Um comentário publicado no post anterior citando Luís de Albuquerque, além de provocação gratuita, é desonesto pois coloca fora de contexto as palavras do historiador, deixando no ar a ideia de que é esse o seu discurso historiográfico quando na realidade se está perante uma resposta sarcástica aos insultos de Luciano da Silva.
Aos pseudo-historiadores, esgotados os seus iniciais quinze minutos de fama - o tempo que leva a demonstrar os seus erros -, só resta o remeterem-se ao esquecimento, ou, em alternativa, tentarem manter-se sob a atenção dos media recorrendo a fantasias ainda mais elaboradas. Como é difícil complexificar uma pseudo-história para a tornar coerente com a História, e com isso manter a atenção do público, escala-se a polémica com recurso ao insulto soez, o que é infinitamente mais fácil. É o que fez Luciano da Silva e é o que fazem muitos dos comentadores deste blogue.
Aos pseudo-historiadores, esgotados os seus iniciais quinze minutos de fama - o tempo que leva a demonstrar os seus erros -, só resta o remeterem-se ao esquecimento, ou, em alternativa, tentarem manter-se sob a atenção dos media recorrendo a fantasias ainda mais elaboradas. Como é difícil complexificar uma pseudo-história para a tornar coerente com a História, e com isso manter a atenção do público, escala-se a polémica com recurso ao insulto soez, o que é infinitamente mais fácil. É o que fez Luciano da Silva e é o que fazem muitos dos comentadores deste blogue.
(...) O Dr. Manuel Luciano da Silva também quis dar nas vistas: concedeu uma entrevista ao Jornal de Coimbra. Não vale a pena perder muito tempo com este médico luso-americano, porque já dele falámos mais do que é devido, quanto ao seu hobby, como ele diz, de historiador (mas também sei que na sua profissão de clínico tem excelente e penso que merecida reputação). Volta com a pedra de Dighton e à carta de 1424. Ficamos a saber que, na opinião do médico: 1.° o Senhor Ministro da Educação é «analfabeto» (sic), porque não deu resposta a cartas que lhe dirigiu e em que, provavelmente, o massacrava com as suas «grandes descobertas»; 2.° «Luís de Albuquerque, Vasco Graça Moura, os homens da Comissão, estão a bloquear todas as minhas pesquisas em desperdício da verdade e honra que pertence a Portugal» (o itálico é meu). E depois: «os indivíduos que estão à frente da Comissão Nacional dos Descobrimentos preocupam-se mais com as suas personalidades e só eles é que sabem... Põem o seu penacho acima da verdade e da documentação»; 3.° eu tenho «uma inveja extraordinária das minhas [suas] investigações porque trabalhou [trabalhei] com Armando Cortesão, viu [vi] o mapa muitas vezes mas não descobriu [descobri] nada»; 4.° escrevi «centenas de trabalhos sem uma única ideia original»; 5.° «na pág. 155 [de um livro meu] há uma fotografia da pedra de Dighton que foi roubada pelo Albuquerque [sou eu]. Essa foto foi feita por mim [Manuel Luciano da Silva] em 2 de Novembro de 1959 e está coberta por copyrights para língua portuguesa e inglesa até ao ano de 1990. Ele [sou eu] publica a minha fotografia, sabendo muito bem que é minha, sem mencionar de onde a tirou».
