domingo, 1 de novembro de 2009

Cristóvão Colombo – Despacho dos Reis Católicos para o Dr. "Ruy Gonzales de Puebla"

(Henrique VII de Inglaterra)



HARRISSE, Henry
Jean et Sébastien Cabot, leur origine e leur voyages, Étude D'Histoire Critique, suivre d'une, Cartographie, d'une Bibliographie, et d'une Chronologie des Voyages au Nord-Ouest, de 1497 à 1530, D'Aprés des Documents Inédits, Paris, Ernest Leroux Éditeur, 28, Rue Bonaparte, 28, M.D.CCC.LXXXII , pp. 57, 58, 316 e 330.



37

«Le 21 janvier 1496, Ruy Gonzalès de Puebla mande
de Londres à ses souverains, qu'il est venu «un indi-
vidu comme Colomb
proposer au roi d'Angleterre
une entreprise semblable à celle des Indes (1) .»

Le 28 mars suivant, Ferdinand et Isabelle lui
répondent d'informer Henry Vil, qu'il est libre d'ac-
cepter ce projet, mais de prendre garde, car une entre-
prise de cette nature ne peut être mise à exécution
sans porter préjudice à l'Espagnne et au Portugal.

Le langage de la dépêche indique que ce projet
était alors une nouveauté à la cour d'Angleterre. Si
Cabot avait déjà fait un voyage, comme Colomb, à la
recherche du Cathay, et avait découvert depuis deux
ans des pays qu'on croyait être le royaume du Grand
Khan (2), ou y conduire, l'ambassadeur n'aurait pas
attaché d'importance à des projets désormais sans
portée, et les Rois Catholiques se seraient abstenus
d'en faire l'objet d'une communication diplomatique
aussi significative.

Avant que ces remontrances amicales, mais inté-
ressées, pussent arriver en Angleterre, Henry VII
s'était décidé à accepter les offres de Cabot. Le 5 mars
1496, il lui octroya, ainsi qu'à ses trois fils, des lettres-
patentes, à l'effet de naviguer «à l'est, à l'ouest et au
____________

(1). Supra, p. 14.
(2). «Che el paexe del Gram Cam», écrit Pasqualigo en 1498.
//



38

// nord, avec cinq navires portant pavillon anglais, pour
chercher et découvrir toutes îles, contrées, régions ou
provinces de païens dans n'importe quelle partie du
monde.»

(...) //

315

// (...)



V

DÉPÊCHE DES ROIS-CATHOLIQUES A RUY GONZALES DE PUEBLA,
LEUR AMBASSADEUR A LONDRES.

1496
28 mars.

«Quanto a lo que desis que alla es yda uno como colon para
poner al Rey de ynglaterra en otro negocio como el de las yndias
syn perjuysio de españa ni de portogal sy asy le acude a el como
a nosotros lo de las yndias bien librado estara crehemos que esto
sera echadiso del Rey de françia por poner en esto al Rey de
ynglaterra para le apartar de otros negocios mirad que procureis
que en esto ny enlo semejante no Resciba engaño el Rey de
ynglaterra que por quantas partes pudieren trabajaran los franceses
de gelo hazer y estas cosas semejantes son cosas muy ynçiertas
y tales que para agora no conviene entender en ellas. y tanbien
mirad que aquellas (2). ... no se puede entender en esto syn
perjuisio nuestro o del Rey de portogal.»
___________

(2). Lacune dans l'original.
//


316

// Tortosa, à 28 de Marzo de 1496.»
(Simancas, Estado; Capitulaciones con Inglaterra
, Leg.. 2°
fol. 16. (1))


________

(1). Nous devons ce texte à l'obligeance de notre ami, M. le génèral
Fairchild, ministre plénipotentiaire des États-Unis à Madrid, qui l'a obtenu
du Señor Don Francisco Dias, directeur des archives de Simancas, et à celle
de M. Alfred Kingston, du Public Record Office, qui a bien voulu le copier
sur le texte recueilli par Bergenroth. Il a été publié en anglais dans les
Calendars de ce dernier, t. I, p. 89.»


