terça-feira, 1 de maio de 2007

A Mulher de Colombo - Nicolau Florentino


FLORENTINO, Nicolau; A Mulher de Colombo, Lisboa, Pap. e Tipografia Guedes, 1892, pp. 5-10.



Texto Integral




REFLEXÕES PRELIMINARES


Há mais de um ano que procuramos definir a verdadeira posição de Cristóvão Colombo no meio do movimento marítimo do século XV e as suas relações com Portugal, onde casou e abriu caminho para as glórias, que o esperavam no Novo Mundo.
Este tema, hoje palpitante do maior interesse e oportunidade, seduziu-nos mais pelo desejo de formar um juízo seguro acerca dos debates sobre ele levantados, do que pela mira pretensiosa de vir um dia a decidir de qual dos lados contendores está a razão e a verdade.
Ainda, quando o fruto das nossas pesquisas e reflexões chegasse a ser tão completo, que justificasse uma tal presunção, faltava o convencer-nos de que ele lograria melhor sorte, que os estudos até hoje elaborados por penas de autoridade muito superior.
Alguns desses estudos, apreciáveis por sua larga crítica e investigação, embora não determinem o perfil rigoroso de Colombo, levam-nos, todavia, desde já a conclusões importantes, constituindo o alicerce indispensável a um futuro edifício, o norte consciencioso duma nova ordem de trabalhos interessantes e proveitosos.
Mas o que lhes aconteceu? O mesmo que a todas as tentativas de rectificação de um ponto ou determinando vulto da história de qualquer país; o mesmo que acontecerá, quando a investigação der por concluída a tarefa encetada acerca do famigerado genovês, rematando os seus esforços de hoje com as triunfais descobertas de amanhã, sem todavia lhe regatear o que tem de justo a sua fama de cosmógrafo e de navegador.
Na presente época, o verdadeiro historiador trabalha pela simples questão de consciência pessoal e de gosto artístico. Quer dizer, trabalha como toda a gente, cujos horizontes de actividade e de vistas morais não vão além das paredes de uma oficina, onde recebe a salário e passa umas horas de distracção íntima, ou de um gabinete de curioso, onde cria um mundo seu, povoado de alegrias e de visões de glória.
Mais nada. O alcance cívico da sua obra, a propriedade fecundante do seu espírito dizimado às parcelas, a justa avaliação da sua luta intelectual, em que para produzir duas linhas de verdade tem de folhear muitas vezes dezenas de páginas de mentira, revolver e joeirar contos e contos da tradicional lareira, tudo isso, que lhe constituiria a ambicionada palma da sua missão humanitária, é coisa vã que apenas se encontra em fórmulas amáveis e nas exterioridades convenientes, sob que a sociedade disfarça a sua indiferença por quem trabalha e a sua triste noção do bem e da justiça.
Para que o historiador se enganasse era necessário desconhecer o meio, em que vive e trabalha. E o conhecimento deste é-lhe tão indispensável, como o daquele que vai fazer reviver, se preferir pôr-se em contacto directo com o espírito popular a ocupar somente um lugar de honra nas bibliotecas dos sábios.
Assim, o trabalho de coleccionação e assimilação tão reconhecidamente improbo e difícil torna-se às vezes pouco diante da forma de apresentação, querendo-se conciliar a verdade com o sabor literário e as ideias da época.
Daqui a diferença na esfera de acção entre a obra do que se internou nos claustros e arquivos para viver na mais estreita identificação com o passado, ressurgido por ele numa admirável fidelidade de forma e palpitação de vida, e a do que não saiu do seu tempo para burilá-lo segundo o gosto, as crenças, e até o idealismo do meio social que o há-de ler.
O que escreveu, isolado do mundo, entre trincheiras de cantaria tumular, fez uma reprodução artística que poucos estão no caso de admirar e muitos menos ainda no de compreender; o que esboçou tão-somente a história sem perder de vista o revolutear caprichoso da sua época conseguiu sem dúvida alguma uma área de simpatias e de influência educativa incomparavelmente superior.
Porque o facto é este. Nenhuma, ou poucas fases moralmente doentias têm atravessado a nossa sociedade, como a dos últimos anos, devido ao excesso de desenvolvimento do sistema nervoso sobre o muscular. Até na morte voluntária se procura com aplauso geral o romance que não encontrámos na dura positividade da vida, senão filtrado através das páginas fantasiosas, que se converteram num artigo indispensável de passadio moral.
Nestas condições, a que resultado pode visar um trabalho de rectificação histórica, esfriado por documentos, traçado a esquadro, imposto com a voz austera e catedrática, que resulta da convicção da verdade e da indignação pela mentira?
Quando o espírito popular, pela sua morbidez crescente, se torna cada vez mais sequioso e insaciável de lendas e ficções, quem ousará com esperanças de vitória destruir-lhe, ainda por cima, parte do seu minguado repasto?
Aquele, que o pretenda, tem de contar ao certo com duas coisas: a suspeita ofensiva das intenções que o animaram e a necessidade de corroborar oficialmente até a mínima circunstância destrutiva da lenda, que se abraçou e parafraseou sem uma prova, um documento, um testemunho, sequer!
E, quando o consiga, a sociedade responder-lhe-á: «muito bem, parece que não mentiste; mas guarda para ti a verdade que ninguém te pediu, que eu prefiro a falsa tradição, que me legaram os bons velhos.»
Com efeito, temos visto quase sempre a lenda substituída pela lenda, no domínio da tradição registada nos escritos antigos e modernos: mas raras vezes a lenda substituída pela história, e nunca esta com a voga corrente e entusiástica da primeira.
Há páginas de conscienciosa reivindicação e de justiça póstuma, mas que representam apenas uma declaração de voto, com mero valor pessoal, cativo à cotação discricionária do optimismo ou do pessimismo.
As próprias correcções de efemérides, que pela mudança de um algarismo não alterariam a essência do facto, como acontece em diversos casos, raríssimas vezes têm conseguido vingar contra a intransigência apaixonada, com que se abraça por completo a transmissão oral ou escrita dos velhos fazedores de historietas.


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Ao trabalho que temos entre mãos não agouramos melhor sorte do que a dos publicados até hoje sobre o mesmo assunto. Por enquanto, pouco mais nos termos adiantado a eles, a não ser na confirmação de alguns pontos e nas demarcações dos nossos mares e colónias com os de Castela, no tempo de Cristóvão Colombo e no de seu filho D. Diogo.
Sacrificamos, porém, a ocasião momentosa, que se nos oferecia agora para publicar essas notas, a obrigação de não terminá-las precipitadamente, e vamos apenas destacar a parte, que se refere aos Monizes e Perestrelos, de cuja aliança proveio D. Filipa Moniz de Melo, mulher do ilustre navegador.
Anima-nos a isso um sentimento patriótico e o aproveitar o ensejo de nos associarmos às alegrias do povo espanhol de ambos os hemisférios, ao qual nos prendem, como irmãos, tantos laços étnicos e consanguíneos.
Se não podemos orgulhar-nos, como a Espanha, de nos haver associado a Cristóvão Colombo na sua cruzada ao novo mundo; Portugal, embora lhe ponham ainda dúvidas no seu glorioso desbravamento de todos os caminhos marítimos, acha-se intimamente ligado no melhor do seu sangue ao homem que vai ter, ao cabo de quatro séculos de largo registo histórico, a mais ruidosa e estimulante apoteose dos tempos modernos.
A festa em honra de Colombo, marido de D. Filipa Moniz de Melo, além de revestir um carácter verdadeiramente universal, deve também causar aos portugueses o santo e íntimo regozijo de uma festa de família.
Lisboa, Julho de 1892.


