristoval Colon era «Português». Isto não é história fantasiada. O documento que o prova existe e não foi forjado ou interpretado incorretamente (ver Figura 2.4). Esta transcrição do documento foi retirada do livro El Português Colon de Antonio Rumeu de Armas, página 29.
Legenda da Figura 2.4, p. 71.
Figura 2.4: O Colon português. Esta secção do livro de registos de D. Isabel mostra que se referiam a Colon como português. Está escrito com toda a clareza na segunda linha após o espaço em branco, mas não lhe é dado nome. (...)
Das citações de dois sítios diferentes do livro só se pode concluir que Colombo é português.
A conclusão no livro baseia-se no documento cujo fragmento é apresentado (obviamente como prova) e que neste local se reproduz.
Honestamente, o documento em causa em lado algum diz que o espaço em branco é Colombo ou algum dos seus imaginários heterónimos.
9 comentários:
O livro tem por nome "El Portugues Cristobal Colon en Castilla" de Antonio Rumeu de Armas.
O autor não afirma peremptoriamente aqui que Colon era portugues, pelo contrario, deixa aos "leitores" como vocé umas perguntas.
Mas vocé deve ser algo alucinado e zarolho não?
O que faz disto que vem da pagina 72 do livro de MR:
"Se ele fosse um marinheiro italiano, porque não escrever o seu nome?"
"Primeira, a rainha tinha capacidade de descobrir que Colon não era Portugues, mas tambem, estranhamente, não tinha a capacidade de descobrir a verdadeira nacionalidade de Colon, tendo assim de se referir a ele como "estrangeiro"".
"Segunda, ela decidiu ser melhor nunca o rotular com a sua verdadeira nacionalidade portuguesa, mas ao mesmo tempo, não lhe atribuiu uma nacionalidade falsa. Dai que, em Castela, chamavam-lhe simplesmente "estrangeiro", e não italiano, grego ou francês"
Estaria a falar de Casanova ou Cervantes é isso?!
Vocé tem uma boa memoria selectiva, bravo....
Não é de admirar para quem fez o artigo as interpretações do POR e PRO.
"Na imagem que consta reproduzida apenas se pode ver o seguinte:"
Querias que ele fizesse um scan do livro todo não?
Senhores Criticos,
Se prestaram atenção viram que não é um facsimile do livro de Quintanilla mas do livro de Pedro Toledo leiam o livro melhor que poderá vir a entender-lo pois está escrito em português perfeito.
Quintanilla confirmou o nome desse português de Pedro de Toledo.
Os autores nunca disseram que Cristóvão Colombo foi Português mas sim Cristovão Colon. E sim o nome do Português naquele documento era Cristobal Colon nome que se usa para referir ao mais famoso dos navegadores e não ao mais famoso cardedor de lãs da Génova.
Caros Interessados,
É óbvio que este tópico foi aberto especificamente para criticar, e ainda não de forma honesta mas de de forma negativa, a obra "O Mistério Colombo Revelado". Sem esta nossa obra estas entradas nunca teriam sido feitas por estes interessados. Estamos honrados por a nossa obra ter o mérito de mercer tanto esforço somente para a criticar. Por isso fazemos aqui os seguintes pontos:
1 - A CRITICA: Os interessados não são nem historiadores nem académicos nem sequer conhecidos como qualificados para criticar livros. Se fossem tais davam a cara e não se escondiam por detras de monogramas e iniciais "a la" Colon.
Por isso ás suas opiniões não se devem dar mais peso do que opiniões de uns interessados na critica negativa e que por isso não escreveram aqui nem esperamos que vão escrever nada mais que entradas de critica negativa. Não basta somente ler Luis de Albuquerque para se tornarem capazes de criticar livros de Colon. E não basta lerem somente o nosso livro. Para poderem criticar o nosso livro devem de ler não só "O Mistério Colombo Revelado" mas ainda todos aqueles 1000+ livros que lemos em 15 anos.
2- A NACIONALIDADE: A nacionalidade de Cristoval Colon nunca foi provada de forma difinitiva e somente a partir de finais do século XIX, e do centenário de 1892, foi votado pela maioria dos historiadores "como natural de Génova" mas não foi feito natural de lá por provas concretas foi somente por não haver outra opção de provar a nacionalidade na altura. Hoje temos outras opções de chegar á verdade e é isso que estamos tentando fazer.