______________



Versão em inglês:

Bergenroth, G. A., Calendar of State Papers, Spain, Volume 1, 1485-1509 (1862), pp. 87-89


«Columbus.

"You write that a person like Columbus has come to England for the purpose of persuading the King to enter into an undertaking similar to that of the Indies, without prejudice to Spain and Portugal. He is quite at liberty. But we believe that this undertaking was thrown in the way of the King of England by the King of France, with the premeditated intention of distracting him from his other business. Take care that the King of England be not deceived in this or in any other matter. The French will try as hard as they can to lead him into such undertakings, but they are very uncertain enterprises, and must not be gone into at present. Besides they cannot be executed without prejudice to us and to the King of Portugal."
»



Cfr.: British History Online
______________

Ver também:

Biggar, Henry Percival; The Precursors of Jacques Cartier, 1497 - 1534, pp. 10-11.
Desimoni, Cornelio; Intorno a Giovanni Caboto Genovese, Genova, 1881, pp. 50.
Tarducci, Francesco; John and Sebastian Cabot, Detroit, 1893, pp. 322-3.
Raccolta di Documenti e Studi pubblicati dalla Reale Commissione Colombiana, parte V, vol. II,
Roma, 1894, p. 217.
Weare, G.E.; Cabot's Discovery of North America, London, 1897, pp. 110-111.

«
Sources
Department of Historical Studies, University of Bristol
»



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Imagens:

John Cabot in traditional Venetian garb by Giustino Menescardi (1762).
A mural painting in the 'Sala dello Scudo' in the Palazzo Ducale, Venice.


The Matthew, John Cabot’s ship, 1497

Henry VII

Richmond Palace, as built by Henry VII

Robert Ricart's Chronicle of Bristol: Entry for Civic Years,
15 September 1496 - 14 September 1498


Letters patent given to Cabot, 1496

«'Cabot Roll': 1496-99
Facsimile of account: 1498-99
»



Eduardo Albuquerque

9 comentários:

Anónimo disse...

Se este tipo de projecto era uma novidade para a Corte de Inglaterra, como concluiu Harrisse, então isso permite-nos deduzir que nunca foi apresentado tal projecto em Inglaterra, antes de 1496. O que fazemos então com o teor da carta que CC escreveu aos Reis Católicos, afirmando que os Reis de Portugal, França e Inglaterra estavam interessados no seu projecto, mas ele preferia concretizá-lo com Castela ?
Adamastor

Anónimo disse...

Caro Adamastor,
Não vale a pena fazer perguntas aqui. Estes historiadores não têm outra visão a não ser provar que a história anterior ao Manuel Rosa estava correcta e que este autor está errado.
Por isso qualquer coisa que esteja fora do lugar não lhes importa. Se foi escrito na época, então é verdade. Não existe neste grupo pensamento critico. Nem lhes importa conhecer os detalhes desta história. Só lhes interessa provar duas palavras «Colombo» e «genovês» a vermelho e nada mais. Mas o contrário está a acontecer. Quantos mais textos eles metem aqui mais se consegue ver a fragilidade da história que eles pretendem apoiar.
Filipe

Cristóvão Colon disse...

Meus Caros,

1- "uno como colon para poner al Rey de ynglaterra"
2- "un individu comme Colomb proposer au roi d'Angleterre"
3- "a person like Columbus has come to England"

Motem bem que estas três frases não dizem a mesma coisa. Para o número 2 e 3 estarem correctos o texto original espanhol deveria ler:
"uno como palomo para poner al Rey de ynglaterra"

Não se deve copiar os erros dos outros cegamente sem comentar sobre eles para que os leitores não sejam enganados de novo.