N. Florentino

sexta-feira, 27 de abril de 2007

Cristóvão Colombo – Frei Bartolomé de las Casas (8)

Las Casas, Frei Bartolomé de. Historia de las Indias escrita por fray Bartolomé de las Casas obispo de Chiapa ahora por primera vez dada a luz por el marques de la Fuensanta del Valle y d. José Sancho Rayon, Tomo I, Madrid, Imprenta de Miguel Ginesta, 1875. (Tomo I, Capítulo XXXVI, página 266 a 271).




CAPITULO XXXVI.


Fué avisado Cristobal Colon que andaban ciertos navios del rey de Portugal por prenderle.- Dióse priesa para salir del puerto de la Gomera; salió jueves á seis dias de Setiembre del dicho año. - Va contando las leguas que cada dia con su noche, conforme á las dos cuentas dichas, andaba, etc.


En estos dias fué avisado Cristobal Colon como andaban por aquellas islas tres carabelas armadas del rey de Portugal para lo prender, porque como supo el Rey que se habia concertado con los reyes de Castilla, pesóle mucho en el ánima, y comenzó á ver y á temer la suerte que le habia quitado Dios de las manos, por lo cual debió mandar en la isla de la Madera, y de Puerto Sancto, y de los Azores, y en las partes y puertos donde tenia gente portoguesa, que á la ida ó á la venida lo prendiesen, segun despues pareció por la burla que le hicieron a la vuelta en las islas de los Azores, pero desta vez no lo toparon las dichas tres carabelas. Tomada pues agua y leña y carnaje, y todo refresco y lo demas que vido serle para su viaje necesario, en la Gomera, mandó dar las velas á sus tres navíos, jueves, á 6 de Setiembre, y salió del puerto de la Gomera luego por la mañana. El sábado, á tres horas de la, noche, comenzó á ventar el viento Nordeste manso, y tomó su camino hácia el gueste que es el Poniente derecho, porque aquellos tres dias primeros tuvo calma y no pudo andar nada; llevó siempre aquella via del gueste ó Poniente derecho, hasta pocos dias ántes que descubriese la tierra que tornó una cuarta de viento á la mano izquierda del Austro, que se dice cuarta del Sudoeste, como abajo parecerá; anduvo aquella noche, hasta domingo de mañana, 36 millas, que son 9 leguas, á 4 millas por cada legua contando. Domingo, 9 dias de Setiembre, navegó, hasta que se puso el sol, 60 millas, que son //

(Página 267)

// 15 leguas, y en la noche, anduvo á 10 millas por hora y en doce horas fueron 120 millas que montan 30 leguas; aqui gobernaban los marineros mal porque iban una cuarta á la banda del Norueste, por lo cual riñó mucho Cristóbal Colon con ellos. Lunes, 10 dias de Setiembre, con su noche anduvo 60 leguas á 1 millas por hora, que son dos leguas y media, pero no contó sino 48 leguas en la cuenta pública que habia de mostrar á los marineros. Martes, 11 de Setiembre, navegó su vía del gueste, y anduvo 20 leguas y más, pero no contó sino 16 por la causa dicha; y éste dia vieron un gran trozo de mastel de nao de 120 toneles y no lo pudieron tomar; y en la noche anduvo cerca de otras 20 leguas, y contó para la cuenta pública 16. Miércoles, 12 de Setiembre, por su mismo camino anduvo, entre dia y noche, 33 leguas, contando para la cuenta pública algunas menos. Jueves, 13 de Setiembre, anduvo, entre dia y noche, otras 33 leguas; éranles las corrientes contrarias. En este dia, al principio de la noche, las agujas noruesteaban, esto es decir que no estaba la flor de lis que señala el Norte derecha hacia él, sino que se acostaba á la mano izquierda del Norte, y a la mañana nordesteaban, que es decir, que se acostaba la flor de lis á la mano derecha del Norte, hácia donde sale el sol. Viernes, 14 de Setiembre, navegó su camino siempre al gueste, anduvo entre dia y noche 20 leguas, contó ménos algunas para la cuenta pública; hoy dijerori los marineros de la carabela Niña, donde iba Vicente Yañez, que habian visto un garpao y un rabo de junco, que son aves que no se apartan de tierra, segun dicen, sino hasta 15 ó 20 leguas, pero creo que no se tenia aun desto mucha experiencia. Sábado, 15 de Setiembre, anduvo entre dia y noche 27 leguas y algo más; vieron esta noche caer del cielo un maravilloso ramo de fuego 4 ó 5 leguas dellos y todas estas cosas alborotaban y entristecian la gente, y comenzaban á estimar que eran señales de no haber emprendido buen camino. Domingo, 16 de Setiembre, anduvo 38 leguas, contó algunas ménos, tuvo aquel dia algunos nublados y lloviznó. Dice aquí Cristóbal Colon, que hoy, y siem pre de allí adelante, hallaron aires temperatísimos, que era, //

(Página 268)

// segun dice, placer grande el gusto y amenidad de las mañanas que no faltaba sino oir ruiseñores, y era el tiempo como por Abril en el Andalucía; tenia, cierto, razon, porque es cosa maravillosa la suavidad que sentimos desde medio golfo para estas Indias, y cuanto más se acercan los navíos a estas tierras, tanto mayor sienten la templanza y suavidad de los aires y claridad de los cielos, y amenidad y olores que salen de las arboledas y florestas dellas, mucho más, cierto, que por Abril en el Andalucia. Aquí comenzaron á ver muchas manadas ó balsas estendidas de hierba verde, aunque mas tiran á color amarilla, y, porque ya se les iba haciendo el camino luengo y léjos la guarida, y habian comenzado á murmurar del viaje y de quien en él los habia puesto, viendo estas balsas de hierba muy léjos y que eran muy grandes, comenzaron á temer no fuesen peñas ó tierras anegadas, por lo cual se movierori á mayor impaciencia y á más recia murmuracion contra Cristóbal Colon, que los guiaba; pero visto que pasaban los navíos por ellas, perdieron por entónces, aunque no del todo, el temor. Juzgaron por esto todos que debia estar cerca de allí alguna isla; Cristóbal Colon afirma que isla podia ser, pero no tierra firme, porque la tierra firme hacia él muy adelante, y no estaba engañado. Por aqui parece que los navíos de Cáliz, que arriba en el cap. 9.º digimos, de que hace Aristóteles mencion en el libro De admirandis in natura auditis, antiguamente arrebatados con tormenta, haber llegado á ciertas regiones en la mar, donde hallaron grandes balsas de ovas y hierbas, son estas y que llegaron hasta aquí. Lúnes, 17 de Setiembre, navegó su camino al gueste y andarian dia y noche 50 leguas y más, asentó ménos algunas dellas; ayudábales la corriente, vieron mucha hierba y muy á menudo, y era hierba que juzgaban ser de peñas, la cual venia de hácia el Poniente; estimaban todos que debia estar cerca tierra, por lo cual cobraban algun esfuerzo y aflojaban en el murmurar. Habian andado hasta allí 370 leguas, las cuales estaban de la isla del Hierro,que es la más occidental de las islas de Canaria. En este lúnes marearon los pilotos el Norte, y hallaron que las agujas noruesteaban //

(Página 269)

// una gran cuarta; temieron todos los marineros mucho, y paráronse todos muy tristes, y tornaron á murmurar entre dientes sin declararlo del todo á Cristóbal Colon, viendo cosa tan nueva y que nunca hobieran visto ni jamás experimentado, y por ende temian si estaban en otro mundo; pero cognosciéndolo Cristóbal Colon, mandó que tornasen á marear el Norte en amaneciendo, y hallaron que estaban buenas las agujas. La causa que Cristóbal Colon asignó desta diferencia, fué que la estrella que acá nos parece que es el Norte, hace movimiento, pero no lo hacen las agujas. En amaneciendo, aquel lúnes, vieron muchas hierbas de rios, en las cuales hallaron un cangrejo vivo, el cual guardó Cristóbal Colon, y dijo que aquellas eran ciertas señales de haber por allí tierra, porque no se suelen hallar 80 leguas de tierra. El agua de la mar hallaban ménos salada despues que dejaron atras las islas de Canaria, y, cada dia, segun decian, más hermosa; decia que era esto gran señal de ser los aires más puros y dulces. Vieron tambien muchas toninas, y estas son las que vieron los navíos de Cáliz, de que habló Aristóteles, que mataron muchos y llamólos atunes.

