El Rey D. João 3.º/
Carta de Gaspar Palha p(ar)a El Rey/
em que lhe dava conta de alguns contratos/
que se ajustarão e de huma carta de El /
que alli tinha chegado p(ar)a fazer pazes João/
da Silveira com Leom Pancado/
de Paris a 1 de mayo de 1531/
[Torre do Tombo, Corpo Cronológico,] Parte 1.ª/
Mac 46 Doc 84 N. Suc 5926 //
Carta de Gaspar Palha p(ar)a El Rey/
em que lhe dava conta de alguns contratos/
que se ajustarão e de huma carta de El /
que alli tinha chegado p(ar)a fazer pazes João/
da Silveira com Leom Pancado/
de Paris a 1 de mayo de 1531/
[Torre do Tombo, Corpo Cronológico,] Parte 1.ª/
Mac 46 Doc 84 N. Suc 5926 //
(D. João III)
// s(enh) or /
depois de duarte coelho partydo daquy p(er) que(m) escrivy a Vosa .A. ho/
que a nese tempo de suas cousas sabya sobreveyo nesta corte hu(m)/
neguoçyo e(m) q(ue) de todo me no(m) soube dar o co(n)selho se do q(ue) nyso/
fyz Vosa A. se ouver por deservydo, e ho caso he este que hu(m) lleom/
pamcado pylloto naturall de saona co(m) que(m) joam da syllveyra ha/
semtou aguora a dous anos partydo como Vosa .A. sabera veyo a esta/
corte que foy chamado segu(n)do tenho e(n)tendydo p(er) p(esso)as que nella m(ui)to/
podem eu soube sua vymda amtes tres ou quatro dyas que elle/
vyese e foy desta maneyra q(ue) este mjçer p(edr)o portador da prese(n)te/
cheguou aquy co(m) hu(m)a carta de Jaquome Requermo hu(m) mercador outro/
sy saones emdereçada a jo(am) da syllveyra eu fuy avjsado de como/
elle aquy era co(m) esta carta e me vy lloguo co(m) elle e me deu co(n)ta/
como este lleom pamcado era chamado desta corte e partydo de saona/
e que Jaquome Requermo p(e)la vo(n)tade q(ue) tynha de servyr Vosa .A. /
mamdava aq(ue)la carta a jo(am) da syllveyra cuydando q(ue) estava ajnda aquy/
e(m) que lhe dava co(n)ta de como este p(er)a qua era partydo q(ue) traba/
lhase de saber co(m) elle e saber de que(m) era chamado e ho p(er)a q(ue) era vy(n)do/
eu abry a carta e vy que dezya ho mesmo e asy como elle ho detevera/
com pallavras e co(m) lhe dar allgu(m)a cousa de seu ate guora q(ue) era p(ar)a/
saber depois do t(em)po que elle prometeo esperar mays de oyto me/
ses que aguora no(m) no podera mais ter como Vosa A. vera p(e)la mesma/
carta lhe dara(m) co(m) esta e co(m) outra q(ue) ho Jaquome Requermo aquy ma(n)dou/
q(ue) vynha de Roma p(er)a se chamar e(m) Saona este leom pamcado e foy/
ter a sua maão e a no(m) quys dar e ma(n)dava a jo(am) da sylv(ey)ra p(er)a q(ue) p(e)lo/
nome conheçese que(m) era aq(u)ele que aquyllo tratava o quall segu(n)do dyz/
a carta he ao momseor de momte-bru(m) q(ue) e vlasallo del Rey de framça e /
naturall da provynçya da gasconha segu(n)do achey por mynhas e(n)/
formações;//
(Francisco I)
// eu s(enh)or quando Isto asy vy emformey me d’onorato de caes q(ue) foy ho prmeyro/
co(m) q(u)em este myçer p(edr)o foy ter e ho endreçou amy(m) de que(m) era este jaqoume/
Requermo e se era p(esso)a a que se podya dar credyto elle me dyse q(ue) ho co/
nhecya por muy grande s(er)vydor de Vosa.A. e home(m) he(m) q(u)em lyvrem(en)te podya crer/
emtam hofereçy a este a pousada domde todollos dyas vynha comer e lhe/
roguey q(ue) porqua(n)to eu no(m) conheçya a este lleom pamcado que elle trabalha/
se tamto q(ue) elle aquy fose p(e)lo topar e mo fazer saber elle ho fez/
co(m) tam boõa vomtade q(ue) ao segu(n)do dya q(ue) ho pamcado aquy cheguou ho/
topou e me fez saber eu s(enh)or como neste caso no(m) sabya muy bem a vo(n)ta /
de de Vosa .A. e nom na sabendo estava e(m) ta(n)ta duvyda de saber ho que fa/
rya como aguora estou de saber ho q(ue) tenho feyto detremyney emtam de me/
