sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Filipa Moniz


Nesta página apresentam-se seis linhas truncadas dum instrumento de emprazamento sem referência arquivística dizendo-se ser o único documento conhecido relacionando Filipa Moniz com o mosteiro de Santos.
De facto nessas linhas consta o nome duma Filipa Moniz, mas não o duma Dona Filipa Moniz como tem sido afirmado ser o nome e título da primeira esposa do almirante das Índias.
Não se pode invocar tratar-se dum lapso do escrivão já que este, aparentemente, escreve primeiro o nome das mulheres com o título de dona e só depois os das que o não têm.
Este facto até pode ajudar os seguidores do programa pseudo-histórico, já que a ser esta Filipa Moniz a filha de Bartolomeu Perestrelo não deveria ter o título de dona, pois seu pai também o não tinha.


E mais aqui não se diz por falta de dados.

9 comentários:

sas disse...

Ah,Ah,ah...

Não vos entendo siceramente.

E eu continuo a rir-me.

Sustentam as vossas teorias com a mesma leveza do vôo dos pombos.

Se acreditam que Colom era genovês (disparate) então também têm de aceitar que a sua primeira mulher era Dona.

Não é verdade que, as mesmas fontes que sustentam a vossa teoria pombalina, sustentam também que ela era Dona!

Ou agora, as afirmções de D.Fernando são falsas?!!!

Ai!Ai!

Estão a ficar aflitos e a cair em contradições.O cerco aperta-se!

Afastem-se dos danoninhos pois só falta um bocadinho assim...!

já sei, e isto não é nenhuma ofensa,sou até levado a acreditar que alguns de voçês são criacionistas. Quase que apostava.

Continuem assim, pois desta maneira tenho acesso a uma boa terapia de saúde mental.

Cordialmente

SAS

Anónimo disse...

Meu amigo J.C.J.S,

Não te entendo.

Apos tamanhas criticas contra o valor do titulo de "DONA" atribuido a mulher de Colom tu vens aqui dizer que ja não acreditas que ela tinha o dito titulo??

Ai o metodo cientifico esta a falhar! So pode! Tenha cuidado com a verba do estado!

Cronologia do seu infalhavel cogito interuptus:

1. DONA Filipa Moniz, o titulo de Dona não era necessariamente associado a nobreza. Toma là Manuel!

2."já que a ser esta Filipa Moniz a filha de Bartolomeu Perestrelo não deveria ter o título de dona,"

Então agora ja não basta não poder ser nobre com o "DONA", agora nem é "DONA" de toda?!

Em que ficamos?

TBF

F. V. F. disse...

Aqui apenas se está a ver um documento, truncado, mas que se pode ver claramente que a Filipa Moniz que lá vem mencionada não é tratada por dona. O escrivão de tal documento refere os nomes das comendadeiras donas e só depois o das outras e o nome de Filipa Moniz não é antecedido de dona. Penso não ser necessário recorrer à lupa ou a infra-vermelhos, está bem expresso numa letra bem desenhada e fácil de ler.

Anónimo disse...

Caro f.v.f,

Olha, para me dar respostas dessas não é preciso tirar qualquer curso de historiador ou oftalmologista.

O que esta em causa no meu comentario é mais uma das contradições do autor deste blog, por consequencia do que ele tem vindo a escrever uns tempos atras e do que se escreveu recentemente.

Vamos ser inteligentes e tentar tratar não da forma do documento, em que não ha desacordo, mas sim do fundo e liga-lo a artigos do grupinho ph, que se encontram disponiveis na pagina deste blog.

E excessivo pedir um comentario a esta constatação->

"Então, para vocês, ja não bastava não poder ser nobre inclusivo com o titulo de "DONA" de que neo tinham duvidado, agora a mulher nem foi "DONA" de toda?!O que vem a seguir? Dona Filipa Moniz nunca casou com Colombo? D.Diogo Colombo veio do planeta mars?!"

Tssc tssc tssc

Ja pus os meus oculos, tomem là os vossos probioticos e centrum para ver se nao respondem de lado.

Obrigado e bom dia.
TBF

sas disse...

Agora quem não entende sou eu!!!


"Apos tamanhas criticas contra o valor do titulo de "DONA" atribuido a mulher de Colom !!tu!! vens aqui dizer que ja não acreditas que ela tinha o dito titulo??"

Onde está implícito no texto que escrevi, essa assumpção a que se refere?

"Toma là Manuel!"....!!!

Algo me diz que me está a confundir com outra pessoa!!
Para a próxima diga:

"Toma là Marco!", que é o meu primeiro nome.


"Dom (no feminino Dona) (latim: dominus = senhor, dono, mestre, proprietário, chefe) é uma forma de tratamento concedida a reis, príncipes e nobres portugueses, brasileiros e espanhóis (Don e Doña); a bispos católicos, a abades e aos beneditinos, sempre seguido do prenome."

Isto é referido como correcto, uma vez que é disponível publicamente para todos. Ou há outra versão?

Além do mais, o tema de dona é secundário, uma vez que seu pai era nobre. Por isso, a questão indesmentível, é que nenhum plebeu naquela altura podia casar com a nobreza!

Aliás, qualquer criança de 6 anos pode inferir o silogismo implícito neste raciocínio.

A teoria genovesa é tão frágil que se a compararmos com a galega,esta,consegue ser mais credível!!!