Iban toda la gente muy alegres, y los navíos el que más podia correr más corria, por ver primero tierra. Lo uno, porque es natural los hombres querer ser cada uno el primero y llevar al otro ventaja, aunque sea á su padre, aún en las cosas chicas y de poca importancia, como parece en el juego del ajedrez y en los otros, cuanto más en las señaladas y grandes. Lo otro, porque la Reina, por suplicacion de Cristóbal Colon habia mandado y hizo merced de 10.000 maravedís de juro, de por vida, al primero que viese la primera tierra. Dijo aquí Cristóbal Colon, que porque aquellas señales eran del Poniente, esperaba en aquel alto Dios, en cuya mano estaban todas las victorias, que muy presto le daria tierra. Vido aquella mañana una ave blanca con la cola luenga, que se llama rabo de junco, que no suele, diz, que dormir en la mar. Mártes, 18 de Setiembre, navegó aqueste dia con su noche más de 55 leguas, puso en la cuenta pública 48; llevaba //

(Página 270)

// todos estos dias el mar bonanza, como en el rio de Sevilla. Martin Alonso que iba por Capitan de la Pinta, que era muy gran velera, dijo al capitan Cristóbal Colon desde ella, que habia visto gran multitud de aves ir hácia el Poniente, y que aquella noche se queria adelantar, porque esperaba que descubriria tierra, y certificósele mas por una gran cerrazon y escuridad de nublado espeso á la parte del Norte, la cual suele muchas veces estar sobre la tierra, y parece della 10 y 15 y 20 leguas. Desto no curó Cristóbal Colon, porque le parecia que aún no era tiempo, ó no estaba en el paraje donde él esperaba ver la tierra. El miércoles, 19 de Setiembre, tuvo alguna calma, y con todo, entre dia y noche anduvo 25 leguas; puso en la cuenta pública 22, y á las diez horas deste dia, vino á la nao Capitana un alcatraz, y á la tarde vieron otro, que no suelen apartarse de tierra 20 leguas; vinieron unos lluveznitos de agua sin viento, que es cierta señal de tierra. No quiso detenerse barloventeando, para recognoscer si habia tierra, de lo cual no dudaba sino que iba entre y en medio de algunas islas, como en la verdad hay muchas, porque su intincion llevaba enderezada de navegar más al Poniente, diciendo que allí habia de hallar las Indias, y porque le ayudaba el tiempo que era bueno,y porque decia que, placiendo á Dios, á la vuelta todo se veria. Aquí descubrieron los pilotos sus puntos de sus cartas; el de la carabela Niña se hallaba de Canaria 440 leguas, el de la Pinta 420, el de la nao Capitana, donde iba Cristóbal Colon, justas 400. El pasaba y cumplia con todos, tratando siempre del menor número, porque no desmayasen, lo cual cuanto más vian que estaban léjos de España, mayor angustia y turbacion los comprendia, y cada hora crecian en murmurar, y más miraban en cada cosa de las seãales que vian, aunque las que habian visto, de aquellas aves, luego les daban esperanza; pero como nunca la tierra parecia, no creian ya cosa, que habian estimado que aquellas señales, pues faltaban, que iban por otro nuevo mundo de donde jamás no volverian. El jueves, 20 de Setiembre, se mudaron algo los vientos, y anduvo algo fuera //

(Página 271)


// de su camino una cuarta y áun media partida, que son dos vientos, y andarian hasta 7 ú 8 leguas por ser calmarias. Vinieron este dia dos alcatraces á la nao Capitana, y despues otro; tomaron un pájaro con la mano que era como garjas, que es ave de rio y no de la mar; tenia los piés como gaviota. Vinieron tambien, en amaneciendo, dos ó tres pajaritos cantando, y ántes que el sol saliese desaparecieron, despues vino otro alcatraz, y venia del gueste y iba al Sueste; era señal certísima que dejaban al Nordeste la tierra, porque estas aves duermen en tierra, y por la mañana vánse á la mar á buscar su vida, y no se alejan 20 leguas. Estas aves pusieron algun consuelo en los navíos. Viernes, 21 de Setiembre, fué lo más calma, navegaria, dello á la vía, dello fuera della, 13 leguas. Hallaron grandísima cantidad de hierba, que parecia que la mar era llena della. Esta hierba, veces los alegraba, creyendo que verian presto tierra, veces los hacia casi desesperar, temiendo dar por ella en alguna peña, y algunas volvian los que gobernaban el navío, por no entrar por ella, con temor de lo que agora dije, porque tan espesa era que parecia retardar algo los navios. Vieron una ballena, que tambien no es chica señal de no estar léjos de tierra; la mar era muy llana como en un rio, y los aires suavisísimos.



Eduardo Albuquerque

terça-feira, 24 de abril de 2007

Cristóvão Colombo - Frei Bartolomé de las Casas (7)


Las Casas, Frei Bartolomé de. Historia de las Indias escrita por fray Bartolomé de las Casas obispo de Chiapa ahora por primera vez dada a luz por el marques de la Fuensanta del Valle y d. José Sancho Rayon, Tomo II, Madrid, Imprenta de Miguel Ginesta, 1875. (Tomo II, Capítulo CXXX, página 220 a 222).


«CAPITULO CXXX.

Dejada la digresion donde referimos algunas historias que tocó en sus palabras el Almirante, para dar noticia á quien no las sabia, y acordarlas á los que las leyeron, mayormente los secretos del Nilo, el fin que pretendemos dicta que tornemos á tomar nuestro hilo. Partió, pues, nuestro primer Almirante en nombre de la Santísima Trinidad (como él dice y así siempre solia decir), del puerto de Sant Lúcar de Barrameda, miércoles, 30 dias de Mayo, año de 1498, con intento de descubrir tierra nueva, sin la descubierta, con sus seis navíos. Bien fatigado, dice él, de mi viaje, que donde esperaba descanso cuando yo partí destas Indias, se me dobló la pena; esto dice por los trabajos y nuevas resistencias y dificultades con que habia habido los dineros para despacharse, y los enojos recibidos sobre ello con los oficiales del Rey, y los disfavores y mal hablar que, las personas que le podian con los Reyes dañar, á estos negocios de las Indias daban; para remedio de lo cual le parecia que no le bastaba lo mucho trabajado, sino que de nuevo le convenia, para cobrar nuevo crédito, trabajar; y, porque entónces estaba rota la guerra con Francia, túvose nueva de una armada de Francia, que aguardaba sobre el cabo de Sant Vicente al Almirante, para tomarlo, por esta causa, deliberó de hurtarles el cuerpo, como dicen, y hace un rodeo enderezando su camino derecho á la isla de la Madera. Llegó á la isla del Puerto Sancto, jueves, 7 de Junio, donde paró a tornar leña, y agua, y refresco, y oyó misa, y hallóla toda alborotada y alzadas todas las haciendas, muebles, y ganados, temiendo no fuesen Franceses; y luego, aquella noche, se partió para la isla de la Madera, que, como arriba dejamos dicho, está de allí unas 12//

(Página 221)