Talvez melhor seria inferir a mensagem que a carta do Rei Fernando de Aragão transmitia:
"crehemos que esto sera echadiso del Rey de françia por poner en esto al Rey de ynglaterra para le apartar de otros negocios" como el rey D. Juan de Portugal hiso con Colon contra nosotros.
"sy asy le acude a el como a nosotros lo de las yndias bien librado estara" el pobre rey de Inglaterra.
"mirad que procureis que en esto no Resciba engaño el Rey de ynglaterra que por quantas partes pudieren trabajaran los franceses de gelo hazer y estas cosas semejantes son cosas muy ynçiertas"
-Manuel Rosa

Anónimo disse...

Força tem o Segismundo Henrques, lituano, alemão, bósnio, servo-croata, tudo menos português

Cristóvão Colon disse...

"Anónimo disse...
Força tem o Segismundo Henrques, lituano, alemão, bósnio, servo-croata, tudo menos português."

O caro anónimo sabe onde nasceu o Segismundo Henriques e que nacionalidade era a sua mãe?
Acho que por todas as leis conhecidas Segismundo Henriques era até mais Português do que foi D. Pedro V, rei de Portugal e todos seus irmãos. Porque a mãe destes príncipes nasceu em Brasil e o pai deles era um Príncipe de Vienna tão estrangeiro em Portugal como era Ladislau III.
Pelo menos a mãe de Segismundo nasceu no Algarve.
E não importa que Segismundo tivesse até nascido na Polónia ou em Marte se as dicas apontam nessa direcção é nessa direcção que persigo.
-Manuel

Anónimo disse...

E o Cerne da questão Ilustres?

Onde está o Tratado de Tordesilhas, ratificado por DOM JOÂO II?

E porque foi escrita uma nova cópia para os Reis Católicos ratificarem em Arévalo.
A Cópia original não servia?
E onde estam as assinaturas dos Embaixadores na Ratificação de Arévalo?
E o Selo dos Reis Católicos?
Caiu, foi?
Se calhar descolou-se com a humidade.....
E porque deixa subitamente de fazer sentido o texto do Tratado de Tordesilhas, nas últimas folhas?
E porque não estão estas rubricadas?
E porque há assinaturas ilegíveis'
E como é que se perdeu um Embaixador de Castela, destacado para assinar o Tratado, mas que nunca assina nada?
E onde está a maior parte dos Fólios da Cópia do Arquivo das Índias?

Estas são apenas algumas das questões suscitadas por um Tratado sobre o qual correram rios e rios de Tinta.

Mas que parece que afinal, nunca ninguém se incomodou a Lêr.

Airmid

Anónimo disse...

Ó Manuel Rosa deixe-se da parlapatices!
D. Maria II era portuguesa, nascida em Portugal e filha da pai português! Ou esquece que Portugal só reconheceu a independência do Brasil em 29 de Agosto de 1825? Para nós, portugueses, ao abrigo do Direito Internacional Público, todo o cidadão nascido no Brasil até essa data é cidadão português.
Os filhos de D. Maria II nasceram em Portugal, filhos de mãe portuguesa e, por isso, são portugueses.

Cpts

Maria Benedita

Anónimo disse...

Drª Maria Benedita

Filha de um traidor, comprado pela Maçonaria Internacional, que pegou em armas contra Portugal e o seu Rei Legítimo, para que o Brasil, fosse vendido à Jacobinagem.
Um nojo!

Airmid

Anónimo disse...

Airmid

A questão colocada é se D. Maria II era portuguesa. Ora nasceu em Portugal, filha de pai português, regem as Ordenações Filipinas, é portuguesa.
Se não gosta dela e, pelos vistos, menos ainda, de D. Pedro IV, é questão que apenas a si lhe diz respeito. Os seus gostos pessoais ainda não revogam a norma jurídica aplicável! E, assim sendo, tem mais dois compatriotas de que não gosta e, mais grave ainda, deixaram descendência!!!
Sentidos pêsames

Maria Benedita