sábado, 5 de abril de 2008

Cristóvão Colombo - Um gambito que nunca existiu

A Pseudo-História Colombina enfrenta severas dificuldades para tornar credível a sua fantasia dum Cristóvão Colombo português. Não tendo qualquer documento em que se possa sustentar, socorre-se de fontes secundárias que interpreta de forma muito generosa tentando encaixá-la à força na História. Ora, é aqui que se espalha ao comprido, pois vivendo Colombo numa época extremamente complexa, qualquer explicação que a Pseudo-História tente dar numa vertente entra logo em contradição com outros factos coevos, obrigando-a a contorcionismos vários – quando não mesmo a falsificar as temáticas próximas – criando um mundo virtual paralelo onde princípios como o da simplicidade e da plausibilidade estão completamente arredados.

Partindo a Pseudo-História do postulado de que Cristóvão Colombo é português tem de explicar porque razão não há na documentação portuguesa nenhum Colombo, Colom, Colomo, etc. Logo o nome de tem de ser um pseudónimo. Se é um pseudónimo é porque há algo a esconder. Logo, uma vez mais, postula-se ser um agente secreto. Mas um agente secreto tem de ter uma missão. Então inventa-se-lhe o encargo de enganar os Reis Católicos levando-os para longe da Rota da Índia perseguida pelos portugueses.

É precisamente neste quadro que tudo se desmorona.

Volta-se assim a uma pergunta anteriormente feita, porque carga de água é que D. João II havia de dar aos castelhanos aquilo que eles nunca procuraram? Porque razão haveriam os portugueses de querer afastar os castelhanos dum plano que estes não tinham? Porque razão quereria D. João II lembrar aos castelhanos aquilo de que nunca se haviam lembrado?

O facto de piratas, corsários ou mercadores castelhanos frequentarem o Golfo da Guiné nos anos 70 de Quatrocentos não demonstra que Castela também queria procurar um caminho para a Índia. A guerra de corso movida por Castela a Portugal no período em que D. Afonso V quis a coroa do reino vizinho não é o mesmo que a busca sistemática do caminho para a Índia. Essa guerra terminaria com a chegada da paz. Além do que, nesse tempo, também andavam pelo Golfo da Guiné navios franceses e não há indícios que isso fosse visto como o início da expansão francesa para a Índia – aliás, como também não os há demonstrando ser essa a intenção castelhana. Sendo, apesar de tudo, estes factos manifestações dum Plano Castelhano das Índias, a Rota do Cabo ficava salvaguardada para Portugal pelo tratado de Alcáçovas-Toledo.

Outra falta de raciocínio da Pseudo-História está na conclusão lógica que não retira do seu postulado de ser o tratado de Tordesilhas provocado por D. João II porque os espanhóis não cumpriam, ou poderiam deixar de cumprir, o de Alcáçovas-Toledo. Ora, não respeitando Castela a Rota do Cabo Portuguesa com o tratado de Alcáçovas-Toledo respeitaria um outro tratado com uma repartição diferente do mundo como aquele que foi assinado em Tordesilhas e que, tal como o primeiro, mantinha os castelhanos arredados da Índia? Ou seja, se os espanhóis não cumprissem Alcáçovas-Toledo os portugueses nunca teriam a certeza de que estes cumpririam um outro tratado.

As ideias do Colombo português obedecem ao princípio da simplicidade explicativa? São plausíveis?

Desde o século XII que toda a Europa está em expansão. Portugal não é excepção. Só que a portuguesa assume características próprias, levando-a mais cedo para fora do espaço continental em que se encontra inicialmente confinada. Esta dinâmica expansionista não é só portuguesa mas europeia e cedo ou tarde todos acabariam por seguir o mesmo caminho, como de facto aconteceu em vagas sucessivas até ao século XX.

No século XIV começa a expansão oceânica à escala global e nesta os castelhanos serão os últimos de todos os povos peninsulares, mas não porque D. João II se tenha lembrado de lhes oferecer um continente em troca duma Índia à qual ainda não sabia se algum dia chegaria.

