CARTAS DE AMOR RIDÍCULAS
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Ainda e sempre Eugénio Lisboa.Um dos sonetos que nos confiou. Alguns
escritores, preocupados com serem muitíssimo escritores, sujeitam-se a
enormes cuidado...
Há 14 horas
4 comentários:
Com menção à indignação que lhe causam os sofismas continuados a que este post nos liga, provando assim a sua persistência deliberada entre alguns "colon'iais" mais renitentes, recebemos da açoreana sra. D. Natália Correia , canalizada por uma nossa gentil leitora, e com pedido de publicação,o seguinte soneto actualizado:
SONETO DOS ROSAS
Creio nos Clones que andam pelo mundo.
Creio no "Pombo" como ele era dantes!
Não creio em plebeus vulgares, com Génova ao fundo...
Creio nas lendas, nas fadas, nos atlantes...
Creio num sofisma que falta, mais fecundo,
De redescobrir Américas bem sonantes...
Creio que todo o certo vai ao fundo.
Creio num "Cólon" futuro, que houvesse dantes.
Não creio nos escritos de quem foi tão puro,
Creio sim no mistério do que foi tão duro,
Creio no Membro que mistifica o Além...
Creio no incrível, nas coisas assombrosas,
Na ocupação do Mundo pelos rosas!...
Creio que "Cólon" tem asas de oiro. Ámen.
Natália Correia (adaptação livre de)
A redacção do Pseudo-História Colombina tem estado submergida, nos últimos minutos, de pedidos de múltiplos leitores, solicitando-nos a publicação do soneto original da grande poetisa açoreana que tão bem soube glosar os absurdos do seu tempo, antes de adaptado pela gentil leitora que no-lo enviou, o que com muito gosto satisfazemos. Pedimos desde já desculpa aos nossos amáveis leitores por termos confundido o nome da nossa correspondente com o da vate micaelense. Eis o magnífico original, daonde descobrimos que a nossa anónima leitora produziu a sua versão livre:
SONETO DAS ROSAS
Creio nos anjos que andam pelo mundo.
Creio na deusa com olhos de diamantes!
Creio em amores lunares, com piano ao fundo...
Creio nas lendas, nas fadas, nos atlantes...
Creio num engenho que falta, mais fecundo,
De harmonizar as partes dissonantes.
Creio que tudo é eterno num segundo.
Creio num céu futuro que houve dantes.
Creio nos deuses de um astral mais puro,
Na flor humilde que se encosta ao muro,
Creio na carne que enfeitiça o além...
Creio no incrível, nas coisas assombrosas,
Na ocupação do mundo pelas rosas!...
Creio que o amor tem asas de ouro. Ámen.
NATÁLIA CORREIA, apud Sonetos Românticos (1990).
Errata:
Ao transcrevermos o poema da nossa leitora micaelense, por lapso, aonde escrevemos ocupação do Mundo pelos rosas, leia-se "colon'ização" do Mundo pelos rosas.
Pelo facto, apresentamos as nossas mais sinceras desculpas à ilha de São Miguel e aos nossos leitores.
A pedido de alguns leitores que não conseguiram abrir a página no verdadeiro blogue Colon-el-Nuevo a que este post remete, transcrevemos aqui o texto integral a que diz respeito:
"A PROVA FINAL – 2 EM 1
O pseudo blog da história colombina apresentou uma prova final que vem revolucionar toda a história da humanidade.
Enquanto alguns membros da comunidade científica (tantas vezes invocada para justificar a manutenção do status quo sobre “Colombo genovês”), juntamente com participantes convidados reunidos na Sociedade de Geografia de Lisboa, ouviam exposições e debatiam as questões da “Relevância ou não relevância da nacionalidade de Colombo” e “A portugalidade de Cristóvão Colon”, os fautores do pseudo blog, optavam por não se expôr e ficaram a trabalhar afanosamente na sombra, de forma a poderem apresentar aos seus leitores e ao mundo a prova final que abarca, qual 2 em 1, os dois maiores mistérios da história da humanidade.
Inspirados pela nóvel tese que agora defendem, depois de caído em desgraça o Colombo tecelão genovês, por manifesta insustentabilidade, os autores do pseudo blog esmeraram-se na procura, dentro dos baús das frustações, de provas concretas sobre a origem do Colombo hebreu, o tal “não necessariamente tecelão”.
Esta tese do Colombo “não necessariamente tecelão” foi, como se esperava, iniciada por um genovês de nome Vittorio Giunciuglio, simples operário reformado que escolheu a história como hobby. Claramente um distintíssimo membro da comunidade científica tantas vezes invocada como júri da verdade.
É esta tese perfilhada pelo pseudo blog que sustenta ter sido Colombo um enviado do Papa Inocêncio VIII, qual último templário. Este Papa Inocêncio era da família Cybo. Daí, muito obviamente, o nome dado à ilha de Cuba, concluiu aquela tese. Cuba porque o Papa era Cybo, e Cybo salta à vista que é o mesmo que cubo e cubo é, concomitantemente, o masculino de cuba.
Faltava apenas a demonstração que Colombo era hebreu.
Isso conseguiu agora o pseudo blog.
Sob o título “A prova final”, o pseudo blog mostra a evidência:
afinal, a romã, símbolo que, num grupo de três, dispostas em triângulo, um ignorante armado em “investigador” viu poder associar o Almirante Don Cristóbal Colón à vila de Cuba e ao seu Paço do Duque de Beja, está, individualmente, associada ao Colombo hebreu.
Com foto e tudo, o pseudo blog, mostra-nos o menino hebreu, ao colo de sua mãe, segurando na mão a simples romã.
De uma assentada, o pseudo blog resolveu os dois maiores enigmas da história da humanidade. Colombo era aquele menino hebreu.
Aleluia !
Carlos Calado
1 Março 2007
Posted by Amigos da Cuba at 7:05 AM
1 comments:
Anônimo disse...
Caro Carlos Calado
Como sabe estive na SGL. A obrigatoriedade do Colombo genovês ser o Colombo tecelão foi, de imediato, contestada pelo Prof. Contente Domingues!O Colombo genovês pode ser, segundo ele, um Colombo comerciante, um colombo nobre, um...Colombo qualquer genovês. Quanto ás 3 romãs o que de imediato surgiu foi a hipótese de serem símbolos maçónicos. Hebreus, não ouvi, mas também pode ser uma hipótese.
Face ao exposto,peço calma e pouca demagogia.
Melhores cumprimentos
Maria Benedita
Quinta-feira, Março 01, 2007 7:37:00 AM"
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