Registou-se, por ocasião da comemoração do centenário da morte de Cristóvão Colombo (1506-2006), um renovado interesse nesta figura histórica e nas múltiplas e delirantes teorias sobre a sua origem. A teoria geralmente aceite sobre Cristóvão Colombo aponta para o seu nascimento em Génova, por volta de 1451, de uma plebeia família de tecelões. Por seu lado, as fantasiosas teorias do "Colombo português" foram recentemente "reforçadas" com pelo menos mais dois livros. Os defensores do "Colombo português" acham que todo o percurso do almirante demonstra que ele seria necessariamente de origem nobre e muito provavelmente de sangue real.
(Mercador da Idade Moderna por Hans Holbein)
Quanto à origem genovesa, os testemunhos coevos existentes (documentos oficiais, cartas e crónicas) e os próprios testemunhos do filho Fernando (1539; 1571) demonstram-na amplamente. A discussão desse ponto é estéril, excepto se aparecerem fortíssimas provas noutro sentido.
Se os documentos notariais genoveses que identificam o Cristoforo Colombo, filho de Domenico Colombo, com o almirante são autênticos, então não há a mínima dúvida que ele era de família de laneiros e tecelões, pois é essa actividade que esses documentos amplamente documentam. Seria portanto de uma família plebeia, mas o grande número de documentos relativos a essa família (cerca de 100) mostra que era gente activa e empreendedora, muito provavelmente gente da "pequena classe média". Nos notariais genoveses, Domenico aparece como tecedor de panos de lã, laneiro e taberneiro. Entre 1470 e 1473, o filho Cristoforo aparece também como laneiro. A palavra ‘laneiro’ designava um traficante de lã ou mercador, ocupação que, no caso do Cristoforo, Rumeu de Armas enquadra no trânsito mercantil de importação de lã de Lisboa e outras cidades peninsulares para Génova. Rumeu de Armas, estudando as ligações de “Cristobal Colón” a Portugal, mostra como a informação sobre o almirante é totalmente compatível com a informação relativa a Cristoforo Colombo, filho de Domenico, dada nos notariais genoveses (1).
Para os que negam a identificação do Chistoforo Colombo dos notariais genoveses com o Almirante, ou negam a autenticidade dos documentos genoveses que fazem essa identificação, sobram ainda vários testemunhos sobre a ocupação e estatuto social da família do Almirante. São de há muito conhecidos os testemunhos de três cronistas: Gallo (1499), Senarega (1514) e Giustiniani (1516; 1537).
Gallo registou por volta de 1499 nos seus Commentarii que Colombo tinha nascido em Génova de pais laneiros, e que ele e os irmãos eram cardadores. Esses escritos, no entanto, só seriam publicados no século XVIII. O testemunho de Senarega, que praticamente copia Gallo, também só muito mais tarde seria publicado. A primeira publicação do facto deve-se a Agostino Giustiniani, primeiro em 1516, e novamente em 1537. Na segunda publicação, Giustiniani refere não só a origem humilde mas também o meio de vida (tecelagem), citando Gallo como fonte sobre essa informação.
É verdade que, se colocarmos de lado os documentos notariais genoveses, a atestação documental relativa à origem mecânica de Cristóvão Colombo é bastante mais reduzida do que a atestação documental da sua origem genovesa.
No entanto, é também verdade que a origem humilde é assumida pelo próprio Cristóvão Colombo (ele por várias vezes afirma ter sido um "pobre estrangeiro" enobrecido com muitas mercês pelos reis católicos). Por seu lado, o filho Fernando, que procurou parentes ilustres em Itália (e apenas em Itália!), não os encontrou. O mesmo Fernando, comentando Giustiniani, não contesta a origem humilde por este referida, insurgindo-se apenas contra a suposta origem mecânica (artesãos).
No entanto, é uma verdade de Lapalice que "ser de Génova" não implica "ser tecelão". Esta "implicação negada" tem suscitado confusões em mentes menos dadas à lógica. Ora, quem afirma que
"Ser de Génova não implica ser tecelão"
não está automaticamente a excluir
"Ser de Génova e ser tecelão"!
No estado actual dos conhecimentos, o senso comum e o princípio de Occam levam a aceitar que Cristóvão Colombo, não só era de Génova, como seria concretamente de uma família laneira dessa cidade.
