Seguimos uma sugestão do virtual sr. "A. de Carvalho", que muito agradecemos, alvitre hoje publicado (3) dirigindo-se a quantos não se deixaram convencer pelas teorias pseudo-históricas tendentes à desitalianização de Colombo: "...podem escolher uma pena alternativa: ajoelhar perante a estátua de Cristóvão Colon, em Cuba e fazer penitência. A foto desse momento será depois publicada onde todos a possam ver..." (sic).
Por nós, será de aguardar que a Câmara da Cuba mande construir uma passadeira marmoreada ao redor da estátua colon'ial que colocou em praça, a fim de os penitentes ali idos de todo o mundo melhor poderem massacrar os joelhos, como as mentes, ajoelhados por sobre o labiríntico solo vermelho daquela boa terra alentejana.
Até lá, na imagem, podemos ir admirando ao portuguesíssimo folião "Salvador Cristóbal Fernández Enríquez de Colos Nasao Zarco Paja y Columna" (Olé!), descido do seu pedestal público colocado junto ao edifício do ajuntamento da Cuba del Allatajo. Encontra-se o alegado portador do Espírito Santo aos seus bem-amados ameríndios de Cipango aqui representado já despido da sua máscara de "Cólon", ajoelhado e pedindo perdão aos Portugueses por os ter entrudado.
A explicação oferecida para a inocente mistificação teria sido o medo de seu pai ao rolo da massa da sua "madrasta" Condestavelessa (2), a sereníssima Infanta D. Brites, senhora da Bacalhoa. Por esse facto teria o bastardo real e seus dois irmãos inteiros sido feitos passar por filhos do pai adoptivo de seu pai, e tio de seu pai e madrasta, o Infante D. Henrique, porém como o cronista Zurara preferiu afirmar-nos que morreu virgem e em limpa castidade este suposto avô ou pai biológico putativo, veio a descobrir-se a marosca, e daí ter fugido o desorientado fruto dos amores proibidos para Castela.
Quanto aos "poderes" e "máscaras" de Cristofero Colombo, entre nós Cristofo Colombo>Cristophom Colom>Cristóvão Colombo, depois redenominado em Castela como Cristóval Colombo>Cristóbal Colomo>Cristóbal Colón (1), preferimos não nos pronunciar por já ter passado o tempo de Carnaval. Mas sugerimos daqui aos autores das novelas portuguesas que com tanto sucesso passam actualmente no pequeno ecrã que não deixem de aproveitar este riquíssimo enredo para uma futura produção.
Por nós, será de aguardar que a Câmara da Cuba mande construir uma passadeira marmoreada ao redor da estátua colon'ial que colocou em praça, a fim de os penitentes ali idos de todo o mundo melhor poderem massacrar os joelhos, como as mentes, ajoelhados por sobre o labiríntico solo vermelho daquela boa terra alentejana.
Até lá, na imagem, podemos ir admirando ao portuguesíssimo folião "Salvador Cristóbal Fernández Enríquez de Colos Nasao Zarco Paja y Columna" (Olé!), descido do seu pedestal público colocado junto ao edifício do ajuntamento da Cuba del Allatajo. Encontra-se o alegado portador do Espírito Santo aos seus bem-amados ameríndios de Cipango aqui representado já despido da sua máscara de "Cólon", ajoelhado e pedindo perdão aos Portugueses por os ter entrudado.
A explicação oferecida para a inocente mistificação teria sido o medo de seu pai ao rolo da massa da sua "madrasta" Condestavelessa (2), a sereníssima Infanta D. Brites, senhora da Bacalhoa. Por esse facto teria o bastardo real e seus dois irmãos inteiros sido feitos passar por filhos do pai adoptivo de seu pai, e tio de seu pai e madrasta, o Infante D. Henrique, porém como o cronista Zurara preferiu afirmar-nos que morreu virgem e em limpa castidade este suposto avô ou pai biológico putativo, veio a descobrir-se a marosca, e daí ter fugido o desorientado fruto dos amores proibidos para Castela.
