«Colombo e a Política de Sigilo na Historiografia Portuguesa», Mare Liberum. Revista de História dos Mares, n.º 1, Dezembro de 1990, pp. 105-116.
O texto que em baixo se segue foi retirado e expurgado das gralhas mais evidentes resultantes de leitura óptica da revista Mare Liberum [Revista de História dos Mares], n.º 1-13, Ophir, Biblioteca Virtual dos Descobrimentos Portugueses [em CD-R], s. l., CNCDP, [1999].
Para facilidade de acomodação neste espaço, o artigo vai repartido em cinco partes, sendo a última a correspondente às notas.
As ilustrações apresentadas são da responsabilidade do editor do artigo.
Para facilidade de acomodação neste espaço, o artigo vai repartido em cinco partes, sendo a última a correspondente às notas.
As ilustrações apresentadas são da responsabilidade do editor do artigo.
1. Os descobrimentos portugueses e a política de sigilo: história breve de um conceito
2. Jaime Cortesão e o sigilo como teoria historiográfica
3. A crítica da política de sigilo
4. Colombo em Portugal e a política de sigilo
Notas
2. Jaime Cortesão e o sigilo como teoria historiográfica
3. A crítica da política de sigilo
4. Colombo em Portugal e a política de sigilo
Notas
(Foto retirada de Revista da Armada)
21 comentários:
Caros compatriotas, Camaradas,
Para quem goste de Portugal e de ler em francês recomendo a leitura de ;
De la part prise par les Portugais dans la découverte l'Amérique, lettre au Congrès Internacional des Americanistes (première session - Nancy - 1875) (1876).
Author: Cordeiro, Luciano, 1844-1900
Subject: Discoveries in geography -- Portuguese; America -- Discovery and exploration
Publisher: Lisbonne : Pacheco & Carmo ; Paris : Veuve J.P. Aillaud, Guillard
Possible copyright status: NOT_IN_COPYRIGHT
Language: French
Call number: srlf_ucla:LAGE-1040149
Digitizing sponsor: MSN
Book contributor: University of California Libraries
Collection: americana; cdl
http://www.archive.org/download/delpartpriseparl00cordiala/delpartpriseparl00cordiala.pdf
... (Luciano Baptista Cordeiro de Sousa, Fundador da Sociedade de Geografia
Notabilizou-se pela defesa dos interesses de Portugal em África, tendo ficado célebre a sua actuação quer no Congrès Internacional des Americanistes, que se realizou em Paris em 1878, quer na Conferência de Berlim em 1884)
____________________________________________________________________________
Para quem em Portugal seja contra a possessão de colonias da parte dos Estados Europeus,
recomendo de consultar um Atlas geográfico politico, para verem bem as possessões actuais da República Francesa,
até as ilhas no Canada que eram portuguesas guardaram e detêm actualmente, sem esquecer a Guyane.
Cumprimentos,
José Manuel CH-GE
F. C. Domingues escreveu no texto abaixo publicado:
Algumas das figuras cimeiras que se lhe [Visconde de Santarém] seguiram repisaram em boa parte idêntico caminho: os estudos eruditos e a multiplicação de edições de fontes mal conhecidas ou até ignoradas, se por um lado concorreram para um efectivo aprofundamento das temáticas em estudo, não deixaram, noutro sentido, de revelar, por vezes à evidência, o quanto o discurso historiográfico pendia a deixar-se dominar por circunstâncias temporais que explicavam a necessidade de enfatizar o papel dos Portugueses no processo na expansão europeia.Tão importante como Oliveira Martins na História da Historiografia Portuguesa é Luciano Cordeiro, mas, tal como o primeiro, é um autor que se insere na reacção nacional às pretensões dos outros países europeus sobre África. A Portugal, na falta dos meios económicos, materiais e humanos para defender as suas pretensões, só resta tentar fazer valer abstractos valores morais como primazia do descobrimento – o mesmo princípio invocado desde o início da expansão e que sistematicamente viu recusado por quantos tivessem força e vontade superiores.
Neste contexto, e estando-se nos primórdios do estudo da Expansão Portuguesa, sem haver ainda grandes reflexões epistemológicas que os enquadrassem, procura-se demonstrar urbi et orbi a primazia dos portugueses no conhecimento do mundo pelos europeus. A motivação nacionalista alia-se assim ao normal desenvolvimento que então se verificava no conhecimento histórico, influenciando-se mutuamente. É assim que hoje tem de ser lido e entendido.
Não deixa, contudo, de ser interessante constatar que mais de cem anos depois ainda haja quem não tenha conseguido ultrapassar esse paradigma historiográfico.
"Como Portuguesa e Historiadora, muito obrigado ao Manuel Rosa. O trabalho que aqui demonstra devia ter sido feito pelas nossas Universidades. Acontece que as nossas Universidades são conservadoras e para perseguimento de carreiras os mais novos são seguidistas dos mais velhos.