A discussão sobre a origem plebeia e mecânica de Cristóvão Colombo foi enriquecida recentemente com a publicação da investigação de Bobadilla (1500), que conduziria à destituição do almirante. No âmbito dessa investigação foram interrogadas 22 testemunhas, a maior parte das quais são bem conhecidos através de outras fontes da época. Segundo três das testemunhas (Juan de Salaya, Rodrigo Pérez e Francisco de Sesé), uma ou duas mulheres (2) foram severamente castigadas por afirmarem que Colombo era "de baxa suerte" e "de linaje de texedores".
De notar que uma das testemunhas (precisamente o lugar-tenente Rodrigo Pérez) afirmou que esse episódio se havia passado 5 anos antes, ou seja por volta de 1495-1496. Mas, por outro lado, Gallo escreveu em 1499, portanto antes de Bobadilla começar as suas investigações. Ou seja, temos a mesma informação a circular, documentadamente e de forma independente, em ambos os lados do Atlântico desde 1495-1499.
-- Coelho
Anexo A - Transcrição dos testemunhos relevantes da investigação de Bobadilla (3)
«II testigo. Francisco de Sesé […] Yten, dize que mando açotar una muger ençima de un asno desnuda en cueros en la Ysabela, y la açotaron porque dixo que estava preñada e no se halló la preñez verdad; e a otra dixo mal del Almirante e de sus hermanos, le cortaron la lengua, e el mal que avía dicho fue que su padre, del Almirante, avía sydo texedor e sus hermanos ofiçiales.» (interrogatório, fl. 13v, p. 186)
«V testigo. Rodrigo Mançorro [...] Yten, dize que en la Ysabela el Adelantado tomó presa por su mano una muger que se dezía Teresa de Vaeça e le mandó dar tormento él y Rodrigo Pérez syn aver testigo ninguno. E que fue porque el Adelantado tenía que fazer con una muger casada, la qual avía tenido que fazer con otro en casa de la dicha Teresa, e dixo que por alcahueta meresçía la dicha Teresa la dicha pena, e le dieron çient azotes e cortaron la lengua a la dicha Teresa porque havía dicho que era preñada e no se falló ser verdad; quando la açotaron, fue a pied desnuda. E que lo sabe porque lo vio e quie pasó todo este ante Rodrigo Pérez, e cree que no uvo proçeso e que, sy lo avía, que el dicho Rodrigo Pérez lo ternía.» (interrogatório, fl. 16, p. 190)
«VIII testigo. Juan de Salaya [...] Yten, dize que el Adelantado, andando de noche azechando por las casas, [e] que oyó dezir a dos mugeres, que la una se dezía Teresa de Baeça e la otra Ynés de Malaver, que el Almirante e el Adelantado heran de baxa suerte e que don Diego, su hermano, aprendyó texedor de seda, e que por ésto les mandó cortar las lenguas e açotallas, e que lo sabe porque lo vió.» (interrogatório, fl. 19/19v, p. 196)
«XVI testigo. Rodrigo Pérez [...] Yten, dize que podía aver çinco años que acaezçió que porque una muger, que se dize Teresa de Baeça, e otra Ynés de Malaver dixeron que el Almirante e sus hermanos heran de linaje de texedores, que Moflín avía enseñado a texer a don Diego, les cortaron las lenguas; e quando lo supo el Almirante escribió una carta al Adelantado, que leyó este testigo, que en una parte della dezía: "Eso que aveys fecho está bien, que quienquiera que dize mal de nos muerte meresçe, e asy es el derecho".» (interrogatório, fl. 23v, p. 203) (4)
Anexo B - Análise recente de Consuelo Varela (5)
«Por força dos rumores, as declarações das nossas testemunhas misturam factos sem se importarem demasiado com os motivos. Por exemplo, Salaya declarou que D. Bartolomeu mandou açoitar Inés de Malaver e cortar a língua a Teresa de Baeza porque as ouvira dizer que os Colombo não só eram de baixa condição, como que D. Diogo tinha sido tecelão antes de chegar a Castela e que, para mais, tinha sido um mouro quem lhe havia ensinado o ofício. Outra versão nos deixou Manzorro, que declarou que D. Bartolomeu tinha mandado cortar a língua a Teresa porque em sua casa uma das amantes do adelantado, que, para cúmulo, era casada, tinha tido relações com outros homens. Dirigia Teresa um prostíbulo? Sabemos agora que o pobre marido se chamava Pedro Daza.