// ó 15 leguas, y llegó á ella el domingo siguiente, á 10 de Junio. En la villa le fué hecho muy buen recibimiento y mucha fiesta, por ser allí muy conocido, que fué vecino de ella en algun tiempo; estuvo allí proveyéndose cumplidamente de agua y leña, y lo demas necesario para su viaje, seis dias. El sábado, á 16 de Junio, partió con sus seis navíos de la isla de la Madera, y llegó, martes siguiente, á la isla de la Gomera; en ella hallo un corsario francés, con una nao francesa y dos navíos que habia tomado de castellanos, y, como vido los seis navíos del Almirante, dejó las anclas y el un navío, y dió de huir con el otro, el francés; envia tras él un navío, y como vieron, seis españoles que iban en el navio que llevaba tomado, ir un navío en su favor, arremeten con otros seis franceses que los iban guardando, y, por fuerza, métenlos debajo de cubierta, y así los trajeron. Aquí, en la isla de la Gomera, determinó el Almirante enviar los tres navíos derechos á esta isla Española, porque, si él se detuviese, diesen nueva de sí, é alegrar y consolar los cristianos con la provision de los bastimentos, mayormente dar alegría á sus hermanos, el Adelantado y D. Diego, que estaban por saber dél harto deseosos; puso por Capitan de un navío a un Pedro de Arana, natural de Córdoba, hombre muy honrado, y bien cuerdo, el cual yo muy bien cognosci, hermano de la madre de D. Hernando Colon, hijo segundo del Almirante, y primo de Arana, el que quedó en la fortaleza con los 38 hombres que halló á la vuelta muertos el Almirante; el otro Capitan del otro navio, se llamó Alonso Sanchez de Carabajal, Regidor de la ciudad de Baeza, honrado caballero. El tercero, para el otro navio, fué Juan Antonio Columbo, ginovés, deudo del Almirante, hombre muy capaz y prudente, y de autoridad, con quien yo tuve frecuente conversacion; dióles sus instrucciones segun convenia, y en ellas les mandó, que, una semana uno, otra semana otro, fuese cada uno Capitan general de todos tres navíos, cuanto á la navegacion y á poner farol de noche, que es una lanterna con lumbre que ponen en la popa del navío, para que los otros navíos sepan y sigan por donde vá y guía la Capita//

(Página 222)

// na. Mandóles que fuesen al Oeste, cuarta del Sudueste, 850 leguas, y que entónces serian con la isla Dominica; de la Dominica, que navegasen Oest-Noroeste, y tomarian la isla de Sant Juan, y que fuesen por la parte del Sur della, porque aquel era el camino derecho para ir á la Isabela Nueva, que agora es Sancto Domingo. La isla de Sant Juan pasada, que dejasen la isla Mona al Norte, y de allí toparian luego la punta desta Española, que llamó de Sant Rafael, el cual agora es el cabo del Engaño; de allí á la Saona, la cual dice que hace buen puerto entre ella y esta Española. Siete leguas hay otra isla adelante, que se llama Sancta Catherina, y de allí á la isla Nueva, que es el puerto de Sancto Domingo, como dicho es, hay 25 leguas. Mandóles que donde quiera que llegasen y descendiesen á se refrescar, por rescate comprasen lo que hobiesen menester, y que á poco que diesen á los indios, aunque fuesen á los caníbales, que decian comer carne humana, habrian lo que quisiesen, y les darian los indios todo lo que tuviesen, pero si fuese por fuerza, lo esconderian y quedarian en enemistad. Dice más en la Instruccion, que él iba por las islas de Cabo Verde (las cuales, dice, que antiguamente se llamaban Gorgodes, ó segun otros, Hespéridos), y que iba, en nombre de la Santísima Trinidad, con propósito de navegar al Austro dellas hasta llegar debajo de la linea equinoccial, y seguir el camino del Poniente hasta que esta isla Española le quedase al Norueste, para ver si hay islas ó tierras. Nuestro Señor, dice él, me guie y me depare cosa que sea su servicio y del Rey y la Reina, nuestros señores, y honra de los cristianos, que creo que este camino jamás le haya hecho nadie, y sea esta mar muy incógnita. Y aqui acaba el Almirante su Instruccion. (...)»



Eduardo Albuquerque

sábado, 21 de abril de 2007

Reflexões em torno das romãs


A romã é o fruto da planta cujo nome científico é Punica Granatum, nativa da antiga Pérsia. A sua domesticação data de cerca de 2000 a. C., sendo posteriormente cultivada por diversos povos (gregos, egípcios e romanos) sendo também difundida pelos fenícios nas restantes margens do Mediterrâneo.


As suas propriedades permitiram que fossem utilizadas pela Medicina para o tratamento de diversas enfermidades e sintomas das mesmas. Vários foram os estudos de Medicina e de Botânica que ao longo dos milénios se debruçaram sobre esta planta sendo dos mais antigos o de Dioscórides, um naturalista da Antiguidade.
A romã é um fruto fresco que pode ser consumido à sobremesa, mas é também utilizado na culinária como elemento em saladas, como condimento ou na elaboração de xaropes.
No que se refere à romã como símbolo religioso e artístico podem destrinçar-se várias vertentes. A sua referência mais antiga encontra-se nos papiros egípcios de Ebers e na literatura asiática, mas possui uma tradição milenar de representação cultural e mítica.


Os mitos iranianos consideram ser a romã o fruto da árvore sagrada em vez da maçã. Os gregos consideravam o fruto da romeira um símbolo de amor e fecundidade estando por isso associada à deusa Afrodite. Por outro lado os romanos consideravam a romã um símbolo de ordem, riqueza e fecundidade. Nas lendas de Perséfone a romã simboliza a fertilidade, a morte e a eternidade. Perséfone filha de Demeter, deusa da terra e da colheita, foi raptada por Hades, nessa altura jurou jejuar, contudo não resistiu e comeu seis bagos de romã. Esse momento de fraqueza traduziu-se em seis meses de permanência no Inferno, tempo que miticamente representavam os meses de mau tempo de Inverno e Outono.


Na tradição israelita Deus abençoou a Terra Santa com a romãzeira que surge nos textos bíblicos associada às paixões e fecundidade. No Cântico dos Cânticos - um poema apócrifo escrito por volta do século IV a. C. atribuído a Salomão – exalta-se o amor de dois amantes e compara-se a face da amada ao fruto da romãzeira. Este episódio tradicionalmente simboliza o amor de Deus pelo seu povo, por esta razão o pomar de romãs onde a amante promete entregar-se ao seu amor ganha uma importância de maior. Assim, Israel representaria o pomar de romãs e o seu povo a amante. Por conseguinte, a romã simbolizaria a beleza, o amor e a entrega incondicional.

Ainda na herança judaica a romã tem um profundo significado religioso de renovação no novo ano. No Êxodo, quando os judeus saem do Egipto levam consigo romãzeiras, figueiras e videiras que depois plantam em Israel, enquanto reclamam não terem sementes de trigo e cevada como lhes fôra garantido haver na Terra Prometida. A romeira é uma das árvores descritas como fazendo parte dos jardins do palácio de Salomão e o seu fruto é um dos elementos decorativos das colunas do Templo de Salomão cujo pórtico apresentava cerca de 200 romãs nos capitéis.

O consumo de romã pelos judeus faz-se principalmente em três ocasiões:

No dia de ano novo, no Rosh-Hashanah, pois representa a abundância e a esperança; diz-se que possui 613 bagos que são os preceitos da Torá e, tal como ela, o fruto possui uma coroa. No dia 6 de Janeiro, dia de Reis, pois a romã é um símbolo da vida. No ano novo das árvores a 15 de Shevat (este ano a 3 de Fevereiro) quando se inicia um novo ciclo vegetativo. Para comemorar este evento consomem-se os sete frutos referidos na Torá em louvor à fartura na Terra Santa designadamente trigo, cevada, uvas, figos, romãs, azeitonas e tâmaras.

Na idade Média era considerado um fruto cortês e sanguíneo, surgindo nos contos e fábulas de muitos países. Na arte cristã é um símbolo de esperança, prosperidade e riqueza.