Resposta a estes quatro pontos: 1.° não se apercebeu o Dr. Manuel Luciano da Silva ao fazer a primeira afirmação que devia desconfiar do estado do seu cérebro ou, alternativamente, de que estava a ser tolo?; 2.° Confesso: «os homens da Comissão» reúnem-se diariamente para estudar meios de «bloquear» o médico luso-americano; fico espantado, como estas coisas se sabem!; 3.° tenho, de facto, uma grande inveja das sensacionais descobertas de Manuel Luciano da Silva. Se lhe pudesse roubar uma... deitava-a no caixote do lixo!; 4.° aqui deu no vinte: nunca tive uma ideia original e isso acabrunha-me! contudo, agora, pensando nisso, concluo que antes assim, apesar de tudo, porque ainda não dei qualquer prova de insanidade mental com originalidades excêntricas; 5.° nova prova de incomensurável perspicácia: roubei ao Dr. Manuel Luciano da Silva, ou fiz roubar a fotografia da pedra de Dighton; não dos folhetos que vai publicando e onde a tem reproduzido com os retoques e riscos que lhe apetece; esses folhetos de cordel são de péssima qualidade e as fotos tão más como os folhetos. E foi então que estabeleci um minucioso plano para me apoderar do negativo de uma das fotos: aliciei um neto de Al Capone, que anda lá pelas Américas na penúria (até onde podem chegar os familiares de homens de renome!) e ele prontificou-se a assaltar a casa do médico luso-americano. Fê-lo exactamente «no dia 7 de Novembro de 1986, sexta-feira, quase à meia-noite»; o Dr. Manuel Luciano da Silva tinha acabado de descobrir na carta de Zuarte Pizzigano a prova irrefutável de os Portugueses terem chegado à América antes de 1424, usando nisso «os métodos da medicina», e entrara em transe; Al Capone bi-Jr. quando penetrou sub-repticiamente em sua casa e o viu, apanhou um grande susto; mas depois recompôs-se por notar que o nosso invejável «descobridor» passava por uma fase de total alheamento, normalíssimo em seguida à assombrosa conclusão indesmentível a que chegara; e o jovem ladrão subalterno surripiou-lhe o negativo, nas barbas dele! Usei-o, pois, fraudulentamente!*
Até onde podíamos ir nesta conversa? Mas se eu pudesse dar um conselho ao Dr. Manuel Luciano da Silva e ele me ouvisse, dizia-lhe que procurasse outro hobby; e se desconfiar da minha opinião, desinteressada e amiga, recomendava que confirmasse a validade do que sugiro, dirigindo-se a um colega da sua Clínica, onde os deve haver bons como ele é, para uma urgente consulta psicanalítica, com a promessa de contar «tudo direitinho pra ele» (como se diz no Brasil). Aposto singelo contra dobrado que, nesse caso, lhe vai ser prescrito consumir as energias excedentes do seu metabolismo a jogar o «golf», a pescar, a pintar, a caçar gambozinos ou em outra qualquer actividade assim inofensiva.
Dr. Manuel Luciano da Silva, mascarado de Infante D. Henrique na procissão do Senhor Santo Cristo, em Bristol, em 13 de Maio de 1990. Prova de que o conselho dado ao protagonista é mesmo a sério.
(Luís de Albuquerque, Dúvidas e Certezas na História dos Descobrimentos Portugueses, vol. I, Lisboa, Círculo de Leitores, imp. 1991, pp. 158-161.)
16 comentários:
Os pseudo-colombinos querem refutar os argumentos do Dr. Luciano. Não conseguem arranjar provas que contrariem a origem portuguesa de Cristóvan Cólon, vulgo Salvador Fernandes Zarco.
Todavia, os responsáveis da cultura em Portugal, ainda não se dispuseram por à consideração da tecnologia as provas mais que evidentes sobre o ADN do cromosma Y, que é igualzinho a todos ascendentes como descendentes.
Onde está a coragem da revelação desta prova?... Os lobys instalados em Portugal são um entrave ao conhecimento da verdade.
Por isso meu caro amigo, esqueça o Dr. Luciano.
Não estou aqui como seu defensor, nem seu advogado de defesa.
Sabe, contra factos não há argumentos.
A.M.
Até agora não há um só indício de que Cristóvão Colombo seja natural de Portugal, antes pelo contrário, todas as provas existentes negam essa possibilidade.
Parabéns, o Sr. num simples comentário conseguiu convencer toda a gente que Cristóvão Cólon, vulgo Salvador Fernandes Zarco, não é natural de Portugal.
Bem Haja.
A.M.
Obrigado.
Ainda bem que fui útil... e não foi preciso socorrer-me duma sopa de letras ou duma bordadeira.
O Sr. é daqueles que só acredita, vendo,claramente visto. Há muita gente assim.
Posto isto, chego à conclusão quando alguém diz não, você diz sim ou (talvez, provavelmente,)e quando esse alguém diz sim, imediatamente você diz não( talvez não, provavelmente não).
No dicionário deveria constar que brasileiro = indivíduo que sonha acordado, deve ser o seu caso.
A.M
Não deixa de ser curioso, os únicos que contrariam toda a trama envolvida com o navegador (Colombo, Cólon, Colón, Colom, Colõm, como lhe queiram chamar, são aqueles que têm ideias fixas.
O blog deve ser instrutivo, informativo, formativo e esclarecedor.
Infelizmente existem muitos papagaios por todo o lado.
O achincalhar, denegrir e gozar foi sempre apanágio de alguns. Sempre assim foi, e assim será.
Um dia a verdade virá à tona, é como o azeite dentro d'água.