Quanto o almirante soube do castigo recebido pela alcoviteira, escreveu uma carta ao seu irmão, a que uma das testemunhas teve acesso, em que lhe dizia a certa altura: "Eso que aveys fecho está bien, quequiera que dize mal de nos muerte meresçe, e asy es el derecho". D. Cristóvão, para que todos soubessem do seu parecer e para atemorizar quem lançasse esse tipo de boatos que o desacreditavam, não teve dúvidas em mostrar a carta a Rodrigo Pérez. Bem sabia o almirante que Pérez, um intriguista do pior, anunciaria aos quatro ventos o castigo que esperava quem se atrevesse a anunciar notícias contrárias aos Colombo.
Aos Colombo, aquela acusação resultou-lhes particularmente inquietante. Senão vejamos. Em 1516, o cronista genovês Agostino Giustiniani, bispo de Nebbio, publicava o seu Psalterio Poliglota, um livro de salmos escrito em latim, grego, hebreu, árabe e caldeu. Numa glosa a um salmo em que se fazia menção às ilhas do oceano, o bispo escreveu:
"Christophorus Cognomento Columbus, patria Genuensis, vilibus ortus parentibus",
quer dizer,
"Cristóbal, de apelido Colombo[, natural de Génova], nascido de pais de baixa condição".
Alguns anos mais tarde, nas suas Castigatissimi Annali con la lora copiosa tavola della Eccelsa et Illustrissima Repub. di Genova, publicada em Génova em 1537, voltou a copiar aquela mesma frase acrecentando uma nota em que esclarecia que D. Cristóvão tinha nascido
"di parenti plebei, come il pare fussi testore de panni di lana et lui fussi textore di seta".
Os Colombo eram afinal, mais de que "de clase baja", uns plebeus que trabalhavam nas artes manuais: o pai fora tecelão de lã! e o filho, o futuro D. Cristóvão, tinha feito a família subir um degrau, pois tinha chegado a ser, antes de almirante, tecelã de ceda. Um insulto que Fernando Colombo não deixou de assinalar na biografia do seu pai. Indignado com Giustiniani, o filho comentou:
"Aunque los padres del almirante hubiesen sido personas viles, era cosa más honesta que él hablase de su origen com aquellas palavras que otros autores en tal caso usan, diciendo nacido en lugar humilde, o de padres pobres, que poner palavras injuriosas, como el las puso en el dicho Psalterio, repitiéndolas después en su Cronica, llamandole falsamente artesano".
Por precaução, Fernando dedicou-se se seguida a procurar outros erros do cronista genovês. Encontrou doze, a que acrescentou um décimo terceiro para mostrar como o bispo era falsário. Os treze eram, apesar de tudo, de menos importância: pequenas questões que indicavam a pouquíssima informação do bispo acerca do Novo Mundo e das suas circunstâncias. Se o cronista não era de fiar em questões de actualidade, pouco crédito se lhe deveria dar em outras que se referiam ao passado.
Tão falsária se revelou ser a crónica que, de acordo com Fernando, a senhoria de Génova mandou apreender os exemplares e castigar com uma pena pecuniária quem ousasse possuir um nas prateleiras da sua biblioteca. É claro que deve tratar-se de uma invenção do filho, pois não consta que a Crónica tenha sido retirada de circulação. Pela nossa parte temos de acreditar que é no texto da investigação que se encontra a primeira documentação em que se diz que o padre [sic] dos Colombo era tecelão.» (p. 125-127)
«II testigo. Francisco de Sesé […] Yten, dize que mando açotar una muger ençima de un asno desnuda en cueros en la Ysabela, y la açotaron porque dixo que estava preñada e no se halló la preñez verdad; e a otra dixo mal del Almirante e de sus hermanos, le cortaron la lengua, e el mal que avía dicho fue que su padre, del Almirante, avía sydo texedor e sus hermanos ofiçiales.» (interrogatório, fl. 13v, p. 186)
«V testigo. Rodrigo Mançorro [...] Yten, dize que en la Ysabela el Adelantado tomó presa por su mano una muger que se dezía Teresa de Vaeça e le mandó dar tormento él y Rodrigo Pérez syn aver testigo ninguno. E que fue porque el Adelantado tenía que fazer con una muger casada, la qual avía tenido que fazer con otro en casa de la dicha Teresa, e dixo que por alcahueta meresçía la dicha Teresa la dicha pena, e le dieron çient azotes e cortaron la lengua a la dicha Teresa porque havía dicho que era preñada e no se falló ser verdad; quando la açotaron, fue a pied desnuda. E que lo sabe porque lo vio e quie pasó todo este ante Rodrigo Pérez, e cree que no uvo proçeso e que, sy lo avía, que el dicho Rodrigo Pérez lo ternía.» (interrogatório, fl. 16, p. 190)