aco(n)selhar nyso co(m) h’onorato asy por eu co(n)fyar delle ser e(m) tudo s(er)vydor/
de Vosa.A. como tambem por ver q(ue) elle me fallava neste neguoçyo/
como home(m) q(ue) ho sabya e co(m) Vosa.A. nyso pratycara pratycamdo nos ha/
maneyra co(m) que se Isto mylhor podya obrar elle me dyse q(ue) elle /
lhe no(m) ousarya fallar por q(ue) era cousa p(er) honde corerya m(ui)to rysquo/
mas q(ue) todavya elle lhe fallarya a maneyra de co(n)selho e verya ho q(ue)/
nelle achava e asy ho fez e achou ho tam ryjo q(ue) a n(e)hu(m)a cousa de/
co(n)creto co(m) Vosa .A. ho pode dobrar dyzendo lhe q(ue) elle fora e(n)ganado/
e q(ue) ho no(m) querya ser outravez q(ue) ja de portugall ho no(m) e(n)ganaryam/
mais e q(ue) lhe no(m) fallase e(m) partydo co(m) Vosa .A. porq(ue) elle era che/
gado a t(em)po q(ue) tynha dyso pouca neçesydade, qua(n)do h’onorato Isto/
vyo me dyse q(ue) elle esperava q(ue) este fyzese pouqua v(ir)tude mas/
q(ue) elle tynha hu(m) grande seu amyguo e p(esso)a q(ue) desejava servyr Vosa .A./
q(ue) ha hu(m) gynoes per nome Jo(am) marya q(ue) ja em portugall esteve hua/
vez ou duas e q(ue) este conheçya ao pamcado e era seu amyguo q(ue)/
serya boo(m) bom llamçarlho e ver se por co(n)selho ho pody(a) chegar/
allgu(m)a cousa eu me no(m) pareçeo bem saber se Isto de tamtos e po /
ren elle me aprovou este por tam bom homem he servydor de/
Vosa .A. que co(n)senty e(m) q(ue) ho fyzese e elhe fallou e amdou/
apos elle çertos djas cometendo lhe q(ue) se fose co(m) ele a portugall/
e q(ue) elle lhe farya a despesa e se hobrygarya a q(ue) Vosa .A. lhe/
co(m)p(ri)se ho co(n)trato q(ue) co(m) Jo(am) da syllveyra tynha feyto e em çyma/
lhe fyzese mais m(er)çe e q(ue) no(m) lho querendo co(m)prir lhe dava/
nesta vylla fyança de duzentos escudos os quaes se obrygava lhe/
pagar jndo elle lla e torna(n)dose se(m) Vosa .A. lhe fazer m(er)çe fynall/
me(n)te q(ue) nu(n)ca ho pode hu(m) ne(m) ho out(r)o mover e co(m) derradeyro co(n)/
çerto e(m) que se pos foy q(ue) se lhe desem lloguo dous myll cruzados/
q(ue) elle se tormarya e estarya p(e)lo co(n)çerto q(ue) co(m) Joam da syllveyra/
fyzera ou lhe desem lloguo duzentos e q(ue) p(e)los mais espara/
rya daquy a dous meses no mais e q(ue) no lhes dando q(ue) os duze(n)/
tos fyquasem p(er)a elle//. //
(Assinatura de Leão Pancaldo)
// eu pr(e)guntey neste caso a’onorato q(ue) lhe parecya elle me dyse q(ue)/
a cousa lhe parecya tam mall q(ue) p(e)lo q(ue) elle conhecya deste e da jente/
desta t(e)rra q(ue) se elle tyvera dous myll escudos q(ue) elle lhos dera sem/
mais comysam de Vosa allteza por q(ue) sabya q(ue) nyso lhe fazya m(ui)to /
s(er)vyço e q(ue) elle me aco(n)selhava q(ue) trabalhase nyso ho q(ue) eu podese por/
ver se podya nyso acabar allgu(m)a cousa eu s(enh)or me começey e(n)tam de/
Jmqueryr de como este homem aquy vyera ho caso q(ue) delle se fazya he ha/
chey q(ue) elle foy chamado no(m) dell Rey mas doutos homens deste Reyno os/
quais queryam co(m) elle fazer vyajem a Indja dos quais era hu(m) delles este/
monseor de mo(n)tebrya(m) e ho outro ho monseor de moy q(ue) aquy foy fery/
do nas justas de quem ja escreby a Vosa allteza e na co(n)panhya des/
tes e doutros emtrava tambem ho duque dallbanya q(ue) he s(enh)or auso/
lluto e grande servydor dell Rey de fra(n)ça ho pr(e)meyro home(m) co(m) quem/
este fallou vyndo a esta corte foy co(m) este mo(n)seor de moy ho quall/
(Paris)
dyz q(ue) se mostrou muy llado co(m) sua vynda e soube de myçer p(edr)o portador/
desta que este mo(n)seor de moy dera hu(m) escrito a este pancado p(er)a /
ho gram mestre lhe ma(n)dar dar çem escudos Isto me no(n) pareçeo bem/