3 - O NOME: O nome do descubridor nunca foi Cristóvão Colombo nem nos seus documentos, nem nas cartas do Papa, nem na história de seu filho, nem na carta de D. João II, nem nos documentos da corte de Castela, nem nos nomes dos seus descendentes até hoje. Foi sempre conhecido por COLON nos documentos officias que são aqueles documentos a que se deve dar mais peso: os documentos do governo. Sim houve um erro em escrever o seu nome no primeiro de todos os documentos sobre o navegador esse emitido pela corte de Castela em Janeiro 1486 que referenciava á sua clara nacionalidade "Portuguesa". O cortesão Quintanilla escreveu o nome como "Cristobal Colomo" em vez de Cristobal Colon. Está tudo explicado no livro de Rumeu de Armas e por os interessados nestas criticas não conhecerem quem é Rumeu de Armas e as suas obras já mostram a sua clara ignorância do assunto a que se metem a criticar.
Este é o primeiro documento em que se encontra o nome do descubridor mas foi logo corrigido pela corte.
NOTEM que este foi um claro erro porque foi corrigido a seguir.
E foi corrigido para qual nome?
Cristobal Colombo?
Não foi corrigido para o seu verdadeiro nome e correctamente para Cristobal Colon.
3 - PONTO DE VISTA: Criticar é uma forma muito antiga de agir quando não se tem nada de provas. Jesus Cristo foi criticado pelos sábios do Templo por saber mais do que eles e por isso eles não tinham outra forma de o derrubar porque não sabiam bastante para o ultrapassar. Embora eu não esteja de acordo com o ponto de vista destes interessados não se deve insultar-los nem meter neste Blog palavrões. Pois têm direito ao seu ponto de vista.
4 - O MISTÈRIO: Para quem ler o livro "O Mistério Colombo Revelado" entenderá que nós tentámos responder quando possivel a todos os problemas e damos as melhores respostas para todos os problemas conhecidos da vida do navegador. Respostas essas que ao contrário dos autores deste tópico não são somente opiniões contrárias e cujas respostas estes senhores não conseguem negar nem contrariar. Tentam em vez disso baralhar pequenos pontos cá e lá para negar que o livro tem mérito mas simplesmente conseguem confirmar a razão da nossa obra que confirma que a história ainda não foi resolvida.
6 - A SITUAÇÂO: Os autores deste eBlog quando dizem no Nº 6 no titulo "Ponto da Situação" que "...... pois o assunto está resolvido há muito tempo" mostram a sua verdadeira ignorância do assunto de Cristoval Colon que se meteram a criticar.
Pois o assunto de Cristoval Colon nunca foi resolvido até hoje como mostrámos e não vai ser resolvido neste Blog que claramente aceita estar o assunto já resolvido o que é contrário a realidade do assunto e não trazem nada de novo aqui.
- Manuel Rosa
Vou-me pemitir um desabafo: se o sr. Manuel Rosa se afirma tão patriota, e querer "devolver" a nacionalidade portuguesa a Colombo, se ele realmente crê e acredita sinceramente
que Colombo nasceu português, porque carga de água é que nos quer obrigar a ler um livro pubicado em língua portuguesa em que chama todo o tempo ao homem Cristoval, Colón, e outras designações traduzidas para castelhano do nome dele, sempre grafado na nossa língua como Colom e como Colombo? Além disso o sr. Manuel Rosa vê Colombo como uma honra "ibérica", ora ibérico é algo que não existe cultural ou historicamente como se sabe, mero pleonasmo politicamente correcto para o imperialismo castelhano se auto-denominar. Que lucraria Portugal com um Cristóbal ou Cristóval ou Cristoval COLÓN ibérico, ou seja, acastelhanado? Não seria melhor ter antes escrito e divulgado em obra de massa para os EUA a verdade histórica sobre Colombo, que tanto honra Portugal, de per si, onde quer que ele tenha nascido, e que naquele país não se conhece nem com isenção nem com verdade na sua fundamental raiz portuguesa?
A palavra "colon" é tanto portuguesa como a palvara "colom" é portuguesa. Ou seja nem uma nem a outra são palavras da nossa lingua.
"A palavra "colon" é tanto portuguesa como a palvara "colom" é portuguesa. Ou seja nem uma nem a outra são palavras da nossa lingua"
Colom pode ser aceite secundariamente, conforme já antes dito, como lusitanização da época da abreviatura de Colombo, visto que parece ter sido usada no tempo, assim, por alguns, poucos, autores. Decerto a forma correcta na nossa Língua é Colombo. Jamais Colón ou Colon ou Kolon. A qual subjaz imediatamente um castelhanismo, ou até uma falsa nacionalidade para Colombo, dependendo da cultura do leitor.
Cps
P.R.
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