E como muito bem observa Vitorino Magalhães Godinho

... desde o último quartel de Quatrocentos constroem-se os sistemas de circulação oceânica, a grandes distâncias, que entretecem pouco a pouco esses pequenos mundos no mundo atlântico, cuja génese e desenvolvimento se compreendem tão só em função duma rede de trocas à escala do Globo. Nestes níveis sobrepostos actuam actores – mareantes e mercadores, pequenos nobres e escudeiros –, depois a grande nobreza, as linhagens e institutos poderosos, intervindo as coroas desde cedo a tentar organizar o conjunto e subordiná-lo à formação do Estado moderno. É tal combinação do plano político e do fervilhar de iniciativas privadas que vemos em acção, ora firmada de cima ou pelo menos conjugada, ora desencontrada. Aragão desde os séculos XIII e XIV age segundo políticas definidas em relação ao Levante, à Sicília e Nápoles; Fernando o Católico e o Cardeal Cisneros definem, no quadro da política mediterrânea, as acções metódicas no Magreb. Ao invés, Castela intervém descozidamente nas Canárias, a conquista e aproveitamento partem de famílias com meios ou até de sociedades nobiliárquico-capitalistas. Só nos anos 70, com a ameaça portuguesa de unidade dinástica e o aliciante dos tratos dos rios de Guiné se abre um período em que, deixando como sempre a iniciativa a particulares, o Estado defende e concebe o arquipélago como peça numa de estratégica de expansão. Em Portugal parece dar-se o inverso...
Vitorino Magalhães Godinho, «As Ilhas Atlânticas. Da Geografia Mítica à Construção das Economias Oceânicas», Actas do I Colóquio de História da Madeira, vol. I, Funchal, 1989 (1986), p. 40.

30 comentários:

Anónimo disse...

Consta na Historia que os Portugueses e Espanhois disputavam-se o Mar Altantico.

Se Va Exa, examinar a divisão do Mundo atravéz do meridiano a 370 léguas de Cabo Verde (resultante do tratado de Tordesilhas),
poderá verificar que os espanhois encotram-se prisioneiros num pequeno "lago" estendendo-se apenas entre o actual Venezuela, Mexico e Nova Yorque.

Os portugueses, esses, vêm-se livres de navegar e instalar-se tranquilamente em todo o resto do globo (*).

É cada vez maior o numero de historiadores que admitem que os portugueses conheciam bem mais o mundo do que o deixaram transparcer. E considera-se o Tratado de Tordesilhas como sendo um dos maiores senão o maior golpe de geo-politica de toda a Historia.


Os responsáveis por esse tratado são: Dom JoãoII e "Cristofõm Colon"(**).



*Queiram ler as Provas documentais de Mascarenhas Barreto

**: Forma como o papa (hispano-italiano) alexandro VI escrevia o nome do navegador. Note-se o apelido está escrito à maneira portuguesa, pois em Italiano seria "Christofforo"!Tambem não là está "Colombo" nem "Columbus" mas COLON!

a.pizarro

Anónimo disse...

Relativamente ao xadrez, visto ser a vez das peças pretas a jogar, avance-se o pião "d4" na diagonal para "e3", eliminado o pião branco "e4" pela « prise en passant ».

a.pizarro

J. C. S. J. disse...

Quanto à disputa, é tudo uma questão de inserir os problemas na cronologia para evitar os anacronismos.
Quanto ao livro que tão insistentemente recomenda, agradeço mas dispenso. Com o devido respeito, prefiro os originais ou colectâneas elaboradas com melhor critério editorial.

Quanto à captura, o que diz não é possível, já que antes de «Bc4» as brancas tiveram de jogar «e4».

Anónimo disse...

Meu caro J.C.

Essa mistificação da genialidade de D. João II no que ao Tratado de Tordesilhas respeita, foi completamente destruída por Adão da Fonseca, no seu "D. João II", e as "provas" de M. Barreto caíram sob a impiedosa troça de Graça Moura! Tordesilhas foi o que pôde ser, face ás Bulas Papais, e não esqueçamos que Colombo nunca aceitou as 370 milhas! Sempre falou nas iniciais 100, mesmo no seu testamento. E a mesma ideia defendeu seu filho Hernando no caso das Molucas!
Parabéns pela jogada!

