sexta-feira, 29 de junho de 2007

A Assinatura de Colombo - Moses B. Amzalak

(imagem retirada e adaptada de CIL)


AMZALAK, Moses Bensabat, Uma interpretação da Assinatura de Cristovam Colombo, Lisboa, s. n., 1927, pp. 19-23.


Excerto da análise da assinatura


Depois de termos focado estes dois problemas interessantes da vida de Colombo, o da sua natalidade e o da sua psicologia, vejamos aquele que constitui o objecto da presente monografia: a assinatura de Colombo.
Reproduzimos a seguir alguns fac-similes da sua assinatura:


A



B

C



As assinaturas A e B encontram-se documentos anteriores a 1492.
A assinatura C é usada depois da descoberta da América.
Analisando as duas assinaturas B e C encontramos como elemento comum as letras


S
S A S
X M Y


havendo apenas diferença na assinatura propriamente dita; na primeira encontramos XPO FERENS e na segunda apenas EL ALMIRANTE.
A assinatura B misto de grego e latim põe em evidência o nome de Cristo. Seria uma defesa de cristão-novo contra perseguições inquisitoriais? Mais tarde após a sua viagem de descobertas elimina o nome de Cristoferens substituindo-o pelo de El Almirante. Será licito formular a hipótese de uma reacção religiosa que levaria Colombo a abandonar a primeira assinatura em que tanto fez ressaltar o nome de Cristo?
Tratemos porém das enigmáticas letras que precedem a assinatura de Colombo. Analisemos o triângulo com a letra S nos seus vértices tendo dentro a letra A.
Os judeus chamam a Deus: Adonai אדוני palavra esta cuja primeira letra é alef א que corresponde ao nosso A.
No livro do profeta Isaías (Cap. VI, 3) encontra-se a seguinte frase: «Santo Santo Santo: Deus dos exércitos».

קדוש קדוש קדוש ה צבאות

Esta frase é muito empregada nas orações hebraicas. A frase Deus dos exércitos diz-se em hebraico Adonai Sebaót.
Supondo que a letra A que está dentro do triângulo é Adonai = Deus e que cada um dos três S é a primeira letra da palavra Santo teremos: Deus santo, santo santo, ou Deus santíssimo.
Se considerarmos que o S se refere à palavra hebraica Sebaót teremos Deus dos exércitos.
Vejamos agora como interpretar as letras X M Y.
A letra X tem como sua correspondente em hebraico a letra chin ש, A letra M é a letra hebraica méme מ; e a letra Y pelo seu feitio e ainda por alguns dos seus empregos tem como correspondente a letra áin ע.
Como o hebraico se escreve da direita para a esquerda colocando nessa ordem as letras X M Y teremos:

Y M X
ש מ ע
A palavra שמע ou Chemá quer dizer Ouve e constitui a primeira palavra da frase do versículo 4 do capítulo VI do Deuteronómio e que diz: «Ouve Israel o senhor é nosso Deus, o Senhor é Único».
É na Bíblia um dos pilares do monoteísmo e constitui o início de uma das mais conhecidas orações hebraicas, que segundo o respectivo ritual se recita três vezes por dia.
Vulgarmente entre os judeus essa oração é conhecida só pelo nome de Chémá.

Resumindo, se nas letras Colombo segundo a nossa interpretação quis dizer Deus dos exércitos ou Deus santíssimo, na parte final X M Y quis dizer: Deus único.
Deste modo a interpretação que propomos para as letras que antecedem o nome de Colombo é: Deus dos exércitos e único, ou Deus santíssimo e único.

5 comentários:

Anónimo disse...

Graças a este super metodo cientifico de interpretação o enigma em torno da assinatura esta finalmente resolvido, que alivio.

Clap clap clap

Anónimo disse...

Oh cara, vocé sentiu a qualidade deste excelente blog não pode haver duvida.

Um chi coração

Marinar

Anónimo disse...