nesta llyga sospeytey eu p(er) allgu(m)as cousas q(ue) senty q(ue) emtrava/
tambem ho allmyrante e emtraha ssy bem ho bysconde de dyepa/
sobyo este caso amays por q(ue) tanto q(ue) elle nesta corte foy ho fyzera(m)/
lloguo saber ell Rey e no(n) se fallou he(m) jamtar a sua mesa em out(r)a/
cousa sena(m) neste pylloto e ate dyzer ell Rey q(ue) elle fallara ja co (...?)/
e(m) outro tempo e q(ue) nu(n)ca vyra home(m) tam esperto nem sabedor nas /
cousas da Jndya andam aquy duzentos s(enho)res e fydallguos ytallyan[os]/
e outros q(ue) no(m) andam sena(m) bastando maneyra de se co(n)graçar co(m)/
ell Rey amtre os quais he hu(m) ho marques de salduçia q(ue) he p(esso)a aque(m) el Rey/
tem ma vomtade e elle deseja de lha ter mylhor como este vyo q(ue) el Rey/
(Francisco I)
estava tam cheyo deste home(m) como na de trabalhar de saber co(m) elle /
e se vyo e lho hofereçeo q(ue) el Rey lhe farya grandes partydos e q(ue)/
elle lhe farya dar trezentos cruzados de partydo cada ano afora/
ho co(n)trato q(ue) elle asemtarya co(m) el Rey açerqua de suas vyages/
fynallm(en)te q(ue) afora este out(r)os muytos amdavam aqui no pr(i)meyro/
apresemtarya a el Rey cuydando llevar nyso ho mayor allvytre q(ue) /
podya ser/
quando Isto asy vy vendo q(ue) h’onorrato de caes en çerte fycava tam /
bem este mycer pedro ser home(m) de bem detremyney por meyo/
deste ver se podya acabar allgu(m)a cousa por que era naturall/
de sua terra e tynha co(m) elle conhesyme(n)to e amyzade e emtam pra/
tyquey co(m) elle ho caso no(m) lhe descobryndo de todo nyso grande de/
sejo e lhe pedy q(ue) fallase co(m) este pamcado e vyse ho q(ue) sentya/
delle e que no(m) lhe dysese q(ue) eu aquy estava este mycer pedro/
ho fez asy e [a]chou sempre nelle m(ui)ta dureza depois lhe dyse por//
// mynha llycença como eu aquy estava aco(n)selhando lhe q(ue) se co(n)tratase/
por my(m) co(m) Vosa .A. e dyzendo lhe qua(m) jnçertas cousas saao as dytas de/
pois tratou co(n)çerto de my(m) a elle nu(n)ca ho pode mover contra cousa sena(m)/
q(ue) no(m) querya co(n)çerto e que quere(n)do eu allgu(m) co(n)çerto co(m) elle q(ue) lhe dese /
lloguo duzentos escudos e q(ue) me hobrygase a dar lhe Vosa .A. daquy/
dous meses tres myll e q(ue) lloguo se obrygarya a co(n)p(ri)r tudo aquyllo q(ue)/
co(m) Jo(am) da syllv(ei)ra e(m) seu co(n)trato fysera he este foy ho menos e(m) q(ue) ho pode/
der(?) ta(m) duro estava qua(n)do eu Isto vy e q(ue) elle fallava ja e(m) partydo/
dyse ao myçer p(edr)o q(ue) trabalhase co(m) elle q(ue) quysese fallar comyguo por/
q(ue) porvemtura ajnda q(ue) elle estyvese ta(m) desarezoado nos co(n)çertarya/
mos aly andou ho myçer pedro bem tres ou quatro dyas prymeyro q(ue) ho/
podese chegar a Isto fynallme(n)te me quys fallar e nos vyemos em hu(m)/
moysteyra honde a my(m) ne(m) a elle conheçya ny(n)gem e elle me dyse q(ue) elle no(m)/
vynha ally mays por eu no(m) dyzer q(ue) elle era mall Insynado q(ue) por/
fazer co(n)çerto comyguo e tam duro veyo q(ue) nu(n)ca pode co(m) todas mynhas/
pallavras chegallo desta st prmeyra vez a menos de lhe dar lloguo duze(n)/
tos escudos e me hobrygar q(ue) Vosa alteza lhe darya dally a dous meses dous/
myll cruzados e davamos e(m) rezam q(ue) qua(n)do elle fyzera ho co(n)çerto co(n)/
Jo(am) da syllveyra q(ue) estava despedydo del Rey e q(ue) lhe davam some(n)te/
çem escudos p(er)a comer e q(ue) el Rey o chamarya qua(n)do ho ouvese myster/
e q(ue) aguora q(ue) era rogado e q(ue) lhe fazyam partydos tamanhos q(ue)/
seno(m) fose por respeytar ho pouquo a sua comçyemçya q(ue) ajnda q(ue)/