Vai dar muito trabalho aos historiadores daqui para a frente continuarem a afirmar que era um tecelão genovês sem demostrarem má fé ou ignorância." Muito bem dito pela Dra. Fina D´Armada na sua apresentação feita no Porto e ainda mais pode ser visto no blogue deste autor
http://colombo-o-novo.blogspot.com/
Amadastor
Estas afirmações só podem provir de quem não está na posse de toda a informação relevante e desse modo se deixa levar.
Ó Adamastor
E não será que Colombo era, afinal, um OVNI? É que Fina d'Armada em OVNIS e Nostrdamus não há quem a bata. Será que o morto-vivo de Beja virou OVNI? É que ele era homem para isso e muito mais!
Cpts
Maria Benedita
Caríssima Maria Benedita,
Está a dar ideias ao outro lado e com isso arrisca esvaziar o projecto que eu e uns amigos temos para quando nos reformarmos: aprofundarmos as origens ET de Cristóvão Colombo.
Um abraço
Uma pergunta de "Adamastor" (que não é o "Amadastor" do comentário de sexta feira, 8 de Maio)para JCSJ:
-Qual é essa informação relevante da qual Fina d'Armada não está na posse e desse modo se deixa levar?
ADAMASTOR
Este artigo é, na minha opinião, o melhor texto publicado até à data neste blog. Estão de parabéns o J.C.S.J. e o Prof. Francisco Contente Domingues. Interessantíssimo. Tentarei comentar numa segunda leitura.
Adamastor,
Por estes lados vale mais crer em aparições super milagrosas de personagens bíblicas do que encontrar uma explicação no fenomeno OVNI já testemunhado por muitos cidadões do mundo e inclusive por autoridades governamentais (despachos dos governos do México,Bélgica,EUA)...
É a logica do blog.
OVFA
Adamastor, que não Velum
Fina d'Armada louva M.R. pela investigação genealógica feita aos Monizs de Filipa. Não foi M.R. quem a fez, apenas copiou, e, em certa medida, mal.Na genealogia de Filipa Moniz, Manuel Rosa não só nada fez senão copiar como ainda se atreve , perante documentos coevos comprovativos colocados no Fórum do Genea pelo Dr. Miguel Côrte-Real, negar que Isabel Moniz era filha de Gil Aires, escrivão da puridade de Nuno Álvares Pereira.
As palavras de Fina d'Armada são extremamente infelizes, a todo o nível. Manuel Rosa entrou em 2005 no Fórum sem perceber patavina da genealogia de Filipa Moniz, a ponto de querer entroncar estes Monizes nos de Egas Moniz ( patronímico)!
A genealogia de Filipa Moniz está feita há séculos, Manuel Rosa nada aí acrescentou, só copiou. Essa de durante a monarquia , até ao século vinte, a nobreza não se ligar a outras classes sociais é puro delírio, enfim, não é brilhante. E após isto ataca os sempre atacados académicos e universitários! Enfim, eles qualquer dia respondem mesmo, como aconteceu no caso de Barreto que queria protagonimo e saíu demolido. Depois ainda virão alguns dizer que coitadinho do Rosa que lhe aconteceu o mesmo que ao Barreto!!!
Cpts
Maria Benedita
Anónimo de 4 Maio 4.09,
Parece-me – e espero para bem da historiografia não estar enganado – que Fina d’Armada, e já agora, porque não, Veríssimo Serrão, não estão na posse de toda a informação relevante, i. e., não estudaram as fontes, nem reflectiram sobre os excelentes estudos publicados sobre Cristóvão Colombo.
Em vez disso, acreditaram de boa-fé nas historietas de Mascarenhas Barreto e, sobretudo, na quase centenária versão sincrética recauchutada de Manuel Rosa, tomando por certas as afirmações destes sem as comprovarem nas fontes, julgando ingenuamente que esses agiam com a seriedade intelectual que caracteriza os historiadores quando afirmam sem referenciar as fontes ou sem demonstrar os seus raciocínios.
Nada do que Manuel Rosa escreve no seu mais recente livro é novo, e tudo já o havia dito nos sítios do costume, nos mesmos sítios onde prontamente foi contraditado com documentos e argumentos racionais por aqueles que graciosamente ainda tentam manter alguma sanidade mental neste delírio cada vez mais surrealista.
J. C. S. J. disse...
«Nada do que Manuel Rosa escreve no seu mais recente livro é novo,....»
Eu por um estou confuso. O caro anónimo leu o novo livro ou está de novo a especular/presumir/inventar?
Não acha que a prova da Santa Maria nunca ter-se perdido no mar é novo?
Que a prova que Colon entoru no tejo de propósito é novo?
Que as armas e linhagem do George le Grec é novo?
AlémTejo
Aquilo a que o M.R. chama "provas" são meras especulações, boas para deitar no caixote do lixo.
A hipótese de Colombo ter entrado de propósito no Tejo é quase centenária!!!
Cpts
Maria Benedita
Maria Benedita,
Eu provei que a rota dia por dia desde os Açores até o Tejo foi feita intencionalmente e não por causa de alguma "tempestade" inventdada na última da hora.
Mas para si "Aquilo a que o M.R. chama "provas" são meras especulações..."
E aquilo que aqui se especula contra todos factos é que são as provas? É assim?