Um abraço

Maria Benedita

J. C. S. J. disse...

Cara Maria Benedita,

Completamente de acordo. Não querendo D. João II aceitar o que foi definido por Alexandre VI, teve ainda assim de aceitar o princípio de repartição por ele estabelecido. Numa conjuntura extremamente adversa, a sua grande vitória foi o alargamento da "área portuguesa" para as 370 léguas.

Estas coisas colombinas - ao contrário do que se quer fazer crer - até são mais fáceis do que um mediano jogo de xadrez.

Anónimo disse...

É pena, Pois, se ler as obras de M.Barreto, logo se aperceberá que não existe edições "originais".

Também está provado o testamento de Colom ser falso.

Quanto a Graça Moura, este nunca mais apareceu depois da publicação das Provas Documentais de M.B.

Quanto ao Tratado, direi simplesmente (estou com preça): objetivo comprido! O resto é conversa.

relativamente ao xadrez, é perfeitamente possivel dar-se uma situação de "prise en passant" no caso de serem as pretas a jogar, eliminado o pião branco "e4".

a.pizarro

Anónimo disse...

Lá está o autor do blogue novamente a remar contra a maré e a pedir que os iletrados em matéria de ciência se juntem a ele para remar. Esta lenga lenga é sempre a mesma conversa, nem que estivesse 100 anos conseguia convencer alguém minimamente apto em ciência sobre a veracidade deste blogue. Diz ele, neste caso,que «a Pseudo-História Colombina enfrenta severas dificuldades para tornar credível a sua fantasia dum Cristóvão Colombo português. Não tendo qualquer documento em que se possa sustentar, socorre-se de fontes secundárias que interpreta de forma muito generosa tentando encaixá-la à força na História.» etc, etc. E a tese do cristóvão genovês, não é encaixada à força?... E o autor do blogue é a favor. Os que defendem a tese portuguesa têm precisamente as mesmas queixas dos que defendem outras teses. Só que eles vêem acrescentar algo de novo que é precisamente o embuste que é a tese genovesa e apresentam as provas. Não é o público, neste caso, que tem que as julgar são os especialistas na matéria. Os autores que defendem a tese portuguesa dão a cara, mas o autor do blogue não. Eu também posso escrever muita coisa e realizar um autêntico embuste. Visto que os autores que defendem a tese portuguesa não têm medo de dar a cara sobre o que dizem, merecem mais crédito do que este blogue. Quem se esconde atrás de um blogue, não merece crédito. Este blogue do ponto de vista científico, não tem qualquer validade, já o tenho dito, a começar pelo facto do autor se esconder atrás do blogue e quem se esconde é porque aquilo que diz é duvidoso e por isso não é válido do ponto de vista científico. Qualquer investigador que defende determinado ponto de vista, tem que estar identificado, é uma das normas científicas. Os autores que defendem a tese portuguesa merecem crédito porque não se escondem. Parece-me que a única verdadeira pseudo-história que existe é a deste blogue.
Corre a notícia que os que defendem a tese portuguesa vão-se reunir em público no mês que vem. Ao contrário do autor do blogue dão a cara, porque não têm nada a esconder. Seria interessante, já que sabe tanto sobre a matéria, discutir junto destes a sua visão, mas já deu para ver que não tem coragem, visto que este blogue não tem validade sobre aquilo que diz. Os que defendem a tese portuguesa, embora possam estar enganados, já desafiaram a ministra da cultura para abrir túmulos, mas visto que a mentalidade tacanha predominante deste triste povo é igual à do autor do blogue, tal não foi autorizado e é isso que alimenta conversa como a deste blogue sem validade. Quanto ao xadrez publicitário, penso que os que defendem a tese portuguesa, levam a melhor...

J. C. S. J. disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
J. C. S. J. disse...

Captura na passagem, vide:
FIDE, Art. 3.º, n.º 7., § 4
http://www.fide.com/component/
handbook/?id=124&view=article

(nota: endereço com quebra de linha)

Anónimo disse...