lhe (...)Vosa .A. mandara dar dez myll cruzados no(m) fyzera co(m) elle/
nenhu(m) patydo e tam duro veyo esta prymeyra vez q(ue) eu no(m) quys asentar/
co(m) elle dyzendo lhe q(ue) averya meu co(n)selho e q(ue) elle se esco(n)dese antre/
tanto q(ue) ho no(m) topasem e q(ue) nos nos co(n)çertaryamos e fyz eu(?) Isto/
asim q(ue) ho myçer p(edr)o depois delle ydo dally tyvese t(em)po p(er)a a maneyra/
de co(n)selho lhe aprovar mynha rezam e aquyllo q(ue) lhe prrometya ser bom/
ho ome(n)zynho andava ta(m) ryspado q(ue) co(m) toda mynha ma(n)sydam se foy/
daly dyzendo q(ue) eu ho no(m) ma(n)dase mays chamar porq(ue) lhe farya da/
no a elle e amy(m) q(ue) se lhe allgu(m)a cousa quysese lha ma(n)dase dyzer p(e)lo/
myçer p(edr)o || depois delle pa(r)tydo este myçer p(edr)o ho amoller(?) fyquou ta(m)/
to co(m) rezoes q(ue) a meu roguo ho fyz tornar a me fallar out(r)a vez/
honde me no(m) soube fugir a rezam e lhe provey quanto mais çerto/
tynha nysto q(ue) detremynava a perda q(ue) ho ganho mostrylhe qua(n)tos/
e(n)co(n)venye(n)tes eu sabya q(ue) elle tynha p(er)a no(m) vyr a esyto sua te(m)/
çam dyzya q(ue) elle llevava por capytam da sua armada a hu(m) gra(m)/
s(enh)or q(ue) no(m) lleva co(n)syguo home(m) q(ue) no(m) fose seu vasallo e q(ue) nam/
morrese por elle e q(ue) elle no(m) avya d’yr p(e)lo camynho p(er)a honde/
vam as naos de Vosa .A. e q(ue) elle tomarya terra e farya fortalle/
za em parte honde todo ho ma(n)do no(m) fose bastante a co(n)trastalla//
// sem embarguo de tudo eu ho chegey q(ue) cuydo q(ue) foy ho mayor/
myllagre do mu(n)do segu(n)do estava duro a que elle he co(n)tente e q(ue)r/
estar p(e)lo co(n)trato q(ue) co(m) Jo(am) da syllveyra fez q(ue) saão myll e /
seisçentos ducados d’ouro e se torna a saona a esperar a reposta/
de Vosa .A. daquy ate ho derradeyro dya do mes de setembro prymey/
ro q(ue) vem e p(er)a esperar aqueste tempo me pedya duzentos cru(za)/
dos eu lhe dey çem escudos ho solles q(ue) vallem aguora a quaremta/
e dous sollidos a peça os quaes çem escudos lhe dey e(m) começo de/
paguo dos myll e seysçentos ducados e ho q(ue) resta lhe a Vosa/
allteza se for servydo de ma(n)dar dar por todo ho mes de setembro/
como açyma dyguo como Vosa .A. mylhor vera vera p(e)lo co(n)trato q(ue)/
co(m) elle fyz q(ue) co(m) esta lhe daram E ho q(ua)ll co(n)trato foy feyto p(e)los /
de q(ue) Jo(am) da syllveyra co(m) elle fez ne(m) maes ne(m) menos por q(ue) elle ho tra/
zya asynado p(e)lo mesmo Jo(am) da syllveyra o quall lhe dava muyto/
credyto ao q(ue) elle de sy dezya elle me deu por fyador destes çem/
escudos q(ue) de my(m) reçebeo a este myçer p(edr)o do quall tenho segura(n)ça/
feyta de sua maão na mylhor forma q(ue) eu pude e(n)tender e tambem/
elle presentara a Vosa .A. co(m) ho co(n)trato e que me fyqua(m) ajnda dous/
co(n)tratos do mesmo teor e outras duas fyanças de myçer p(edr)o e e(n) trou/
s(enh)or aquy mays e(m) partydo q(ue) ho lleom pancado reçeava porq(ue) eu lhe/
dava aguora estes çem escudos p(e)lo botar daquy e entam q(ue)/
no(m) serverya a Vosa allteza ne(m) farya nada e(m) ha sua(?) causa meteo e(m)/
partydo q(ue) eu ma(n)dase a este myçer p(edr)o a portugall co(m) este requa/
do a mynha carta e ho myçer p(edr)o desejava tambem d’yr lla porq(ue)/
dyz ter çertas cousas suas e de jaquome Requermo açerqua do trato/
de saona q(ue) fallar co(m) Vosa allteza e(m) q(ue) lhe fara m(ui)to s(er)vyço e asy/
proveyto e me detremyney pois q(ue) asy como asy a vy de ma(n)dar/
outrem ma(n)dar a elle porq(ue) tambem elle co(m) Isto q(ue) lhe eu fyz/
çerto trabalhou nysto co(m) mylhor vomtade e çerto co(m) tanta q(ue) çer[ti]/