Não vai ser fácil, enquanto houver muitos interesses instalados tanto no Brasil como em Portugal.
A ciência se encarregará de mandar para o lixo toda a suspeição.
Um blogue posto na Net, é para toda a gente ver, mesmo que os comentários sejam a favor.
De facto, o surpreendente, só publicam o que convém.
Este fenómeno é característico no Brasil e também em Portugal.
Por razões desconhecidas, quem tiver o atrevimento de criticar, automaticamente é iliminado.
Apetece dizer que não há qualquer democracia nem debate de ideias.
No entanto os titulares do blogue podem falar mal de todos os outros, não lhes acontece nada.
São os tais que ateiam o fogo, depois aparecem como bombeiros a salvar a humanidade.
O Sr. é um acérrimo defensor que Cólon ou Colombo é Genovês.
Já contactou o Professor Lorrent?
Pergunte-lhe se tiver coragem, onde se encontram as provas!
A,M.
O Sr. só publica aquilo que lhe convém e faz críticas abusivas das pessoas. Tenha paciência. Acorde para a realidade dos factos.
Peça mais uma vez ao Dr. Lorent,(universidade de Granada -Espanha) que o esclareça de uma vez por todas, porque o Sr. e os demais, não sabem a verdade histórica.
O Sr. Lorent tem a chave do Enigma Colombo.
A.M.
Como até agora os Srs. não tiveram a coragem de divulgar o que quer que seja sobre o Prof. Dr. Lorent da universidade de Granada, conclui-se que este Blogue não serve para nada.
Os Srs têm medo da Ciência ao serviço da comunidade.
Os pré- colombinos não falam disto porque não lhes convêm. Os vossos tachos ficariam seriamente ameaçados.
Assim sendo, nós por cá aguardaremos para breve a descoberta de toda a verdade.
A.M.
José Lorente
Cientista e professor na Universidade de Granada, lidera a
equipa que levou a cabo todas as análises de ADN
relacionadas com o descobridor das actuais Caraíbas - América Central.
Tenham a coragem de falar com o Dr. José Lorente e deixem de ser retrógados e malidicentes depois façam um exame de consciência.
A.M.
Para já aguarda-se a publicação em lugar próprio dos resultados do estudo referido.
Sejamos indulgentes, porque a indulgência atrai, acalma, corrige, enquanto o rigor desalenta, afasta e irrita.
Cada um de nós deve trabalhar para o progresso de todos, e sobretudo dos que estão sob a nossa tutela. É também uma razão para fazermos com moderação, com uma intenção útil, e não como geralmente se faz, pelo prazer de denegrir.
Neste último caso, a censura é uma maldade; no primeiro, é um dever que a caridade manda cumprir com todas as cautelas possíveis; e ainda assim, a censura que se faz a outro deve ser endereçada também a nós mesmos, para vermos se não a merecemos.
AM
Típico da cultura saloia portuguesa (e magrebina...); chamar a alguém de MALUCO para o desacreditar!
Falta de conhecimento da cultura dos USA ao desconhecer o que são as paradas desfiles mascarados, onde cada qual encarna uma personagem representativa!
Queira avaliar aqui ao ver este YouTube a excelente saúde física e mental do Dr. Luciano da Silva, reportagem da TV Americana;
http://www.youtube.com/watch?v=5gj7jcKYF1g&feature=channel_page
P. S.
Se tivesse lido o livro do Dr. Da Silva teria compreendido porque foi qualificado inapto para o serviço militar americano dos USA...
E já agora veja se tem coragem de publicar o comentário sobre as estatísticas Web que lhe enviei...
Com os meus melhores cumprimentos,
José Manuel de Oliveira.
Genebra Suíça.
"Típico da cultura saloia portuguesa (e magrebina...);"
Estes estrangeiros são racistas,senão xenófobos,que diabo!
Olhe lá, no seu país a cultura é mais fashion,não, e são muito nórdicos, copinhos de leite de olho azul desmaiado e ar de escalope congelado, não é?
J.Amaral
Os resultados das análises do ADN:
"Ni catalán, ni mallorquín, ni genovés!"
http://www.andaluciainvestiga.com/espanol/noticias/4/3738.asp
a.pizarro
Repito a resposta que já dei anteriormente: «Para já aguarda-se a publicação em lugar próprio dos resultados do estudo referido.»
E um jornal não é o lugar próprio, aliás essa afirmação não é do investigador responsável pelo projecto.
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