Afonso Pizarro

O seu "patriotilheirismo" ( magnífico adjectivo do não menos magnífico Marquês de Abrantes!)devia começar por tentar escrever um português correcto! O francês é o que é, mas já nem menciono!" Existe ...edições! Preça!"Jesus! Maria! José!
No que ás provas documentais de M Barreto concerne...ele foi o percursor de uma moda actual: " As provas são todas falsas, ponto final, acabou!"
Dá um certo jeito, não há dúvida, mas destina-se a capitães da GNR, exclusivamente,e quando se dirigem ao cavalo!
Maria Benedita

Anónimo disse...

Maria Benedita,

1) O meu "patriotilheirismo" não é maior do que o seu anti-"nacionalheirismo"

2) Estou certo de que o meu françês é melhor de que o seu português e que o meu portugês é melhor que o seu françês.

3) Diga nos mas é (para alem do 'ponto final") em quê que as "Provas Documentais" são falsas?

4) Se Graça Moura foi um dos ultimos seguidores da moda desactualizada, a culpa não é minha!

a.pizarro

Anónimo disse...

A conquista aos Árabes do comércio das especiarias requeria uma marinha poderosa e mais avançada em termos bélicos. A conquista e colonização do vasto território do continente Americano requeria, acima de tudo, muitas pessoas. Por felicíssima coincidência, os Portugueses e Castelhanos dividiram estas duas tarefas cabendo a conquista do comércio das especiarias ao país com a marinha mais avançada em termos bélicos e a colonização do continente Americano ao país com o maior número de pessoas. Claro que, na ausência de provas, o historiador é obrigado a concluir que nada foi planeado e tudo aconteceu por mera coincidência. Perante tamanha coincidência, o investigado parte em busca de provas, enquanto o crítico faz troça.

Com o casamento de Isabel e Fernando e a conquista de Granada, Portugal deixou de ser um dos três grandes reinos Ibéricos e passou a ser um pequeno reino sob a ameaça dos reinos unidos de Castela, Leão e Aragão. Portugal nada teria a temer se fosse pobrezinho – pena é que a acrescentar ao comércio da Guiné, a perspectiva de enriquecer alarvemente com o comércio das especiarias iria torna-lo um alvo da cobiça do reino vizinho que, sendo mais poderoso militarmente, era bem mais pobre financeiramente. Por felicíssima coincidência, os Castelhanos encontraram ouro e prata na América em quantidades suficientes para saciar a sua cobiça e deixarem Portugal em paz. Claro que, na ausência de provas, o historiador é obrigado a concluir nada foi planeado e tudo aconteceu por mera coincidência. Perante tamanha coincidência, o investigado parte em busca de provas, enquanto o crítico faz troça.

Azar dos azares, caso tivesse sobrevivido, casado e procriado, o filho de D. João II teria sido não só soberano de todos os reinos ibéricos, mas também de todo o continente Americano, e ainda do comércio da Guiné e das especiarias. O império Americano que foi parar à mão de Castela que nunca o ambicionou, por mera coincidência, cairia por casamento combinado nas mãos do filho de D. João II. Que razão teriam os portugueses para dar um império a Castela? Nenhuma, pois os Portugueses nem sabiam que a América existia!

Para aqueles que não acreditam em coincidências, a explicação de todos estes acontecimentos é simples – foi a carta de Toscaneli que despoletou todos estes acontecimentos. Tendo todas estas coincidências origem num documento – a carta de Toscaneli – o historiador evita o embaraço de concluir pela coincidência e enche livros baseados em provas documentais encontrados em… Yitália! Viva a pseudo-história colombina!

Anónimo disse...

Os desenhos de Toscanelli eram tão toscos que nem Afonso V, (com 40 anos de idade ainda usufruia de todas as suas faculdades mentais) prestou qualquer importancia à opinião do florentino.

No entanto Salvador Fernandes Zarco vai utilizar as parvoices daqueles calculos para influenciar os castelhanos.

No que concerna ao Tratado de Tordesilhas, alquem pode explicar porque razão o Rei de Portugal recusa a proposta do Papa (não de Colom, como acima se disse)de 100 léguas?

Porquê 370?? Porquê que o Rei de Portugal insiste em 370??? Porquê 370 e não 150, 200 ou 300? Porquê?????

apizarro

J. C. S. J. disse...

Daria muito para ver os «desenhos» de Toscanelli, ai daria, daria...