Quanto aos "poderes" e "máscaras" de Cristofero Colombo, entre nós Cristofo Colombo>Cristophom Colom>Cristóvão Colombo, depois redenominado em Castela como Cristóval Colombo>Cristóbal Colomo>Cristóbal Colón (1), preferimos não nos pronunciar por já ter passado o tempo de Carnaval. Mas sugerimos daqui aos autores das novelas portuguesas que com tanto sucesso passam actualmente no pequeno ecrã que não deixem de aproveitar este riquíssimo enredo para uma futura produção.
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1) Salientemos já agora que este, antes de passar a assinar-se "El Almirante", preferiu sempre a expressão latina mais próxima do seu nome em língua materna, rubricando-se simplesmente Cristoferens por Cristofero, Cristóvão em italiano.
2) Cf. Joaquim Rasteiro em linha sobre a história da Quinta da Bacalhoa, antes denominada Quinta da Condestavelessa: "...No tempo de D. João I o seu monteiro-mor, João Vicente, tinha emprazado em três pessoas a «Quinta de Azeitão em Ribatejo». Uma parte da propriedade era foreira à Coroa e a restante a Diogo Fêo. Em virtude de João Vicente estar velho, cego e pobre, o rei comprou o domínio directo da quinta a Diogo Fêo e permitiu que se emprazasse, em 1427, a seu filho D. João, mestre da Ordem de Sant'Iago e Condestável do Reino, a quem, mais tarde, seu irmão, o rei D. Duarte, (dela) fez doação. Por sua morte, em 1442, sucedeu-lhe na posse sua filha (a infanta) D. Brites, que veio a casar em 1447 com (seu primo) o infante D. Fernando, irmão de D. Afonso V. A quinta, lembrança da nova possuidora - que a usufruiu 64 anos, desde 1442 até à sua morte, em 1506 - tornou-se conhecida por «Quinta da Condestablessa» e passou a dispôr, desde essa data, de uma edificação notável, que, segundo se crê, constava de uma cerca torreada e de um revestimento de azulejo do modelo levantino, de que existem ainda numa das dependências da edificação alguns exemplares, pertencentes aos tipos rajolas que se fabricaram em Valência na segunda metade do século XV. Deve recordar-se ainda que «D. Brites por si (própria), pela casa de seu pai, pelos bens do seu marido, pela generosidade do seu cunhado D. Afonso V e de seu genro D. João II, viveu com um fausto e uma grandeza só excedidas pelas prodigalidades do próprio marido cujos hábitos imitou». O filho de ambos, D. Manuel, depois rei, mostrou bem que a «semente frutificara e encheu o reino com as maravilhas da arte e os esplendores das indústrias decorativas». Este monarca não esqueceu também a Quinta de Azeitão, propriedade de sua mãe, conferindo-lhe, em 20 de Julho de 1490, uma carta de privilégios que compreendia os caseiros, lavradores, arrendadores dos bens, lagareiro, mordomo e escrivão que estivessem na quinta, a qual dirigiu aos juizes e justiças da comarca de Azeitão e ao ouvidor..." (apud http://www.azeitao.net/quintas/bacalhoa.htm).
2 comentários:
A mesma mão amiga que já nos remetera esta manhã o engraçado comentário genuflexório enviou-nos a seguinte crítica do sr. "A. de Carvalho" ao nosso post:
"...está confirmado. É mesmo nervoso, mas não tão miudinho como inicialmente julguei.
Afinal trata-se, tão só, de tomar conhecimento de anunciadas provas sobre as origens do Descobridor das Américas.
Qualquer português decente, o mínimo que deve fazer é ouvir e depois analisar por si, e/ou esperar pela reacção da "comunidade científica".
Mas não! Antes mesmo de saberem o que é, vá de berraria.
Mal publiquei o meu comentário anterior, e já os escribas profissionais do pseudo blog da história colombina têm um artigo dedicado ao mesmo.
Afinal, querem que seja aprofundada a questão ou NÃO aceitam, de maneira nenhuma, que possa ser português?
Se não lhes desse, ainda (só por uns dias), o benefício da dúvida, diria que, para os que berram, CC será sempre estrangeiro, qualquer que tenha sido a sua nacionalidade.