«VIII testigo. Juan de Salaya [...] Yten, dize que el Adelantado, andando de noche azechando por las casas, [e] que oyó dezir a dos mugeres, que la una se dezía Teresa de Baeça e la otra Ynés de Malaver, que el Almirante e el Adelantado heran de baxa suerte e que don Diego, su hermano, aprendyó texedor de seda, e que por ésto les mandó cortar las lenguas e açotallas, e que lo sabe porque lo vió.» (interrogatório, fl. 19/19v, p. 196)
«XVI testigo. Rodrigo Pérez [...] Yten, dize que podía aver çinco años que acaezçió que porque una muger, que se dize Teresa de Baeça, e otra Ynés de Malaver dixeron que el Almirante e sus hermanos heran de linaje de texedores, que Moflín avía enseñado a texer a don Diego, les cortaron las lenguas; e quando lo supo el Almirante escribió una carta al Adelantado, que leyó este testigo, que en una parte della dezía: "Eso que aveys fecho está bien, que quienquiera que dize mal de nos muerte meresçe, e asy es el derecho".» (interrogatório, fl. 23v, p. 203) (4)
Anexo B - Análise recente de Consuelo Varela (5)
«Por força dos rumores, as declarações das nossas testemunhas misturam factos sem se importarem demasiado com os motivos. Por exemplo, Salaya declarou que D. Bartolomeu mandou açoitar Inés de Malaver e cortar a língua a Teresa de Baeza porque as ouvira dizer que os Colombo não só eram de baixa condição, como que D. Diogo tinha sido tecelão antes de chegar a Castela e que, para mais, tinha sido um mouro quem lhe havia ensinado o ofício. Outra versão nos deixou Manzorro, que declarou que D. Bartolomeu tinha mandado cortar a língua a Teresa porque em sua casa uma das amantes do adelantado, que, para cúmulo, era casada, tinha tido relações com outros homens. Dirigia Teresa um prostíbulo? Sabemos agora que o pobre marido se chamava Pedro Daza.
Quanto o almirante soube do castigo recebido pela alcoviteira, escreveu uma carta ao seu irmão, a que uma das testemunhas teve acesso, em que lhe dizia a certa altura: "Eso que aveys fecho está bien, quequiera que dize mal de nos muerte meresçe, e asy es el derecho". D. Cristóvão, para que todos soubessem do seu parecer e para atemorizar quem lançasse esse tipo de boatos que o desacreditavam, não teve dúvidas em mostrar a carta a Rodrigo Pérez. Bem sabia o almirante que Pérez, um intriguista do pior, anunciaria aos quatro ventos o castigo que esperava quem se atrevesse a anunciar notícias contrárias aos Colombo.
Aos Colombo, aquela acusação resultou-lhes particularmente inquietante. Senão vejamos. Em 1516, o cronista genovês Agostino Giustiniani, bispo de Nebbio, publicava o seu Psalterio Poliglota, um livro de salmos escrito em latim, grego, hebreu, árabe e caldeu. Numa glosa a um salmo em que se fazia menção às ilhas do oceano, o bispo escreveu:
"Christophorus Cognomento Columbus, patria Genuensis, vilibus ortus parentibus",
quer dizer,
"Cristóbal, de apelido Colombo[, natural de Génova], nascido de pais de baixa condição".
Alguns anos mais tarde, nas suas Castigatissimi Annali con la lora copiosa tavola della Eccelsa et Illustrissima Repub. di Genova, publicada em Génova em 1537, voltou a copiar aquela mesma frase acrecentando uma nota em que esclarecia que D. Cristóvão tinha nascido
"di parenti plebei, come il pare fussi testore de panni di lana et lui fussi textore di seta".
Os Colombo eram afinal, mais de que "de clase baja", uns plebeus que trabalhavam nas artes manuais: o pai fora tecelão de lã! e o filho, o futuro D. Cristóvão, tinha feito a família subir um degrau, pois tinha chegado a ser, antes de almirante, tecelã de ceda. Um insulto que Fernando Colombo não deixou de assinalar na biografia do seu pai. Indignado com Giustiniani, o filho comentou:
"Aunque los padres del almirante hubiesen sido personas viles, era cosa más honesta que él hablase de su origen com aquellas palavras que otros autores en tal caso usan, diciendo nacido en lugar humilde, o de padres pobres, que poner palavras injuriosas, como el las puso en el dicho Psalterio, repitiéndolas después en su Cronica, llamandole falsamente artesano".