Anónimo disse...

http://www.heritage.nf.ca/exploration/toscanelli.html

a.pizarro

J. C. S. J. disse...

... e em que arquivo ou biblioteca está este mapa?

Anónimo disse...

Não sei responder à sua pergunta. No entanto, tive a sorte, eu, de ler as Provas Documentais de Mascarenhas Barreto onde se pode ler textos das cartas de Toscanelli. E efectivamente, o que o florentino descreve é EXACTAMENTE o que se vê no mapa acima indicado.

Cristóvão Colon disse...

Caro J.C.S.J.,

Aconselho a leitura de "La Carta Perduta, Paolo dal Pozzo Toscanelli e la cartografia delle grandi scoperte , Francesco Ammannati, Silvio Calzolari, Franco Cardini, Carlo Alberto Castagna, Brunetto Chiarelli, Leonardo Rornbai. Università degli Studi di Firenze, ALINARI, Firenze, 1992"

Eu por mim duvido que a carta neste livro é a mesma feita pelas mãos de Toscanelli pode ser pode não ser. Não persegui essa investigaão. De qualquer forma de pouco serve para a história de Colon.
Colon só conseguiria uma cópia da carta de Toscannelli se a corte de D. João II lhe a oferecesse.
Colon estava muito mais avançado em geografia que Toscanelli. Pois Colon navegava e Toscanelli não. Colon vivia junto da corte mais avançada no assunto do seu dia e Toscanelli não.


-Manuel Rosa

Anónimo disse...

Caríssimos Doutos

O que torna esta questão verdadeiramente surrealista, é que os Doutos colocam um fragmento do documento TT-CC-2-1-42 no vosso Blog, onde não existe qualquer assinatura e afirmam que é áquilo que me refiro quando falo na assinatura de Cristóval!
Fazem um circo, à volta de uma assinatura que não reproduzem, mas espantosamente, nada dizem sobre a carta do Rei D. Manuel, com o código PT-TT-CC-1-3-29, que eu afirmei ter sido escrita e assinada por D. Manuel, e que o não foi.
Nem escrita, nem assinada.
Foi mandada escrever.
E sobre um erro destes, nada dizem.
Impossível não terem reparado!
Pois se até conhecem a letra grega gama, e sabem tudo sobre Xadrez...

Ou será, que nada é o que parece?!

Airmid

J. C. S. J. disse...

Airmid,

Não leio tudo o que se escreve no fórum GeneAll, nem pouco mais ou menos.
Não vi a referência que fez ao documento que refere e se a tivesse visto provavelmente não procuraria lê-lo, como não vi, nem irei ver, os inúmeros outros documentos do CC que são referenciados em mensagens subsequentes.
Mas já que me alerta, a carta ...3-29 não é de facto escrita por D. Manuel I - isso é tarefa para secretários e escrivães - mas é indubitavelmente assinada pelo Venturoso.
As asneiras proferidas sobre os documentos ...1-41 e 42 têm origens várias e são tão imaginativas que, como disse, me obrigaram a alertar os distraídos para o facto e mais não corrigi porque não quis nem quero.

Agora, reitero a incompetência técnica e científica manifestada pelos intervenientes para ler e interpretar a documentação. Desculpe a franqueza.

Anónimo disse...

Exmo Sr
Dr J.C.

Se o Sr Dr, não lê os Documentos, como pode saber, que a leitura que os outros fazem deles, está errada?

Se o Sr Dr, não viu as assinaturas, como pode saber a quem pertencem?

Se o Sr Dr, viu num Filósofo Pitagórico, um tecelão, natural de um país que na época, nem existia, como pode algum dia conhecer Portugal e a sua História?

Airmid

J. C. S. J. disse...

Airmid,

Parece ter-me compreendido mal.
Li os 3 docs. que refiro (3-29, 1-41 e 42) e reafirmo que nada do que tem sido escrito por si corresponde ao que neles está escrito. Tendo visto os documentos sei quais os nomes neles mencionados e assinados e não vi lá nenhum pitagórico ou tecelão.
Platonicamente falando, nunca conhecerei Portugal nem a sua história, mas posso ir tentando.