A título de curiosidade (mais uma) pode ainda referir-se que em certos países se costuma colocar sementes de romã debaixo do travesseiro como garantia de obter dinheiro, sorte e saúde no ano novo. Deste modo conclui-se que a romã pertence a diversas culturas, tipos de arte, religiões, mitos e superstições.


Como se pode constatar deste curto rol, a romã é um fruto especialmente admirado e usado por todo o mundo antigo e medieval não só pelas suas qualidades reais mas também pelos atributos simbólicos que lhe são dados pelas diversas culturas. A tudo isto acresce-se a sua forma única, esteticamente agradável e por isso usada pelos artistas em detrimento de outros frutos mais uniformes ou de maior dificuldade de execução técnica como, por exemplo, maçãs, melancias, limões ou uvas.

quinta-feira, 19 de abril de 2007

Cristóvão Colombo – Enrique San Fuentes y Correa (4)

Sanfuentes y Correa, Emrique. Cristóbal Colón y Su Detractor El Marqués de Dos Fuentes (Don Fernando Antón del Olmet) Secretario de la Legación de España en Chile, por, Emrique Sanfuentes y Correa, Secretario de la Sección de Geografía de la Sociedad Chilena de Historia y Geografia, Imprenta Universitaria, Bandera 130 – Santiago – 1918. (Páginas 26 a 28).


52. - Lorenzo Galindez de Carvajal, nacido en 1472 y muerto en 1560, que fué profesor de la Universidad de Salamanca, Correo Mayor del Peru y que vivió largos años en la Corte, donde llegó a desempeñar el elevado cargo de miembro del Real Consejo y del de Cámara de Carlos V, fué anotando desde el año 1468 hasta el de 1516 los principales acontecimientos del reino de los que era testigo y muchas veces actor, en un Memorial y Registro breve de los lugares donde el Rey y la Reina Católica estuvieron, que fué publicado tres siglos después por Rivadeneira en el t. LXX de su Biblioteca de Autores Españoles (Vol. III de las Crónicas de los Reyes) Madrid, 1878, pp. 554-585, habiéndosele agregado algunas notas aclaratorias.

«Y este año tomaron los Reyes asiento con Cristóbal Colón, ginovés, natural de Saona, sobre el descubrimiento de las Indias e islas del mar Océano, de que tanta honra y provecho se ha seguido a estos reinos». (p. 545).

El señor de Dos Fuentes se ha servido truncar esta cita (España mod., pág. 8) suprimiendo la palabra ginovés, que no cuadraba a sus propósitos.

53. - Estevan de Garibay, nacido en 1525 y muerto en 1593, que por treinta años fué cronista del reino, fué autor de un MS.: De D. Cristóbal Colón, primer Almirante del mar Océano de las Indias Occidentales, y de sus descubrimientos y de los demás Almirantes de las mismas Indias sus descendientes y del título de Duque de Veragua y del de Marqués de Jamaica y últimamente de Duque perpétuo de la Vega, por el cronista Estéban de Garibay», el que se conserva en la Biblioteca de la Real Academia de la Historia de Madrid. Fernández Duro dió un extracto de él en la Nebulosa, p. 193-236:

«Esta (se refiere a Génova) ha producido muy exelentes varones y de grande suerte y felicidad en varias cosas, pero entre ellos podemos contar por felicísimo a D. Cristóbal Colón, primer Almirante de las Indias Occidentales, que como él mismo dice dos veces en la institución del vínculo de su mayorazgo, nació en esta ciudad, pues después de tantos millares y centenares de años de la creación del universe, tenía Dios reservado para solo este celebérrimo varón el principio del descubrimiento del nuevo orbe de las Indias Occidentales, ignotas e ignoradas por los antiguos y aún de//

(Página 27)

// negadas por muchos filósofos y otros grandes varones de diversas ciencias, obra admirable de que se ha seguido grande beneficio y aumento de bienes espirituales a la Iglesia Católica, juntamente de temporales al orbe viejo, y particularmente a los reyes de España.

«Este grande hombre fué hijo de Dominico Colón, que en castellano decimos Domingo, natural de Saona (según quieren algunos) o de Nervi, pueblo a dos leguas de Génova, según otros, pero por cierto se tiene que de Cugureo, llamado de otra manera Cogoleto, aldea desta ciudad, cerca della, aunque originario de Plasencia, ciudad de Lombardía, del linaje de los Colombos de ella, que se dijeron después Colonos, los cuales por las guerras y deferencias que hubo en los tiempos pasados en su patria vinieron a esta y no de los Palestres, como dicen algunos, recreciendo daño en ello por la causa que se referirá abajo para este efecto...»

más adelante refiriéndose al naufragio que siguió al combate del Cabo de Santa Maria en 1476, dice:

«... vinieron a Lisboa, donde le acogieron ciertos genoveses estantes en ella que le conocían

54. - En otra obra de Garibay «Los XL libros del Compendio historial de las chronicas y universal historia de todos los Reynos de España donde se escriben las vidas de los Reyes de Castilla y de León», etc. Anvers, Plantin, 1571, pero terminado en 1567 dice hablando del año 1486 (Libro XVIII, cap. XXX, folio 1339):


«En este mesmo año un hombre, de nation ytaliano, llamado Christobal Colon...»

55. - Fray Juan de la Victoria, escritor español del siglo XVI, autor de un Catálogo de los Reyes Godos de España, que extracta Fernández Duro en Historia Póstuma, escribio (loc. cit., p. 25):

«Este año de 1488 Cristóbal Colón. italiano natural de Cugureo o Nervi, aldea de Génova, marinero, habiendo casado en la isla de Madera y aportado allí y a su casa del puerto una nao vizcaína muy derrotada, que había sido con temporal arrojada a las islas de las Indias Occidentales y muerto en su casa el piloto y cuatro marineros de puro molidos, y entendido dellos el descubrimiento que habían hecho y cogido sus papeles, vino a tractar con el Rey don Juan Segundo de Portugal desde descubrimiento pidiéndole ayuda, pero echólo por italiano burlador

56. - Pedro Cieza de Leon, autor de la famosa Crónica del Perú, tuvo y declaró a Cristobal Colón por natural de Saona. No hemos visto el texto, pero hemos leído el dato en la Memoria del señor Giuseppe A. Rocca, titulada Cristoforo Colombo e la sua patria .//


(Página 28)

// Es sabido que Cieza sirvió 17 años en la Conquista del Perú, a donde había llegado hacia 1531.

57- Juan de Castellanos, autor de las Elegías de los varones ilustres de Indias, cuya primera edición apareció en 1589, dice en la Parte Primera, Elegia I, Canto I (Colección Rivadeneyra, t. IV, pag. 6):


..................................................
El actor, pues, de tan heroico hecho
Dicen tener escuros nacimientos,
Lo cual repugna tan ardiente pecho
Y tan engrandecidos pensamientos;
Prueba bastante para su derecho,
y para deshacer falsos intentos;
y ansí creemos ser esclarecido
y en las tierras de Génova nacido. (...)»



Eduardo Albuquerque

segunda-feira, 16 de abril de 2007

Cristóvão Colombo – Enrique San Fuentes y Correa (3)

Sanfuentes y Correa, Emrique. Cristóbal Colón y Su Detractor El Marqués de Dos Fuentes (Don Fernando Antón del Olmet) Secretario de la Legación de España en Chile, por, Emrique Sanfuentes y Correa, Secretario de la Sección de Geografía de la Sociedad Chilena de Historia y Geografia, Imprenta Universitaria, Bandera 130 – Santiago – 1918. (Páginas 22 a 26).