Mas afinal quem és tu ou quem são voçês para meterem em causa as teses apresentadas por estes investigadores? Também fizeram investigações sobre o assunto? «Pseudo-História Colombina»- Mas voçês conheceram o Cristóvão Colombo para saberem onde ele nasceu e de terem tanta certeza de estarem certos acusando os outros de estarem errados? Viveram com ele?
Apenas dei uma vista de olhos pelo blog e embora não faça investigação histórica estou suficientemente bem treinado em ciência para perceber quando se apresentam factos detalhados por investigações científicas credíveis e aquelas que não são. E o que me saltou à vista, embora nada tenha a ver com isso, é uma ânsia de misturar ciência com política e cultura do senso comum, da vossa parte, mesmo quando apresentam bibliografia. Penso que este assunto pode-se discutir. Mas, rejeitar uma investigação que, ao que parece, parece ser validada cientificamente, em detrimento de outra, isto é, rejeitar a tese que C. Colombo era português para dizer que era Genovês, necessita de provas científicas. E onde estão? Fizeram alguma investigação que confirme que a tese portuguesa, é do ponto de vista científico, uma fraude, como dão a entender?!... E se sim, onde está?... As provas que apresentam- pelo menos acerca da defesa de ser genovês- para mim, têm no máximo tanta validade como a que os investigadores portugueses apresentam, têm. Quando se faz ciência e se tenta por vezes, desafiar o que está oficialmente estabelecido, não é fácil provar que estamos certos. Mesmo que, por vezes, tenhamos provas. Este não é o primeiro nem há-de ser o último caso, em que investigadores que penso serem crediveis do ponto de vista científico, são enxovalhados simplesmente por apresentarem algumas provas que não confirmam o oficialmente estabelecido.
Se são assim tão bons como querem parecer, deviam saber que a ciência é um meio para validar factos e não necessariamente para legitimar verdades absolutas e indiscutíveis sobre os fenómenos, porque isso já não é ciência, é dogma. Em ciência a discussão está sempre em aberto. Provamos factos sobre os fenómenos, mas quando juntamos as peças do fenómeno, temos que ter o cuidado de não dar por terminada a discussão por aí, porque, mesmo sem nos termos dado conta, pode-nos ter escapado um pequeno pormenor, que um dia alguém pode descobrir, e alterar completamente a descrição que fazíamos acerca dele. Penso que isso está a acontecer com os factos descobertos pelos investigadores portugueses. Eles vêem desafiar com provas científicamente válidas, à partida, a tese de que C. Colombo era Genovês. Por isso, a tese que voçês defendem tem tanta validade como qualquer outra tese científica. Esta que defende que C.Colombo era português, penso que não é excepção. Como referi, voçês não são os primeiro, tentando misturar factos científicos com política e cultura do senso comum. E o que sei acerca dessas histórias, é que normalmente o que aconteceu foi que o feitiço se virou contra os feitiçeiros. Com o passar do tempo, as teses científicas que eram alvo de acusações foram sendo validadas, enquanto que os que se lhes opunham, perderam não só a credibilidade científica sobre aquele assunto, como ainda por cima, por esse facto, demonstraram que a única fraude que existia sobre o assunto, eram eles próprios. Aqui parece que seguem pelo mesmo caminho. Nada tenho a ver com discussões políticas, mas a mim não me conveçem. O facto de não gostarem de Cuba e da Câmara, e de, como portugueses seguirem o que é normal na nossa cultura-que é não dar valor ao que temos, coisa que lá fora tanto se dá, e por vezes até exageradamente- não altera absolutamente nada acerca dos factos investigados sobre este assunto.
Para mais e também pelo que sei, a câmara de Cuba, fez a estátua e apresentou o facto não para defenfer que o navegador ali nasceu, mas simplesmente como uma hipótese possível de que ali possa ter nascido. A vila de Cuba e Portugal têm tanto direito a defender a origem do navegador como qualquer outra terra ou país, desde que haja algumas provas sobre esse facto, como acontece neste caso. Quer tenha sido Genovês, Português, ou de outra nacionalidade qualquer, em minha opinião e de acordo com o que defendi em cima, por mais que estendam esta discussão,independentemente do que disseram ou disserem, para mim, este blog, pelo menos demonstrado sob esta forma- não simplesmente limitando-se a apresentar como alternativa que o navegador era genovês, mas utilizando isso para tentar, falsamente em minha opinião, demonstrar, e dando a entender, que a tese portuguesa é uma fraude- não tem qualquer validade do ponto de vista científico.
Como disse, a mim não me convençem.