Anónimo disse...

Queiram ler este excelente artigo de Carlos Calado da associação "amigos de cuba"!!:

http://amigosdacuba.no.sapo.pt/paginas/manta_do_colombo.htm

Anónimo disse...

Caro J

Claro que não viu nenhum Filósofo Pitagórico.
Para isso, seria preciso, compreender os textos de Colombo.

Será que viu João Saraiva?
Perdão Yo Sarayva!

Airmid

Anónimo disse...

http://youtube.com/watch?v=e5umC17nCiQ&feature=related

a.pizarro

Kristol Goulm disse...

Quelques informations sur l'origine de la thèorie délirante...

http://kristol-goulm.blogspot.com/2008/05/larnaque-de-barreto.html

Anónimo disse...

Tenez, lisez plutot ceci. C'est bien plus instructif!

http://christophecolomb.blogspot.com/search/label/B%C3%AAtisier

1450 -presença 'lusitana' nas 'falsas antilhas' disse...

Caro responsávelpelo Post;

A sua dúvida em relação à razão pela qual, D. João II teria motivos para 'entreter' a Ocidente o Reino de Castela, torna-se bastante simples de entender após a chegada de Cristovão às 'Índias Ocidentais':

- Deixemos de parte a questão dos portugueses já terem conhecimento dos terriórios das Caraíbas, até mesmo antes do Almirante nascer. O que aconteceu quando foram descobertas as ilhas do Novo Mundo? Como foi Castela a fazer a 'descoberta' dessas terras, e como o Papa era Hispânico, os Reis Católicos não tiveram pudor em reclamar os territórios para si, mesmo estando na zona portuguesa de expansão (Tratado de Alcáçovas-Toledo).

- Ora, isto teria resultado maravilhosamnete para Portugal se, além de terem perdido tempo, também tivessem perdido dinheiro, com uma expedição paga por Castela a descobrirem terra para Portugal.

-Teria sido genial, mas os Espanhóis não se importaram em perder a honra e, mesmo assim, reclamar as 'Índias Ocientais para si, resultando num novo Tratado (Tordesilhas).

- Visto isto, o que teria acontecido a Portugal, se em vez de Castela tivesse patrocinado uma viagem por Ocidente, tivesse forçado uma viagem pelas costas de África até às Índias Orientais, chegando antes de Vasco da Gama? Simples. Com a ajuda do mesmo Papa, teriam encetado num outro Tratado qualquer, pois a honra para Castela, como se verificou, nada valia.

J. E. Fernandes Tavares

J. C. S. J. disse...

Deixemos de parte a chegada dos portugueses ao Novo Mundo antes de 1492 pois, sem documentação nova, é de todo impossível demonstrá-la.
Os Reis Católicos reclamaram para si os territórios descobertos no Novo Mundo, pois foram eles que financiaram a expedição de Colombo. O Tratado de Alcáçovas-Toledo fôra celebrado pensando na costa africana e querer alargar a sua aplicação para Ocidente, ao Novo Mundo, como fez D. João II, é usar de alguma liberdade interpretativa que não estava presente no espírito que presidiu à celebração do tratado. Já agora, o mesmo tipo de raciocínio se aplica ao problema do contra-meridiano de Tordesilhas.
Na eventualidade do Novo Mundo não ter sido descoberto antes da chegada de Gama à Índia, os espanhóis não teriam qualquer legitimidade para reivindicar direitos sobre a Rota do Cabo – se o fariam ou não é meramente especulativo, tal como o é imaginar quais as consequências nas relações entre os estados ibéricos se D. João II tivesse patrocinado a viagem de Colombo e ele tivesse então descoberto ao serviço da Coroa de Portugal aquilo que descobriu ao serviço da de Castela.

Anónimo disse...

« Deixemos de parte a chegada dos portugueses ao Novo Mundo antes de 1492 pois, sem documentação nova, é de todo impossível demonstrá-la. »

deixemo-nos de football e amendoins e demos mais atençao ao nosso patrimonio historico !

http://www.dightonrock.com/asverdaderiasantilhasterranovano.htm