fyquo a Vosa .A. q(ue) sem elle fora e(m)posyvell acabarse nada e/
lhe dyra a Vosa .A. ho q(ue) se requerer e fara ho q(ue) for seu s(er)vyço/
este pamcado quysera que eu lhe dera outro co(n)trato como ese q(ue) fyze/
mos asynado de mynha maão e a rezam de ter delle neçasydade deya por/
q(ue) os gynoeses como estam devysos co(m) framça q(ue) qua(n)do de qua ho/
ma(n)dava(m) chamar e fora(m) ter allgu(m)as cartas por desastre a sua maão e /
q(ue) qua(n)do vyra(m) q(ue) este era chamado de framça e co(m) dyzere(m) q(ue) fa/
ryam jornada q(ue) fose soada duzentos anos q(ue) ho prendera(m) e q(ue) co(m)/
aq(ue)le asynado de jo(am) da syllveyra se solltara e co(m) dar duzentos/
cruzados de fyamça de nu(n)ca s(er)vyr fra(n)ça co(n)tra genoa e q(ue) aguora/
sabyam q(ue) elle qua era e q(ue) no(m) llevamdo çartydam q(ue) ho tornaryam//
// a meter e(m) prisam co(n)tudo vendo q(ue) era cousa q(ue) a Vosa .A. no(m) servya de/
nada co(m) todas suas prefyas lho no(m) quyz dar some(n)te lhe dey p(ar)a se/
sallvar deste peryguo q(ue) elle dezya hu(m) asynado de mynha maão e/
q(ue) some(n)te dezya q(ue) fosem çertos os q(ue) ho vysem como este vyera a esta/
corte de framça a fallar comyguo sobre hu(m) çerto neguoçyo e no(m) a out(r)a /
cousa no(m) dyzendo de que(?) ne(m) a que(?) e co(m) Isto se partyo e creya Vosa Vosa/
.A. q(ue) era tam bastado p(er) esta çydade de homes q(ue) ho queryam presemtar/
ell Rey q(ue) depois q(ue) emtrou e(m) co(n)trato comyguo lhe foy neçesaryo/
mudar quatro vezes a pousada e della no(m) ousava de sayr e eu lhe ma(n)dava/
q(ue) asy ho fyzese porq(ue) se este chegara acabar d’asentar co(m) allg(u)e(m)/
no(m) fyzera partydo co(m) Vosa .A. por m(ui)ta mais soma q(ue) lhe dera(m) e esta/
foy a causa porq(ue) me eu dey a tamta presa neste caso ajnda q(ue) me/
pareçese q(ue) aquy podya vyr p(esso)a q(ue) muy çedo q(ue) ho fyzese mylhor /
Isto s(enh)or esta desta maneyra e posto q(ue) meu atrevyme(n)to foe muy/
grande e(m) cousas tamanhas me e(n)trometer sem comysom de Vosa .A./
move me a yso as causas q(ue) atras dyguo e v(er) tudo tam baralhado/
q(ue) me pareçeo q(ue) este home(m) podya ser causa ajnda q(ue) elle pouco posa/
de ao menos dar hocasyam de dyscordya amtre Vosa .A. e el Rey de fra(n)ça/
de que depois ambos podya naçer descomtemtame(n)tos e p(e)la vomtade/
q(ue) eu sey q(ue) Vosa .A. tem de co(n)servar esta amysade de llomguos tempos/
gardala me pareçeo q(ue) podya aver por mais seu servyço gastarse amtes/
tam pequena soma de dynheyro q(ue) lleyxar chegar este a meter hem/
cabeça ho q(ue) elle no(m) pode nem fara e podendo day naçer est’outro q(ue)/
açima dyguo se eu for tam dysdytoso q(ue) Vosa .A. se aja d(e) s’opor de/
servydo co(m)dane (?) meu erro como de Jnhoramte cobyçoso de ho servyr/
porq(ue) creya Vosa .A. q(ue) mynha temça(m) foy fazer lhe s(er)vyço e(m) todas as cousas/
e(m) q(ue) cuydar q(ue) lho faço sempre farey ajnda q(ue) p(ar)a yso no(m) tenha comy/
sam sallvo se Vosa .A. me ma(n)dar q(ue) e(m) nhu(m)a lho no(m) faça/
a este myçer p(edr)o portador da presente dey ese cavallo e(m) q(ue) vay q(ue)/
asy emtrou no partydo q(ue) custou oyto escudos e mais lhe dey p(er)a ho ca/
mynho quy(n)ze escudos e se Vosa .A. se ouver por servydo do q(ue) he feyto/
neste caso eu no(m) ey tudo Isto por mall e(m)pregado nelle porq(ue)/
como dyguo p(e)lo q(ue) elle esperava lla d’acabar co(m) Vosa .A. açerqua /
de seu neguoçyo e hasy p(e)lo gasalhado q(ue) lhe eu sempre fyz tra/
balhou nyso tudo ho q(ue) nyso se podya desejar eu lhe ho ferey a/
m(ui)tas pallavras porq(ue) me rellevava q(ue) Vosa .A. lhe farya m(er)çe ysto/