F. V. F. disse...

1. «Mas afinal quem és tu ou quem são voçês para meterem em causa as teses apresentadas por estes investigadores?»
Quem somos nós? Estranha pergunta vinda dum anónimo.
Nós defendemos o princípio da razão ao da autoridade.
2. «estou suficientemente bem treinado em ciência para perceber quando se apresentam factos detalhados por investigações científicas credíveis e aquelas que não são»
Onde estão os factos detalhados do que quer que seja relacionado com a vida de Colombo? Onde está a prova que Colombo é português?
O que dá credibilidade à investigação científica é o método empregue. Qual foi o método usado por quem afirma a nacionalidade portuguesa de Colombo? É o método que não referencia as fontes? É que um dos princípios da ciência é a sua verificabilidade.
3. «rejeitar a tese que C. Colombo era português para dizer que era Genovês, necessita de provas científicas. E onde estão? Fizeram alguma investigação que confirme que a tese portuguesa, é do ponto de vista científico, uma fraude, como dão a entender?!...»
Quem afirma que ele era português é que tem de apresentar provas, pois não se pode apresentar provas daquilo que se não é. Isto é, não posso apresentar provas de que Colombo não era chinês, mas estou à espera que daqui a algum tempo alguém venha dizer que Colombo afinal era chinês.
Nós não damos a entender que a tese de Colombo ser português é uma fraude. Afirmamo-lo peremptoriamente tanto quanto o método historiográfico o permite afirmar.
4. Não há história oficial. Logo, não se pode ir contra o que oficialmente estaria estabelecido.
5. Quando se afirma que Colombo era português e afinal não há prova alguma que o corrobore isso é uma questão de fé e não uma questão de enfrentar a “História Oficial” (seja lá o que isso for). Quem não questionar isso é levado a acreditar em contos de fadas.
Essa fé torna-se dogma para os seus seguidores e isso não é ciência é religião, é cegueira.
6. Os fundadores desta página não têm qualquer intenção política, económica ou de elevar o seu estatuto social. Mas gostamos demasiado do nosso país e da nossa História para os vermos envergonhados desta maneira fraudulenta. Parvoíces como Colombo português, segredos templários e afins torna os chamados investigadores portugueses, as ditas teses portuguesas, e o país alvos de piadas e anedotas mundiais. Não é essa a honra que procuramos.

Anónimo disse...