Cumprimentos
A. de Carvalho".
"Indecentemente", mantendo como sempre a nossa voz baixa, mas audível e pausada, vemo-nos assim obrigados a sossegar quantos ainda possam ter dúvidas: é verdade que NÃO aceitamos qualquer hipótese de Colombo não ter sido natural italiano, dos Estados de Génova, por esse facto estar amplamente e indiscutivelmente documentado em Portugal, Castela e Itália.
Nada temos contra a corrente revisionista (1) da História, desde que sensata e com os pés no chão, e até a achamos muito necessária a fim de se desmontarem todos os resquícios de História Oficial que nela ainda constam largamente em todos os países do Mundo, começando pelos manuais em uso nos EUA. Mas não aceitamos como útil a corrente revisionista de tendência nacionalista que alguns praticam em Espanha de há uns anos para cá, quanto a Colombo, e menos aceitaremos jamais a pseudo-história colombina por parte de quem ignora as numerosas evidências factuais da italianidade do personagem, mistificando-as deliberadamente para fins não ligados necessariamente ao amor da História e da Verdade.
Quanto a aprofundar a questão de Colombo, é algo que só se pode fazer simplificando, e não complicando inutilmente. É um objectivo legítimo, embora decerto menos importante que o da divulgção da verdade revista e já conhecida ao grande público: nomeadamente a exacta noção do valor real de Colombo no seu tempo, valor limitado portanto, expurgado de toda a mitificação, logo seguida de mistificação, que sobre este "herói" têm querido fazer pesar desde o sc. XIX as histórias nacionalistas, primeiro, e as pseudo-histórias de amadores, depois.
Decerto que o Colombo real, o homem verdadeiro visto à luz do seu próprio tempo, e não do tempo posterior, perde quase todo o seu valor comercial que reside apenas no mito que da sua imagem retocada quiseram fazer para fins políticos, comerciais e outros, que não históricos puros em si mesmos.
Quanto a "provas", há mais de dois anos que as vemos chegar quase diariamente, com efeito contraproducente aliás, cada qual mais disparatada ou desenquadrada ou reveladora de ignorância ou falácia ou sofisma que as anteriores. Não temos curiosidade, e estamos habituados à propaganda de marketing da pseudo-história, que não podendo convencer, procura vender.
Na ignorância das datas das divulgações de factos novos (?, ou ideias novas?) e dizem-nos que "bombásticos" que nos pareceu aqui estarem a ser referidos em pré-lançamento, desejamos a melhor sorte para o(s) seu(s) autor(es).
Português Decente
1) http://en.wikipedia.org/wiki/Historical_revisionism
É com o maior prazer, e infinito alívio, que vimos aqui parabenizar a oposição colombina. Custou, mas foi. Finalmente reconheceram que andam a perder tempo, e a fazer perder tempo, pela mais óbvia e fundamental das razões. Entenderam que a maioria estuda Colombo, sim, mas não por ter dúvida sobre a sua naturalidade italiana. Outros, estudam-no apenas para baralhar o que é límpido, lógico, documentado e claro quanto a essa naturalidade. E pode-se portanto passar às teorias sobre a naturalidade intra-italiana de Colombo, complexos sociais demonstrados pela sua família, enfim, etc., o que realmente seria curioso (não mais do que curioso...) saber-se:
"Caros confrades,
tal como já foi amplamente demonstrado neste forum, Colombo sempre foi conhecido como tal em Castela (dixit confrade Coelho)
Os outros é que não querem ver.
Haverá uns que não querem e outros que não conseguem? Ou conseguem mas fingem que não?
Se Colombo sempre foi conhecido como tal em Castela, o que é que andamos todos aqui a fazer.
Sugiro que vamos a correr ao notário, mandar lavrar uma acta onde nomeamos o confrade Coelho para ir para "Castela" à procura desse Colombo.
Com essa acta fica imediatamente provado que nós, os portugueses, reconhecemos que era mesmo Colombo.
cumprimentos
A. de Carvalho"
1) Cf. http://genealogia.netopia.pt/forum/msg.php?id=145097#lista
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