no(m) obryga Vosa .A. a mais q(ue) ao de q(ue) for servydo e porem se Vosa/
.A. no(m) prover tam asynha co(m) ho leom pamcado deve de ter e se co(m)/
boõas pallavras porq(ue) se tornar a saona se(m) q(ue) est’outro tenha ja//
(Cambista)
// seu recado pareçer lhe a q(ue) e bullra e he tam doudynho q(ue)/
quebrara as redeas co v(er)guonha e o medo e porem se Vosa .A./
detremynar de co(m)pryr co(m) elle muy(to) me pareçe q(ue) serya/
boo(m) ho mais çedo q(ue) podese ser porq(ue) na(m) no fose e(m)tre/
ta(n)to allgu(e)m tyrar de seu syso porq(ue) segu(n)do os proveytos/
elle promete e muj(?) pouquo pagarem por elle çem escudos Vosa/
allteza aremata(n)do e(m) myll e seysçentos e tamanho bocado q(ue)/
avera poucos q(ue) por cousas jmçertas os queyra(m) avemturar/
faça ho q(ue) nyso mais seu s(er)vyço lhe pareçer e dese caso no(m) ha/
mais q(ue) escrever a Vosa .A. e dou lhe tam miudame(n)te semp com[o](?)/
delle e dos out(r)os porq(ue) amtes quero a culpa de prollyxo no(m)/
me fycando nada de que relleva q(ue) ho llouvor de breve lleyxan/
do hu(m) soo pomto do q(ue) a seu servyço pode servyr deste foy per my(m) pry/
meyro prometydo m(ui)to mayor partydo se quysese jr a portugall e elle no(m) quis/
nhu(m) dyzendo q(ue) e(m) portugall q(ue) sempre lhe serya neçesayo navegar e/
q(ue) elle ho no(m) querya mais fazer e q(ue) por esta causa tambem no(m) de/
tremynava asemtar partydo co(m) ell Rey de framça porq(ue) sempre ho obry/
garya a fezello some(n)te q(ue) sua temçam era fazer co(m) estes s(enh)res q(ue)/
eram poderosos esta sua vyajem e co(m) ho q(ue) trouxese se retyrar a/
sua casa a descamsar sem nu(n)ca mais meter pes e(m) mar e porem q(ue)/
elle leyxarya ho camynho tam aberto a framça q(ue) ell Rey allem do/
proveyto co(m) q(ue) elle verya lhe farya m(er)çe ha mym me pareçeo q(ue) so(?)/
me(n)te por tyrar a ocasyam aos out(r)os pyllotos de portugall/
de saberem Isto e sob esta esperança fazerem cada dya movyme(n)to/
q(ue) era mais servyço de Vosa .A. estar elle e(m) saona como esta/
da carta de marqua no(m) a novas sena(m) que ho bysconde no(m) tem ha /
Jnda botado nhu(m) navyo ho mar e me dyseram q(ue) ne(m) tynha co(m) que/
e q(ue) de dezoyto navyos q(ue) se lhe tynham hofereçydo no(m) acha ha/
guora nhu(m) q(ue) ho queyra ajudar estava ho tempo desposto/
p(er)a ho chegarem a boo(m) partydo no(m) tem tomado out(r)a cousa de/
pois daquella caravella q(ue) tomou e(m) Ruam caregada de lla/
ramja/
i(tem) a urqua q(ue) esta e(m) bertamha que foy tomada nese mar cary/
gada de mercadorya q(ue) dyziam ser de Vosa .A. ho bysconde a ma(n)dou/
e(m)bargar e no(m) lhe valleo porq(ue) eu tamto q(ue) Isto vy como se/
elles no(m) detremynavam e(m) ser a mercadorya de Vosa Allteza/
ou dos frame(n)guos me fuy ao momseor de gynagata e lhe /
dyse q(ue) aquy se dezya q(ue) naquella urqua vynha m(ui)ta/
carga q(ue) ho feytor de frandes ma(n)dava a Vosa .A. e q(ue) se//
//na(m) no sabya çerto q(ue) lhe pedya por m(er)çe pois dezya desejar servyr/
Vosa q(ue) ma(n)dase deposytar aquella fazenda e tomalla p(er) ha/
vemtayro ate se saber cuja era e se fora bem tomada a fym /
q(ue) Joam namguo a no(m) podese p(e)la carta da marqua tomar/
e q(ue) emtretamto verya aquy allgu(m)a p(esso)a por parte de Vosa .A./
e q(ue) porvemtura asemtarya todas estas cousas e se ay tynha/
allgu(m)a fazenda lhe fycarya segura elle me dyse q(ue) ho farrya/
co(m) muito boõa vomtade e asy ho fez e me dyse depois q(ue) a faz(en)da/
estava toda tomada por avemtayro e emtrege a p(esso)a fyell e(m) /
parte donde Joam nanguo a no(m) averya aos prmeyros grollpes e /