44. - Entre los españoles parece ser el más antiguo Alonso Estánquez del cual existe, en el British Museum, manuscrita, una «Crónica de los reyes D. Fernando y Doña Isabel, reyes de Castilla y de Aragón, compuesta por Alonso Estánquez, cosmographo mayor. Dedicada al príncipe D. Felipe».
Fernandez Duro, Colón y la Historia póstuma, p. 279-284, da un estracto, tornado de una copia sacada por D. Pascual Gayangos para la Biblioteca de la R. Academia de la Historia de Madrid.
Habiendo muerto Don Felipe el Hermoso en 1506, la crónica debe ser anterior a esa fecha.
«En el tiempo que a los Reyes Católicos fué entregada la ciudad de Gra//

(Página 23)

//nada, fueron macho importunados por D. Cristóbal Colón, genovés, así de palabra como peticiones, suplicándoles tuviesen por bien de lo ayudar con algunos navíos, gente y mantenimientos con que pudiese navegar en el mar Océano donde él se prefería a sus Altezas a descubrir muchas islas y tierra firme...»

45. - Fray Antonio de Aspa, jerónimo del Monasterio de la Mejorada, cerca de Oviedo, del cual existe un manuscrito en la Real Academia de la Historia de Madrid, titulado «Relación de los dos primeros viajes de Cristobal Colón, sacada de las cartas y decadas de Pedro Martir de Anglería y copia de la carta que escribió al Ayuntamiento de Sevilla el doctor Thanca, sevillano enviado por el Rey Católico en el segundo viaje, en la cual se refiere lo que le sucedió y vió en el descubrimiento»,

«afirma en él, segun noticia que tomamos de Fernández Duro, Nebulosa, p. 174, que Colón era genovés, lo que confirma el mismo con otra cita que hace en la Historia Póstuma, pág. 70, donde copia esta frase:

«se dice que llevo cuarenta hombres ginoveses, de su nación».

46. - Andrés Bernaldes, comunmente llamado Cura de los Palacios, villa de que fué párroco desde 1488 hasta 1513, en cuya casa solía hospedarse Colón, y grande amigo suyo, en su Historia de los Reyes Católicos D. Fernando y Doña Isabel, escrita por el bachiller Andrés Bernaldes, cura que fué de la villa de los Palacios, y capellán de D. Diego Deza, arzobispo de Sevilla. Sevilla, Geofrin, 1870, t. II, p. 82, y la misma obra en la Colección Rivadeneira, p. 657, cap. CXVIII.

«En el nombre de Dios Todopoderoso, ovo un hombre de tierra de Génova, mercader de libros de estampa, que trataba en esta tierra de Andalucía, que llamaban Cristóbal Colón, hombre de muy alto ingenio, sin saber muchas letras, muy diestro de la arte de la cosmographia e del repartu del mundo...»

Es verdad que al dar cuenta de su muerte dice:

«El cual dicho Almirante Don Cristóbal Colón, de maravillosa y honrada memoria, natural de la provincia de Milán, estando en Valladolid el año de 1506, en el mes de mayo, murió in senectude bona, inventor de las Indias, de 70 años más o menos, (cap. CXXXI»,

lo que no le quitaría la nacionalidad italiana, siendo todavía de advertir que es en la copia hecha por Rodrigo Caro donde dice «Milán», lo que bien podría ser una errata.//

(Página 24)

// 47- Gonzalo Fernández de Oviedo ([i]), primer Cronista oficial de las Indias, nacido en Madrid en 1478 y muerto en Valladolid en 1557, que fué testigo presencial de todos los hechos que relata; que cuando Colón llegó a la Corte de España era paje del príncipe D. Juan, asistiendo al sitio y toma de Granada, a la fundación de Santa Fé, donde se suscribieron las famosas capitulaciones y al recibimiento de Colón en Barcelona, después de haberlo realizado, y que permaneció en América, casi sin inrrupción, desde 1513 hasta 1535, desempenando elevados cargos, dice:

«Chripstóbal Colom, según yo he sabido de hombres de su nasçion, fué natural de la provingia de Liguria, que es en Italia, en la qual cae la cibdad e Señoría de Génova; unos dicen que de Saona, é otro que de un pe.queno lugar o village, dicho Nervi, que es a la parte del levante y en la costa de la mar, a dos leguas de la misma cibdad de Génova; y por más cierto se tiene que fue natural de un lugar dicho Cugureo, çerca dela misma cibdad de Génova

48. - Fray Bartolomé de las Casas, obispo de Chiapa, de cuya personalidad no es menester decir palabra alguna, se expresa así en el Libro I, Cap. II, de su Historia de las Indias:

«Fué este varón escogido de nación genovés, de algún lugar de la provincia de Génova; cual fuese, donde nació o qué nombre tuvo el tal lugar, no consta la verdad dello más de que se solia llamar antes que llegase al estado que llegó, Cristóbal Columbo de Terra-rubia, y lo mismo su hermano Bartolomé Colón, de quien despues se hará no poca mención» (Vol. I, p. 42)

49. - Francisco López de Gomara, de quien nos ocuparemos extensamente al tratar de Alonso Sánchez de Huelva, escribe en su Primera parte de la Historia General de las Indias, (Colección Rivadeneyra, vol. XXII).

«Era Christóval Colón natural de Cugureo o, como algunos quieren, de Nervi, aldea de Génova» (pág. 165).
//

(Página 25)

// «Muertos que fueron el piloto y marineros de la carabela española que descubrio las Indias, propuso Christóval Colón de las ir a buscar... tuviéronlo por italiano burlador...» (p. 166).

«Como era extranjero y andaba pobremente vestido, y sin otro mayor crédito que el de un fraile menor, ni le creían, ni aún le escuchaban» (p. 166).

50. - Antonio de Herrera, el celebre cronista de las Indias y autor de la Historia General de los hechos de los castellanos en las Islas y Tierra Firme del mar Océano, cuya primera edición apareció en 1601, escribe en la Decada I, cap. VII).

Fué D. Cristóbal Colombo, «a quien por más comoda pronunciación, dixeron Colón, nacido en la ciudad de Génova, en lo qual, y en que su padre se llamó Domingo, se conforman todos quantos de él escriben y hablan y él mismo lo confiesa (datos de la familia).......»

«Vino a España, y particularmente a Portugal, siendo bien moço, con el fin que los otros hombres a buscar mejor ventura.»

51. - Francisco Medina Nuncibay, es autor de una Genealogía de la Casa de Portugal, que no se ha publicado, pero de que existe una copia en la Colección Vargas Ponce de la Real Academia de la Historia de Madrid. Fernandez Duro (Historia póstuma) ha dado algunos extractos de ella, de donde tomamos los siguientes datos:

«Consigna, que su linaje y naturaleza era de los confines del Genovesado y Lombardía, en los estados de Milán.....»

«A vuelta de vulgares referencias (p. 31, op. cit.) intercala otras originales muy curiosas, entre ellas la de que por adular a ciertos grandes que no miraban con buenos ojos el favor del descubridor en la Corte, se escribieron algunos tratadillos dando prisa a llamarle genovés, Cuando el Emperador fué a coronarse a Italia, dió motu propio una Provisión dirigida al Almirante Don Luis, para que hiciese recoger todos aquellos tratadillos que hablaban del valeroso Almirante y los quemase: más D. Luis no trató de usar de Provisión, ni se acordó más de ella «ni es necesario, porque para quien entende, no sólo contradice, sino con solo ello se prueba el hecho certísimo.»