De facto, um dos princípios da ciência, é a sua verificabilidade. E é isso que eu continuo a perguntar. Onde estão as provas que refutam Mascarenhas Barreto? A tese do Genovês? Mas isso todos já conhecem!... Voçês não entenderam certamente o que eu disse. O que não me convençe, é o facto de não haver uma instituição oficial, um organismo que diga que Mascarenhas Barreto ou qualquer outro investigador que defende a sua tese,não entendem nada de ciência e aquilo que apresentam não é verdade do ponto de vista científico porque não obedeçe ao estipulado pela comunidade científica. Nem sequer estou a dizer se a tese do Genovês é que está oficialmente aceite pela comunidade científica como a hipótese mais válida ou mais credível e, portanto, oficialmente dada como certa. Estou a perguntar, onde está a investigação científica que refuta as teses que defendem a origem portuguesa do ponto de vista científico. Há alguma emitida por um organismo científico internacional que diga que Mascarenhas Barreto e todos os outros investigadores que defendam o mesmo não obedeçeram ao método científico? Existe? Se existe eu desconheço e afirmo a minha ignorância. Foram apresentadas essas provas? Se voçês defendem o princípio da razão ao da autoridade, então devem basear-se no que organismos oficiais dizem!... Se estes investigadores não obedeçeram ao método científico e se foi feita uma investigação científica credível do ponto de vista de um organismo internacional e oficialmente válido pela comunidade científica, então digam qual é. Digam!... Referem-se ao meu anónimato. Penso que aqui é o que menos interessa. Não sou o único. O meu anónimato deve-se simplesmente ao facto de ter achado este blog por acaso. Como não tenho inscrições nem blogs activos, não me dou ao trabalho. Em todo o caso, por razões que mais adiante falarei, não pude deixar de comentar este blog. Mas, voçês, ao que me parece escondem-se atrás de iniciais. Isso também é anónimato!...
Voçês dizem que são patriótas e que por isso são contra esta tese. Pois é, na minha opinião, é um método estranho de defender Portugal. Neste caso tenho que admitir que não sou nada português. Para mim defender Portugal é defender, as pessoas que, por algum motivo, fizeram alguma coisa para o bem colectivo e lembrá-las. Basta que a hipótese da origem deste navegador esteja em aberto, e passar por Portugal que penso, ser suficiente para defender e mostrar aos outros essa hipótese. Dizem que os estrangeiros riem-se de nós por isto. Eu ainda não vi rir.Sei que, por exemplo, em Itália e em Espanha o nome deste navegador está espalhado por todo o lado. Em Inglaterra ou em França, mesmo o mais insignificante nome, por vezes, é conhecido e gera negócio. Porque temos menos direitos que eles?... Ou será que a questão não se deve colocar assim?... É melhor dar a resposta que em Portugal,a mentalidade é outra. Não sabemos sim, é dar o valor ao que temos e a nós próprios e foi isso que me levou a responder a este blog. Em minha opinião, e não é só nesta questão, é lamentável a mentalidade que temos. Penso que a única coisas que os estrangeiros se podem de facto rir, é não sabermos dar valor áquilo que temos e que somos. Mesmo, que não esteja, neste caso completamente provado. Era para divulgarmos e não ter vergonha. Penso que aqui a cãmara de Cuba esteve bem. É por isso que a comentei. Mas, a questão aqui, para mim, não é tanto saber se ele é Genovês, espanhol, português, americano ou chinês. Eu nem ganho dinheiro com o Cristóvão Colombo, nem penso ganhar. Nem sou crente seja sobre esta questão seja sobre outra qualquer. Portanto não podem dizer que eu tenho uma atitude dogmática em relação a esta questão. E se voçês não têm, não é essa a impressão que dão.
A única crença que tenho é saber se o método científico foi correctamente aplicado ou não. Nesta situação, que defende a tese portuguesa, não sei se foi ou não. Quero acreditar que tenha sido. O vosso blog, para mim não é prova de nada, nem altera nada.A não ser que me consigam demonstrar aquilo que eu disso, o que eu dúvido muito. Podemos estar aqui a vida inteira a discutir o C. Colombo e a sua origem, que não iremos chegar a lado nenhum. Acusam o Mascarenhas de não apresentar provas. Já vi a obra, e que eu saiba, é baseada em documentação, e outros meios de investigação. Se são falsos?.. Pois a mim não me cabe dizê-lo. Mas acho muito estranho. O que sei é que o vosso blog, como disse, não é prova de nada. Mesmo que até tivessem razão. Pelo que me dou conta,em muitos casos, não apresenta fontes, bibliografia ou outra coisa qualquer, fica-se por argumentos e comentários. Penso que só por isso, perde logo valor em relação áquilo que diz. E podemos apresentar n factos que, como referi, podemos estar aqui a vida inteira a fazer comparações e comentários que não chegaremos a conclusão nenhuma. Também o Mascarenhas refere, por exemplo, que a tese do Genovês não tem validade científica porque as provas em que assenta, algumas são de origem duvidosa ou foram mesmo inventadas. Não podemos estar a afirmar que voçês têm razão e ele não tem.
Não retiro palavras ao que disse. O que voçês afirmam e apresentam, não prova nada. Dizem que não têm qualquer intenção política, económica ou de elevar o seu estatuto social e que também não são dogmáticos. Pois, não sei qual é a intenção que têm, mas parece-me a mim, pelos factos que apresento, que sobre o esclarecimento da verdade científica não é, e que demonstram bem serem a típica mentalidade portuguesa que falei.