porem q(ue) no(m) estava ajnda llequydada cuja era Isto he ho q(ue) este/
fys e dyz q(ue) por servyr Vosa .A. eu de malleçyoso cuydo q(ue) foy ha/
prynçepall causa ter penhor ally do q(ue) elle espera aver de Vosa/
allteza e q(ue) asy seja mylhor remedyo he q(ue) tella ho Jan namguo/
na(m) co(n)tente eu co(m) Isto pedy a’onorato q(ue) pois elle dezya q(ue) ho gra(m)/
mestre desejava amtreter a esta amyzade amtre Vosa .A. e ell Rey/
seu s(enh)or e ho q(ue)rya ma(n)dar a portugall a dar conçerto nestas/
cousas q(ue) atalhase a mais escamdallos e q(ue) bem era de ser q(ue)/
hu(m)[a] urqua carregada de mercadorya no(m) avya de cometer navyos/
d’armada e q(ue) ally dezyam vyr allgu(m)as cousas de Vosa .A. q(ue) escreve/
se a seu cunhado ho mo(n)seor da navall q(ue) a ma(n)dase sobre estar/
e se no(m) emtregase a Joam namguo ate ell Rey no(m) ma(n)dar nyso ho/
q(ue) fose seu s(er)viço e q(ue) bastava p(era)a elle no(m) aver ser tomada esta faz(en)da/
antes q(ue) elle tyvese a carta da marqua e q(ue) se os frame(n)guos ta(m)/
bem fyzeram ho q(ue) no(m) devyam q(ue) a faz(en)da de Vosa .A. no(m) tynha/
nyso cullpa h’onorato lhe dyse tudo Isto e tudo ho mais q(ue) a este/
preposyto lhe bem pareçeo o gram mestre dyz q(ue) lhe dyse q(ue)/
elle escreverya lloguo ao momseor da navall e q(ue) ouvese ele/
entretanto hu(m)a çertydam de q(ue) Fazenda e aquy e ally vam/
de Vosa .A. e q(ue) elle a ma(n)darya lloguo emtregar ho mo(n)seor/
da gynagata me dyse q(ue) ell Rey estava p(er)a ma(n)dar e(n)tregar/
a fazenda aos frame(n)guos asy por se mostrar ser mall to/
mada como tambem por aver ay novas q(ue) os frame(n)gos ty/
nham feyto e(m)bargar em framdes çertos navyos de fra(n)çeses/
e me dyse q(ue) ajnda no(m) estava bem lliquydado se ally vynha allgu(m)a /
cousa de Vosa .A./
quando s(enh)or vy a cousa desta maneyra escrevy daquy hu(m)a carta ao/
feytor de framdes e(m) q(ue) lhe ma(n)dey dyzer de como Isto estava e q(ue)/
se a fazenda fora carregada e(m) nome dos mercadores q(ue) ouvese hu(m)a//
(Porto de Antuérpia)
// carta do emperador p(er)a os seus enbayxadores q(ue) aquy estam/
q(ue) a pedysem ell Rey e se lhe pareçya q(ue) se no(m) podya lleyxar/
de saber q(ue) era de Vosa .A. q(ue) ma(n)dase hu(m)a çertydam de que/
fazenda era e q(ue) pois ho gra(m) mestre se punha a dyzer q(ue) a ma(n)/
darya e(n)tregar q(ue) porvemtura ho farya ateguora me no(m) tem/
o feytor respondydo qua(n)do ho fyzer far çe a ho q(ue) for s(er)vyço de Vosa/
.A./
myçer Joam FFr(ancis)co venezeano q(ue) armava p(er)a Indya tenho por nova/
q(ue) arma aguora tres carraquas na marqua d’amcona e a mayor par/
te da gemte saão venezeanos banydos de veneza dyseram me q(ue)/
os norma(m)ces o fazyam seu capytam mor e q(ue) yam co(m) elle hu(m)a bo(?)/
armada e q(ue) elle no(m) quysera e lhe respondera q(ue) no(m) querya jr e(m) /
vyagem tam peryguosa co(m) jente co(m) q(ue) se no(m) e(n)tendya mas q(ue)/
elle querya jr esta prymeyra vyagem some(n)te co(m) jemte da sua te/
rra e q(ue) co(m) toda ha espeçiarya q(ue) trouxese verya desembarqu/
a Ruam e q(ue) da vollta q(ue) tornase tomarya day co(m)panhya/
porq(ue) saberya ja ho camynho eu sey q(ue) elle foy a saona ha/
buscar este leom pancado e q(ue) ao tempo q(ue) elle lla foy ho pa(n)/
cado era ydo e(m) romarya a nosa s(enho)ra de mo(n)sarrate e por yso/
ho no(m) topou esta nova de elle armar as tres carraquas me dyse /
p(esso)a q(ue) ho ouvyra a mesa do e(m)bayxador de genoa/
os tres navyos q(ue) partyram de norma(n)dya p(er)a mallageta ho/
hu(m) se perdeo no mar ho out(r)o no(m) sabem ajnda delle nova ho outro/