«y al propósito dice uno de sus parciales que hablando del matrimonio como alguno de la corte preguntara si el Almirante iba a teger su linaje, aludiendo al oficio de tegedor de lana que tuvo en la juventud, respondió con la altanería de su genio, que después que Dios crió a los hombres no conocía otro mejor que él para origen de una familia porque había hecho más que ninguno,»

frase que hace ver bien claro que en España se le tenía por genovés y se sabía el oficio que había desempeñado en su patria durante sus primeros años.//

(Página 26)

// La segunda frase la hemos trascrito porque las citas deben hacerse completas; no hacemos aqui su comentario porque a ella no se refirió el Sr. Dos Fuentes.
________________

[i] Libro II, Cap. IV, Vol.II, pág. 12. Historia general y Natural de las Indias, Islas y Tierra-Firme del Mar Océano por el capitán Gonzalo Fernández de Oviedo y Valdés, Primer Cronista del Nuevo Mundo. Publícala la Real Academia de la Historia, cotejada con el Códice original, enriquecida con las enmiendas y adiciones del autor, é ilustrada con la vida y el juicio de las obras del mismo por D. José Amador de los Ríos, Individuo de Número de dicho Cuerpo, Catedrático de Ampliación de la literatura Española en la Universidad de esta Corte, etc., Primera Parte, (escudo real) Madrid, Imprenta de la Real Academia en la Historia. A cargo de José Rodríguez, calle de S. Vicente Baja, Numero 74. 1851.

Eduardo Albuquerque

sexta-feira, 13 de abril de 2007

Cristóvão Colombo – Enrique San Fuentes y Correa (2 concl.)

Sanfuentes y Correa, Emrique. Cristóbal Colón y Su Detractor El Marqués de Dos Fuentes (Don Fernando Antón del Olmet) Secretario de la Legación de España en Chile, por, Emrique Sanfuentes y Correa, Secretario de la Sección de Geografía de la Sociedad Chilena de Historia y Geografia, Imprenta Universitaria, Bandera 130 – Santiago – 1918. (Páginas 33 a 41).

[Continuação]

(Página 40)

//
en que Ubaldo que va en busca de Reinaldo, cuando es interrogada por aquél, sobre cuál es del mundo oculto la ley y cuál el culto, esta respuesta (canto XV):


XXX

Tempo verra, che fian d Ercole i segni
Favola vile ai naviganti industri;
E i mar riposti, or senza nome, e i regni
Ignoti, ancor tra voi saranno illustri.
Fia che ‘l piu ardito allor di tutti i legni,
Quanto circonda il mar, circondi e lustri;
E la terra misuri, immensa mole,
Vittorioso, ed emulo del Sole.


XXX

} Vendrán a ser de Alcides las señales
} Fábula a los marines animosos;
} Golfos sin nombre hoy y litorales
} Ignorados aún, se harán famosos:
} Uno entre los viajeros inmortales
} Los mares correrá más procelosos.
} Y del Sol emulando la carrera,
} Triunfante rodeará la tierra entera.


XXXI

Un uom della Liguria avrà ardimento
All’incognito corso sporsi in prima:

Nè’ l minaccevol fremito del vento,
Nè’1 inospito mar, nè’l dubbio clima,
Nè s’altro di periglio o di spavento
Più grave e formidable or si stima,
Faran che’ l Generoso entro ai divieti
D’ Abila angusti l’ alta mente acqueti.

XXXI

} Un hombre de Liguria será osado
} A arrojarse el primero al curso ignoto;
} Ni el mar bravío, el viento desatado,
} Ni el clima incierto en piélago remoto
} Ni el riesgo por mayor hoy estimado
} Del más hábil e intrépido piloto,
} Su mente audaz hacer podrán que aquiete
} Y que de Ávila el limlte respete.

XXXII

Tu spiegherai, Colombo, a un novo polo
Lontane si le fortunate antenne,

Ch’appena seguirà con gli occhi il volo
La Fama, c’ ha mille occhi e mille penne.

Canti ella Alcide e Bacco; e di te solo

Basti à posteri tuoi ch’ alquanto ac cenne;

Che quel poco darà lunga memoria
Di poema dignissima e d’istoria.

Pp- 133-134, vol. II de La
Gerusalemme liberata di Tor- //


XXXII

} Irán, Colón ilustre, tus antenas
} A nuevo polo en vuelo tan violento,
} Que la fama seguirte podrá apenas
} Con sus cien ojos y sus alas ciento.
} Cante a Alcides y Baco en voces plenas;
} A ti será bastante un solo acento
} que a los pósteros lleve tu memoria
} Para inmortal poema y noble historia.

} Pág. 199, tomo II, de La
} Jerusalen libertada, traduccion

(Página 41)

//
cuato Tasso, Pisa, Dalla Tipo-
grafia della Società Letteraria.
MDCCCVII.


} en verso castellano por don
} Francisco Gómez del Palacio,
} precedida de un estudio bio-
} gráfico y crítico de Tasso y su
} poema por Emilia Pardo Ba-
} zán.
} Madrid, Librería viuda de
} Hernando, 1893, 2 vols. in 8.º

(...) //


Eduardo Albuquerque

quinta-feira, 12 de abril de 2007

Cristóvão Colombo – Enrique San Fuentes y Correa (2 cont.)


Sanfuentes y Correa, Emrique. Cristóbal Colón y Su Detractor El Marqués de Dos Fuentes (Don Fernando Antón del Olmet) Secretario de la Legación de España en Chile, por, Emrique Sanfuentes y Correa, Secretario de la Sección de Geografía de la Sociedad Chilena de Historia y Geografia, Imprenta Universitaria, Bandera 130 – Santiago – 1918. (Páginas 33 a 41).


[Continuação]


(Página 36)

// dall’anno 1527 al 1555, colla vita de Nicolò Capponi, Augusta MDCCXXIII:

Libro VII, c. 193:

«Dico adunque, tornando a raccontare le provincie trovate nel Nuovo Mondo, che Cristoforo Colombo genovese, uomo di sottile ingegno, a tempo del re Ferrante fu il primo che navigando verso ponente trovò l’isole non mai state più conosciute...»

79. - Pietro Coppo (de Isola, Istria) en un manuscrito inedito titulado De summa totius orbis, que se encuentra en la Biblioteca Marciana de Venecia, y que corresponde al ano 1528 dice:
Libro III:

«Christophorus Columbus genouensis anno salutis MCCCCLXXXXII invenit, navigando occidentem versus, insulas plures et res novas...»

80. - El mismo, en su libro Portolano delli lochi marittime et isole del Mar Mediterraneo et fora del streto de Zibelterra, da ponente et tramontana & composto da Pietro Coppo a intelligentia et utilita de cadaun navegante &. Venezia, Agostino de Bindoni, 1528, 14 Marzo.

«Christophoro Colombo zenoese nel 1492, trovo, navegando verso poniente, molte isole et cose nove

81. - Antonio d’ Oria, célebre capitán genovés al servicio de Carlos V, escribió en 1529 una nanación de los sucesos de su tiempo, que se publicó más tarde con el titulo de Compendia d’Antonio D Oria delle cose di sua notitia et memoria occorse al mondo nel tempo dell'imperatore Carlo quinto, Geneva, apresso Antonio Bellone, MDLXXI, in 4.º, de 141 paginas con tipos italianos. Allí se lee en la pag. 7:

«II discoprimento et acquisto delle Indie... cominció al tempo del re Ferdinando e della regina Isabella suoi avi [está tratando de Carlos V] per la maravigliosa industria et valore di Christophoro Colombo genovese, il quale diede principio a esso scoprimento et acquisto...»