Por precaução, Fernando dedicou-se se seguida a procurar outros erros do cronista genovês. Encontrou doze, a que acrescentou um décimo terceiro para mostrar como o bispo era falsário. Os treze eram, apesar de tudo, de menos importância: pequenas questões que indicavam a pouquíssima informação do bispo acerca do Novo Mundo e das suas circunstâncias. Se o cronista não era de fiar em questões de actualidade, pouco crédito se lhe deveria dar em outras que se referiam ao passado.
Tão falsária se revelou ser a crónica que, de acordo com Fernando, a senhoria de Génova mandou apreender os exemplares e castigar com uma pena pecuniária quem ousasse possuir um nas prateleiras da sua biblioteca. É claro que deve tratar-se de uma invenção do filho, pois não consta que a Crónica tenha sido retirada de circulação. Pela nossa parte temos de acreditar que é no texto da investigação que se encontra a primeira documentação em que se diz que o padre [sic] dos Colombo era tecelão.» (p. 125-127)
______________________
(1) António Rumeu de Armas, El "Portugues" Cristobal Colon en Castilla, Ediciones Cultura Hispanica, 1982.
(2) Mulheres europeias começaram a chegar à Española logo em 1493:
Até hoje apenas se conheciam os nomes de oito mulheres brancas que ali residia[m] por aquelas datas [1498]. Uma tal María Fernández que foi com Colombo como sua criada, na segunda viagem e talvez continuasse a residir na na ilha. Com elas viajaram María de Granada e duas Catalinas, a Vásquez e a Rodríguez, habitante de Sanlúcar. Na viagem de 1498, a lista de feminina ascende a quatro nomes, a já citada Catalina de Sevilha e três outras, que iam sem direito a soldo: Gracia de Segovia e as duas homicidas Catalina de Egipto e María de Egípto, sem dúvida ciganas. Conhecemos agora a outras duas, Inés de Malaver e Teresa de Baeza, que, segundo Rodrigo Pérez, tinham chegado em 1495. Pouca coisa.
(Consuelo Varela (5), p. 141-152).
(3) Isabel Aguirre, "Segunda Parte", em C. Varela e I. Aguirre, Colombo: a Queda do Mito, Caleidoscópio, Fevereiro de 2007, p. 159-219.
(4) Omitem-se, por serem redundantes, as notas à margem e a versão que consta do resumo do interrogatório. Uma versão mais extensa foi apresentada no forum Genea e consta da compilação em Documentos sobre Cristóvão Colombo.
(5) Consuelo Varela, "Primeira Parte", em Consuelo Varela e Isabel Aguirre, Colombo: a Queda do Mito, Caleidoscópio, Fevereiro de 2007, p. 9-158.
«Coelho»
4 comentários:
No outro dia li numa revista francesa que o pai de Maria de Medeiros (o maestro Vitorino D'Almeida)tera fugido com a filha de Portugal para a Austria na altura do regime de Salazar e que estes só regressaram ao Pais em 1974. Note-se que o artigo é CONTEMPORANEO dos "artistas" sitados...
Digam-nos, por favor, quais são "os testemunhos coevos existentes (documentos oficiais, cartas e crónicas) e os próprios testemunhos do filho Fernando (1539; 1571)" que demonstram amplamente a nacionalidade genovesa de Colom?
Digam-nos alguns (sem mencionar os que ja foram provados serem falsos como: as cartas manipuladas de Las casas, Giustiniani, Montalbodo, Sabelico, etc,etc) e depois passamos a analizalos, se não se importam, ok?
obrigado
A alternativa é escrever a História sem fontes ou, talvez melhor, inventando histórias.
"sem fontes"?? E as provas documentais da nacionalidade portuguesa do navegador (vol.I&II)? E as provas da falsidade da tese genovesa? Ja as leu? Aposto que não... Eu ja, assim como de certez quase todos os intervenientes neste blog.
E por estas e por outras que os "genovistas" fogem ao debate! Nao ha debate! só insultos! Porquê? porque nao querem dar a conhecer ao mundo que nao sabem NADA na materia!!
Não há pachorra!
Atendendo ao espírito da época,
Boas Festas
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