esta e(m) bertanha/
(D. Leonor de Áustria)
e partydo daquy ho momseor de llame(n)ta somyleyro da R(ainh)a de/
que ja lla escrevy a Vosa .A. p(er)a bertanha p(er)a ir por capytam/
de quatro naos a mallageta as quais arma ho mo(n)seor de /
navall e ho mo(n)seor de xatrobryam q(ue) he ho prmeyro bara(m)/
da bertanha out(r)os dyzem q(ue) no(m) vam a mallageta mas q(ue)/
sob collor de jrem descobrir se vam por ese mar a quall/
quer roupa de portugeses q(ue) acharem e q(ue) tem feyto/
partydo co(m) Jo(am) amguo p(er)a q(ue) p(er) v(er)tude da sua letra de mar/
qua posam tomar/
no(m) ha ao presente out(r)a cousa q(ue) escrivar a Vosa .A. h’o/
norato de caes me dyse q(ue) escrevese a Vosa .A. como/
ho gram mestre lle tornara de novo affyrmar q(ue) ell Rey/
ho q(ue)rya ma(n)dar a Vosa .A. p(er)a tomar co(n)çerto e(m) todos estes/
neguoçyos Vosa .A. no(m) lleyxe de fazer ho q(ue) lhe pareçer ser//
// servyço porq(ue) todos Vos ffallamos mylhor do q(ue) vos/
s(er)vymos no(m) dyguo Isto p(e)l’onorato porq(ue) çerto he home(m) de bem/
mas Vosa .A. me e(n)temdera ell Rey se foy aguora p(er)a fora desta/
cydade de parys hu(m)as çymquo lleguoas honde dyzem q(ue) estara p(er)/
allgu(n)s dyas a R(ainh)a anda co(n)tente de sy qua(n)to ao q(ue) mostrava yr/
na vollta segu(n)do e(n)temdo de no(m) sayr nu(n)ca daquyllo de que ell/
Rey follgua novas no(m) a que escrever a Vosa .A. sena(m) q(ue) se ha/
por nova çerta nesta corte toda a ygreyja d’ymgraterra no(m) querer/
mais daquy avante pagar as premyçeas ao papa sena(m) a seu/
(Clemente VII)
Rey e a Rezam dyzem ser q(ue) no(m) lhes pareçe rezam darem seu/
suor a hu(m) papa p(er)a fazer gerra a crystans e out(r)os casos semelhamtes/
e q(ue) mylhor e darem no a seu Rey p(er)a co(m) elle lhes defender suas casas/
qua(n)do for neçesaryo out(r)os dyzem q(ue) ho mesmo Rey os enduzyo ha/
Isto e q(ue) o povo no(m) querya tem ma(n)dado embayxador a Roma sobre/
este caso dyzem q(ue) estrovoo aquy ell Rey de framça ho q(ue) lhe pareçya/
dysto porq(ue) elle era d’openyam q(ue) elle devya de fazer o outro ta(n)to/
e(m) seu Reyno aquy se no(m) falla ajnda nada se d(eo)s no(m) prove tudo se apa/
relha e(m) servyço do turquo esta este Reyno muy apresado p(er) carestya/
e tam maos prymyços nas novydades q(ue) vem q(ue) de dya ne(m) de noute /
no(m) lleyxam de fazer preçysoes e no(m) a p(esso)a nesta çydade q(ue) se acorde/
vella nu(n)ca tam cara como aguora esta no(m) ha ao presemte out(r)os/
novas/
(Henrique VIII)
depois de ser esta escryta fuy topar co(m) hu(m) home(m) da Rochella q(ue)/
chegava e(m)tam della e me começey e(n)formar delle se(m) q(ue) me elle/
conheçese das novas q(ue) lla avya amtre outras lhe pregu(n)tey q(ue)/
era feyto de Jom a(fons)o aq(ue)le pylloto portuges q(ue) ay estava dy/
se me q(ue) andava homezyado por q(ue) qua(n)do se perdera co(m) trome(n)ta/
na costa de bretanha q(ue) ouvara rezoes co(m) hu(m) fylho q(ue) tynha/
ja home(m) e q(ue) ho matara e q(ue) por este caso amdava a /
guora homezyado q(ue) no(m) ousava pareçer ey esta nova por çer/
ta porq(ue) a soube desta maneyra/
foy me dyto q(ue) se fazya muy çedo hu(m)a armada de dezaseys/
naos p(er)a yrem sobre a ylha da madeyra e q(ue) e cousa e(m) q(ue)/
estes mays traze(m) ho pomto provara Vosa .A. nyso como lhe pa/
reçer seu s(er)vyço noso s(enh)or acresçente seu Reall estado co(m)/
allegres e llarguos anos de vyda de parys ho prymeyro de mayo/
era 1531 anos/
gaspar palha//
// de gaspar palha /
de parys/
p(ar)a Ell [Rey] //
(Paris)
Transcrição Paleográfica de Eduardo Albuqerque
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