... em castella vemos o dito costume [de ter armas] guardarsse que muytos dos comüs tomão armas quaës querë E de direyto comuü o podem fazer com tamto q não tomem armas alheas...
sexta-feira, 28 de dezembro de 2007
Sobre o uso de armas em Castela
sexta-feira, 21 de dezembro de 2007
domingo, 16 de dezembro de 2007
Navegação por alturas e navegação por latitudes
Avelino Teixeira: "...En los escritos de Colón aparecen algunos detalles que revelan que al salir de Portugal se practicaba entre los marineros lusos el método de navegación por diferencia de alturas y que, en torno de 1485, se estaba iniciando el método de determinación de la latitud po altura merediana del sol..... [marinheiros] como Colón no sabían determinar las latitudes en la mar."
--- Esta é mesmo de louvar! O Sr. Mota diz que C. Colon tinha aponatamentos sobre como se faziam as navegações em Portugal mas que ao mesmo tempo não sabia nada dessas mesmas navegações!!!!! E notem que o Avelino Teixeira aceita que não se sabia medir ou determinar “Latitude” em 1485. Isto tem que ser um erro do Avelino Teixeira porque não posso crer que ele acreditasse que a Latitude- que era tão bem medida já desde Ptolomeu em 150 - era ao mesmo tempo impossivel de medir em 1485.
Teixeira da Mota refere-se à passagem da navegação por alturas para a navegação por latitudes. Quem não perceber na navegação astronómica a diferença conceptual entre uma e outra fase não pode continuar a perorar sobre História da Marinha sob risco de enganar os incautos e pena de cair no ridículo.
Imagem retirada da Revista da Marinha
sábado, 8 de dezembro de 2007
História Democrática
Se a História fosse uma democracia Cristóvão Colombo seria indubitavelmente português e isto caso a votação em que fosse eleito escapasse à impugnação por fraude.
Infelizmente a História ainda não pode ser uma democracia, por isso os valores que a fundamentam têm de continuar a ser os de há muito definidos pelas boas práticas da comunidade historiográfica.
Ainda assim, mantenhamos a ficção por mais algum tempo (até final do ano) e façamos mais uma tentativa para fazer a História Democrática.
Partindo então do resultado da votação anterior, em que Cristóvão Colombo foi dado como português, pergunta-se agora qual o seu verdadeiro nome, já que ninguém de bom gosto no Portugal de então baptizaria um filho com o nome por que o Almirante das Índias de Castela ficou conhecido neste lado da Península.
Infelizmente a História ainda não pode ser uma democracia, por isso os valores que a fundamentam têm de continuar a ser os de há muito definidos pelas boas práticas da comunidade historiográfica.
Ainda assim, mantenhamos a ficção por mais algum tempo (até final do ano) e façamos mais uma tentativa para fazer a História Democrática.
Partindo então do resultado da votação anterior, em que Cristóvão Colombo foi dado como português, pergunta-se agora qual o seu verdadeiro nome, já que ninguém de bom gosto no Portugal de então baptizaria um filho com o nome por que o Almirante das Índias de Castela ficou conhecido neste lado da Península.
terça-feira, 4 de dezembro de 2007
Avelino Teixeira da Mota - Biobibliografia
Carlos Manuel Valentim publicou na semana passada com a chancela das Edições Culturais da Marinha a biobibliografia de Avelino Teixeira da Mota, um dos mais importantes historiadores de História dos Descobrimentos e da Expansão Portuguesa do século passado. Não tendo escrito sistemática e especificamente sobre Cristóvão Colombo, quase todos os seus trabalhos acabam por, de uma forma ou de outra, abordar os assuntos que as pseudo-histórias do Almirante das Índias tentam a todo o custo confundir e deturpar. Na temática colombina de sentido restrito escreveu «Columbus and the Portuguese», The Journal of the American Portuguese Cultural Society, Nova Iorque, I, n.º 1-3, pp. 1-22, um artigo que ainda hoje continua a ser uma referência e que mereceu traduções em português, castelhano e francês. Contudo, toda a sua obra tem de ser levada em conta quando se quer fazer qualquer trabalho com um mínimo de profundidade sobre o descobridor do Novo Mundo.
É por isso de reconhecer o esforço levado a cabo neste livro para referenciar a imensa produção de um homem que, como poucos, escreveu com qualidade superior sobre um passado tão frequentemente mitificado.
É por isso de reconhecer o esforço levado a cabo neste livro para referenciar a imensa produção de um homem que, como poucos, escreveu com qualidade superior sobre um passado tão frequentemente mitificado.
Avelino Teixeira da Mota
(1920-1982)Contribuiu de forma proeminente para a renovação da historiografia portuguesa na segunda metade do século XX. A sua produção escrita foi assinalável, em áreas de estudo como a História, a Cartografia, a Geografia, a Antropologia ou a Topografia, publicando dezenas de livros e opúsculos e deixando por um número infindável de periódicos milhares de artigos de reconhecida qualidade científica.Na obra que agora se publica faz-se o inventário da sua bibliografia, tão completo quanto possível, acompanhada de notas e comentários que ilustram a forma como o seu autor a concebeu, produziu e divulgou perante a comunidade científica do seu tempo.
(Do texto de apresentação do livro)