São águas revoltas este tema. Os pilares onde se sustentam a vossa teoria são tão frágeis que, 500 anos depois, não há consenso.

Se forem consultar algumas conferências de Paris nos finais do sec. XIX verão que assim era.
Até "Brazzaville" e, escrevo assim, porque não me lembro como se escreve correctamente o seu nome, governador do congo belga afirmava que era sua convicção que colom era português. Como vêem, estimados pombalinos, a polémica é antiga!

Estou sempre à espera de um "break thrue" da vossa parte e nada...


Cordialmente

SAS

J. C. S. J. disse...

«… ja não acreditas que ela tinha o dito titulo?»
Desculpando a familiaridade, a Filipa Moniz referida no fragmento de documento publicado, como nele se pode ler, não tem o título de dona.

«Além do mais, o tema de dona é secundário, »
Concordo, e não fui eu que lhe atribui esse título.

«uma vez que seu pai era nobre.»
Concordo. Mas de que tipo de nobreza?
Alguém já viu um documento a referir Bartolomeu Perestrelo por dom. Nem mesmo os que sonhadoramente chamam a Filipa Moniz dona alguma vez – que me lembre – ousaram chamar dom a Bartolomeu Perestrelo.
Só há 2 ou 3 excepções na alta-nobreza de não uso do título de dom.
Por se ser nobre não se tem automaticamente o direito a usar o título de dom.
A alta estirpe de Bartolomeu Perestelo vem da linhagem de comerciantes italianos de que descende e a sua nobreza limita-se à de cavaleiro da Casa do Infante D. Henrique, nem é fidalgo nem o é, fidalgo ou cavaleiro, da Casa Real.

«Por isso, a questão indesmentível, é que nenhum plebeu naquela altura podia casar com a nobreza!»
Cá está.
É melhor ir rever a suas fontes.
Este é um dos inúmeros casos de burgueses que ascende à pequena nobreza e cujos descendentes poderão, ou não, continuar a ascender socialmente.

Anónimo disse...

Caro SAS,

Ouve um "quiproquo",
Todas as minhas mensagens estavam destinadas ao redactor do blog, não a vocé.

Quanto a J.C.J.S:

"Este é um dos inúmeros casos de burgueses que ascende à pequena nobreza e cujos descendentes poderão, ou não, continuar a ascender socialmente."
Em que epoca te referes para estas alegações?
Quais são os outros casos de fulgurante ascendencia no sXV que ja te tinha pedido para me indicares?


SERA QUE SO DESTA VEZ, DE MANEIRA COMPLETAMENTE IRONICA E HIPOCRITA, TU JA NAO ACREDITAS EM TODOS OS DOCUMENTOS """COEVOS""" QUE REFEREM FILIPA MONIZ COMO DONA?????!!!!

Ai os Coevos, agora sim, a tua suprema arma virou-se contra ti!

Sempre com respeitinho,
TBF

sas disse...

Mais uma vez obrigado!

Escolheu fazer o contraditório, apenas, de algumas passagens.

Muito bem, vou mostrar-lhe que estão descontextualizadas do sentido que lhes dei.

1º- «… ja não acreditas que ela tinha o dito titulo?»

O silogismo a que me referi está associado a isto!Ora vejamos,independentemente da natureza do referido documento em questão, o importante é perceber que o seu aparecimento resulta da necessidade de encontrar novos elementos de prova até agora desconhecidos e vão aparecer mais!!!Pois só falta um bocadinho assim!!!
Quem afirma que ela era dona não sou eu!!!, mas sim o 2ºfilho de colom!Então têm de pôr em causa D.Fernando e não o que eu digo ou deixo de dizer.

2º-"«Além do mais, o tema de dona é secundário, »
Concordo, e não fui eu que lhe atribui esse título."

Pois não foi D.Fernando!!!Explique-me lá como descalça esta bota?

Têm de ter cuidado com essa vossa contra-argumentação, porque põem em causa a vossa fundamentação genovêsa.Se não repararam eu esclareço.Segundo julgo saber, os documentos relacionados com D.fernando servem os vossos interesses, mas, aí é que está o problema!, é que também servem os nossos. O vosso problema surge quando têm de pôr um plebeu a casar com alguém com o título de Dona.Sabem bem que isso é impossível!
É a tactica da salamandra, perder uma pata para salvar o resto do corpo.
Não têm muitas saídas, ou aceitam D.Fernando e Filipa era nobre, ou não acreditam que ela o tivesse, e não aceitam as informações de D.Fernando.Assim têm caminho aberto para o plebeu colombo casar com a plebeia Filipa(disparate).

3º-"«uma vez que seu pai era nobre.»
Concordo. Mas de que tipo de nobreza?"

Não entendo, é absolutamente irrelevante, porque naquele tempo, independentemente do referido tipo, plebeu não casava.

4º-"«Por isso, a questão indesmentível, é que nenhum plebeu naquela altura podia casar com a nobreza!»
Cá está.
É melhor ir rever a suas fontes."

Ora indique lá um caso, à época claro está,em que isso tenha sucedido?

Até à 50 anos atrás, em Portugal, professor nao podia casar com empregada de mesa!Em termos teóricos claro está, era natureza do regime assim ser. Agora, até podem ter existo alguns, não sei.Penso que a ideia onde quero chegar está implícita, e meio discurso basta!


Cordialmente

SAS

F. V. F. disse...
Este comentário foi removido pelo autor.