82. - Francesco Guicciardini, célebre historiador que fué enviado como embajador de la República de Firenze ante Fernando el Católico el 23 de Enero de 1512, ocupando dicho cargo hasta el 4 Noviembre 1513, es autor de La historia di Italia, publicada en Firenze, por Torrentino, 1561, pero escrita en 1530, donde se lee:
Libro VI, p. 229:

«Ma più maravigliosa ancora è stata la navigatione de gli Spagnuoli, cominciatta l’ anno 1490, per inventione di Christofano Colombo genovese, il quale havendo molte volte navigato per il mare Oceano et conietturando per l’osservatione di certi venti quel che poi veramente gli succedette, impetrati dai re di Spagna certi legni,//

(Página 37)

//

y más adelante, en la pág. 250, repite:

«per la navigatione di Christofano Colombo genovese...»,


83. - Alessandro Geraldini, que nació en Amelia, en latin Ameria, en la Umbría, hacia 1453 Y murió en Santo Domingo (Haiti) en 1525, fué a España con su hermano Antonio, protonotario apostólico, literate y poeta, legado de Inocencio VIII, ante el Rey de España. Fué amigo de Colón. Militó primero en las tropas de España, fué nombrado después profesor del infante Don Juan; Alejandro VI lo nombró obispo de Volturava y Montecorbino en 1496, desempeñó varios otros cargos, siendo por último nombrado para Santo Domingo en 1528. Escribió un Itinerarium ad regiones sub equinoctiali plaga constitutas Alexandri Geraldini Amerini, episcopi civitalis Sancti Dominici apud Indos occidentales; opus antiquitates, ritus, mores et religiones populorum Ethiope, Africe, Atlantici oceani, Indicarumque regionum complectens, nunc primo edidit Onuphrius Geraldinus de Catenaciis I. V. D. auctores abnepos, Rome, 1631, en cuyo Liber decimus secundus, que comienza en la pag. 185, habla de Colono ligure, y más adelante en el XIV, pag. 202, explica con más precisión:

«Christophorus Colonus natione italus, e Genua Ligurie urbi fuit, cosmographia, mathematica, omni celi, terre dimensione clarus, et ante omnia magnitudine animi illustris

84. - Prietro Bembo Bernardo, nació en Venecia en 1470 y murió en Roma, siendo cardenal, en 1549. Fué bibliotecario de la Marciana de Venecia y en 1528 se le encargó por la República continuar la historia patria que había empezado Andrea Navagero. Escribió primero en latín y después la vertió en italiano. Su manuscrito, existente en la Marciana, lo publicó por primera vez Morelli, en Venecia, 1790, con el titulo de Della storia viniziana, libri XII.

Libro I, p. 261.

«Era Colombo genovese, uomo de vivo ingegno, il quale molte regione cercate, molti dei nostri mari et molto Oceano veduto havea»

85. Paolo Giovio, nació en Como, 19 Abril 1493 y murió en Firenze, 11 Diciembre 1552. Obispo de Nocera.
Pauli lovii novocomensis, episcopi Nucerini, Historiarum sui temporis, tomus secundus, Venetiis, apud Cominum de Tridino Montisferrati, anno MDLIII.//

(Página 38)

//
Libro XXXIII, pag. 537. – Nam
postquam Columbus ligur, admiran-
do ingentis animi captu eruditoque
iudicio vir, et, uti quibusdam appa-
ret, Hercule greco inusitate fame
gloria maior et illustrior, alterum
prope terrarum orbem vasto atque
intentato prioribus seculis Oceano
ad occidentem nobis aperuit, non
defuer alii atque alii ex Hispanis, eo
apud Hispalim defuncto, qui pari
emulatione laudis et spe questus
eadem littora sequuti, ulteriores nove
terre, quam Pariam vocabant, ter-
minos queritarent
;

} Después que el ligur Colón, hombre
} de un ingenio maravillosamente
} poderoso y de grande experiencia,
} y en opinión de algunos, más gran-
} de y más ilustre por su gloria que
} el mismo Hércules griego con toda
} su fama, nos abrió hacia el Occidente,
} en un vasto Océano no navega-
} do en los siglos anteriores, casi otro
} orbe, no faltaron otros, entre los es-
} pañoles,que después de muerto Co-
} lón en Sevilla, fueron sucesivamente
} a recorrer, por ambición de gloria y
} por amor al lucro, las mismas cos-
} tas en busca de los ulteriores límites
} de la nueva tierra que llamaban de
} Paria;


86. - Pauli lovii novocomensis, episcopi Nucerini, Elogia virorum bellica virtute illustrium, veris imaginibus supposita, que apud museum spectantur. Volumen digestum est in septem libros. Florentie, in officina Laurentii Torrentini ducalis typographi.
MDLI. cum summi pontificis, Caroli V imperatoris, Henrici II Gallorum regis, Cosmi Medicis ducis Florentie II privilegio ... in folio.

Bajo el retrato de Cristóbal Colon:

Libro IV, pag. 171. Quis non mi-
retur hac honestissima fronte homi-
nem,qui inusitata animi magnitudi-
ne portentosoque inmensi ingenii
vigore valuerit, aspero ignobilique
Arbizolo Ligurie vico iuxta Savo-
nam nasci
potuisse? hic enim ille est
Christophorus Columbus stupendi
alterius et nullis ante seculis cogniti
terrarum orbis repertor; quem pro-
fecto benigna salutarium syderum
conspiratione natum fuisse existim-
are fas est, ut incomparabilis Liguri-
bus
honos, eximium Italic decus, et
prefulgidum iubar seculo nostro nas-
cerentur;


} Quien no admirará que un hom-
} bre de semblante tan noble, de inau-
} dito valor y de portentoso vigor
} mental, haya podido nacer en Arbi
} zolo, pobre e ignorada aldea de Ligu-
} ria cerca de Savona? Porque éste
} es Cristóbal Colón, el descubridor
} de otro orbe estupendo y descono-
} cido de todos en los siglos anterio-
} res, cuyo nacimiento puede cierta-
} mente atribuirse a una bienhechora
} combinación de astros saludables
} para honra incomparable de los Li-
} gures, gloria eximia de Italia y as-
} tro deslumbrador de nuestro siglo.


87- Id., Pag. 174.//

(Página 39)

//

«Salve non Ligurum modo, sed decus orbis, honorque nostri secli, magne Columbe, cui merito lovius heroas dedicat inter nominis eterni monumentum

«Salud, gloria, no sólo de los Ligures, sino también del orbe y honra de nuestro siglo, gran Colón, a quien con justicia Giovio dedica entre los héroes un monumento de eterna fama

88. - Girolamo Benzoni, milanés, que permaneció en America desde 1541 hasta 1556, y a quien habremos de referirnos otra vez, dice en su Novae novi orbis historie, cuya primera edicion apareció en 1565:

Libro I Cap. V, «Christopho Columbus Genuensis primus Indie Occid repertur, utcumque Hispani eadem laudem altert transcribant»(I).


89. - Lorenzo Gambara (1506-1596) en su Laurenti Gambarae Brixiani. De Navigationi Christophori Columbi, libri quator. Ad Antonium Perenotum Cardinatem Granvellanum, Romae. 1581, in 12, 112 pags.

«Columbus, natus Cugureo, quod Castrum est in territorio Genuensi, tam insigne factum effecit

90. El P. Padre Maffei, en su Historiarum Indicarum, cuya primera edición apareció en Roma, en 1588, se expresa así en el Libro I:

«Christophorus Columbus Ligur, ingentis animi vir & rei nauticae in primus peritus............. (2).

91. - Giambattista di Paolo Ramusio (1495-1557), el célebre autor de la coleccion Delle navigatione et viaggi, lo llama Christophoro Colombo genovese.

92. Torcuato Tasso, el inmortal poeta de Sorrento, + en 1595, pone en boca de la misteriosa virgen que conduce la nave



______________

(I) Copiado literalmente de la edición que posee la Biblioteca Nacional de Santiago. Hacemos esta declaración, tanto para euste texto como para otros en idioma extranjero en que las faltas, algunas gravísimas como las del presente, son ajenas a nosotros, que nos hemos limitado a reproducir los textos con la más escrupulosa exactitud.

(2) Jo. Petri Maffeji Bergomatis e Societate Jesu Opera Omnia latine scripta. Nunc primum in unum Corpus collecta, variisque illustrationibus exornata. Accedit Maffeji vita Petro Antonio Serassio auctore. Quid praeterea in hac omnium accuratissima editione prasstitum, aut additum fit, indicat Epistola ad Lectorem. Tomus I, Bergomi, CICICCCXLVII Excudebat Petrus Lancellottus. Ex auctoritate superiorun.//


[continua]

Eduardo Albuquerque