-Manuel Rosa
Ao J.C.S.J. considera se estas duas ideias são ou não contraditórias?
"2. Não fazia igualmente sentido preservar o segredo das Índias depois das bulas de Nicolau V e Calisto III reconhecerem o monopólio material e espiritual sobre todas as regiões descobertas até às «Índias» a favor dos Portugueses."
e
"É indubitável que D. João II soube anular a interferência da arbitragem parcial de Alexandre VI..."
See os Papas eram a autoridade máxima (como se tenta dizer) que com suas palavras protegiam o direito de um reino a um qualquer território como é que não serviu para porteger Castela contra D. João II?
-Manuel Rosa
Manuel Rosa,
Pretende baralhar para dar de novo?
Socorre-se da falácia para fazer valer que posição?
Não há qualquer contradição nos dois termos citados, já a pergunta que faz parece-me apontar para um corolário que não alcanço.
O que eu estou tentando apontar é que isto "Não fazia igualmente sentido preservar o segredo das Índias depois das bulas de Nicolau V e Calisto III reconhecerem o monopólio material e espiritual sobre todas as regiões descobertas até às «Índias» a favor dos Portugueses."
Não é correcto.
Faria todo o sentido manter o segredo porque os Papas não poderiam proteger nenhum território contra qualquer invasão ou conquista de um reino mais poderoso contra um reino fraco.
Se os Papas tivessem esse poder jamais teria havida uma guerra entre reinos de cristãos.
Portugal entendia muito bem que em força de exército eram nada comparados com as vastas terras que descobriam e que sem se poder apoderar dessas terras o segredo era a única forma de manter o controlo.
Portugal era tão fraco que nem em Marrocos conseguia mais que manter umas poucas praças fortes sem poder conquistar terra adentro.
Se não fosse o segredo em volta das descobertas, Portugal nem sequer a Madeira e Açores teria conseguido para si e teria perdido-as para Inglaterra e Espanha se tivesse mandado notícias pelo mundo fora de onde estavam essas ilhas antes de as povoar mesmo se o Papa tivesse passado mil Bulas dando-as a Portugal, se outro reino lá se instalasse Portugal ficaria fora do território.
Entendeu agora porque é que a teoria de que os Papas poderiam proteger um reino contra invadores e inimigos é uma falsa premissa?
-Manuel Rosa
Mais uma vez está a operar com falsas premissas e a socorrer-se da falácia do espantalho.
Confunde o reconhecimento do direito com o garante do direito - são coisas diferentes.
O garante do direito foram sempre os poderes(reais ou potenciais) que Portugal conseguiu mobilizar nos momentos que em quis adquirir ou manter os seus domínios. Umas vezes conseguiu, outras não.
O segredo, entendido como posse de informação exclusiva, é um desses poderes - ninguém o nega - e como tal foi usado como e quando servia o interesse momentâneo da Coroa.
Soube que uma tal M. Benedita me quis ultrajar quando escreveu que Colombo era um Ovni e que em Ovnis e Nostradamus não havia quem me batesse. Eu fui fazer a apresentação dum livro sobre Colombo, no Ateneu do Porto, onde não vi a Srª, e por que razão os Ovnis e Nostradamus foram para ali chamados? Se quis ser engraçadinha, arranje emprego num circo. Eu pedi-lhe opinião, porventura? Então por que se mete comigo se eu nunca me meti consigo? Pretendia desacreditar-me? Lançar-me a mim e ao Rosa à fogueira, como se fazia outrora a quem tinha ideias novas? O diálogo entre nós é impossível, porque eu vivo num século e V. vive noutro. No meu século, já se vai entendendo Nostradamus e a tese dum Colombo português. No seu, tecelões casam com donas e o Sol é um malandrinho que sai do seu lugar, vem fazer piruetas sobre Fátima e regressa sem nenhum observatório astronómico o apanhar nem se desfazer a vida na Terra. Quem acha isso impossível e vai aos arquivos ver o que se passou, deve ir para a fogueira e ser proibido de falar até em Colombo. Portanto, esqueça-me. Deixe-me em paz com os meus “erros” e viva feliz com as suas “verdades”.
Ó Sra Dra (?)( ?)
Não se amofine, eu, decididamente, não quiz ultrajá-la.É que entre hipóteses de um Salvador Fernandes/Henriques/Gonçalves Zarco sem qualquer documentozito que prove a sua passagem por este mundo de Deus e um D. Diogo ressuscitado, porque não um homenzinho verdinho que é a cor da relva e do Sporting?
Mas espanta-me que se sinta ultrajada com a hipótese que puz de um colombino OVNI! É que se deveria sentir ultrajada, isso sim, por eu lhe dizer que, ao invés do que afirmou, a genealogia de Filipa Miniz tinha barbas e o M.R. apenas a copiou e mal!!!
E, já agora, essa da Rosa para a fogueira também tem´barbas!
http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=139921#lista
Melhores cumprimentos
Maria Benedita
Samuel Morison contrariou o sigilo quanto à América mas no seu entender "Havia razão para tal procedimento relativamente às fontes de ouro e escravos da Guiné..." (As viagens portuguesas à América)
Sónia Brochado
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